53- three months later

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Dois meses depois.

—Ta tudo bem? —Essa era a terceira vez que Erling despertava somente nessa noite me vendo ofegar ao seu lado.

—Eu acho que essa criaturinha vai sair antes do esperando.— digo com as mãos na barriga.

—Calma, amor... São as contrações de novo? —ele pergunta já sabendo que nas últimas duas semanas essas contrações me atormentam toda a noite, tirando meu sono.
As estrias da minha barriga eram como arranhões de gato. Eu não aguentava mais, não via a hora dessa criança nascer. —Vem cá, vamos medir sua pressão.— ele disse pegando o aparelho e medindo a mesma. —Ana! Por que caralhos ela está 18/12!? Você tomou os remédios!?

—Não, Erling. Eu não tomei! Se eu continuar tomando essas porcarias, Mateo vai demorar ainda mais para nascer! Eu não aguento mais! 40 semanas, acho que já está na hora!

—Caralho, Ana! Não é assim que as coisas funcionam! A quanto tempo não toma?

—Desde ontem— respondo de cabeça baixa sabendo que o que eu fizera não era exatamente correto, mas a pressão que eu exercia em cima de mim mesma, estava me matando. E eu sabia que isso não prejudicaria o bebê. Já mais sequer cogitaria algo que pudesse em hipótese machuca-lo.
Mas eu assumia parte dos riscos que isso poderia me prejudicar.

—Vem, vamos para o hospital, agora.— o homem me pegou no colo e me colocou dentro do carro tentando me reconfortar no mesmo. Ele parecia nervoso, e eu não tirava sua razão. Talvez eu tenha sido um pouco irracional na minha decisão de parar de tomar os remédios, mas estou enlouquecendo com tanto tempo que essa criança está dentro de mim. Já estou de 40 semanas, já estava na hora dessa criança nascer.
A data para o parto era marcada para daqui á 15 dias. Haja santo que me faça espera até lá.

Chegando no hospital a doutora se assusta ao me ver, sabendo do tempo da minha gravidez, já presumindo que algo não podia estar certo. Ela faz os exames e ao ver minha pressão alta ela recebe a ordem de fazer um parto espontâneo.
Não teria riscos, o bebê só não nasceria no dia previsto.

Vamos até a sala onde me passam uma série de anestésicos e etc...

Não lembro de nada a partir daí, eu estava fraca, com dor e desnorteada. E mais uma vez, meu olhos se deixaram cair pela minha indisposição.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now