38- we will!

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—Bom dia — digo chegando no trabalho largando meus pertences em cima da escrivaninha.

—Temos um caso. Antônia Torres, uma garota de 21 anos assassinada no próprio banheiro com falso bilhete de suicídio.— Maeve diz acelerada com a papelada.

—Uau, e como sabem que é falso?

—Quer ver com os próprios olhos?

Vamos até a cena do crime que ficava a mais ou menos 30 minutos dali.
O apartamento era de coloração salmão com apenas 5 andares, bastante pequeno para o comum.

O 4° andar era a residência da vitima, na Porta havia sinais de arrombamento
E a casa estava um completo caus.

—Mas isso não prova nada, ela pode ter brigado com alguém e logo depois pode ter se suicidado.— digo analisando o local.

—E é aí que você se engana, vem aqui.— ela me leva até o banheiro onde o corpo da garota se encontrava baleado na altura da cabeça.— Olha a altura do tiro na testa, ela teria que ter contorcido o braço para conseguir acertar a bala nessa região essa região, e o ferimento indica que a bala foi disparada mais de longe, pelo o impacto não ter sido tão forte.

—Então já sabemos que o nosso assassino tem um QI abaixo da média. Precisamos saber do histórico da arma e a quem pertencia. Cheque listas telefônicas e precisamos do exame completo da autópsia e verificação ortográfica da carta. Os nomes da... — em quanto eu falava dou interrompida pelo o toque do celular. Que peço licença e o atendo.

Call on

—Ana Tompson.

—Oi Ana, querida, tudo bem? — era Gry, mãe de Haaland.

—Oi sogrinha, tudo bem? — digo e me arrependo amargamente do apelido utilizado.

—Erling me contou o que acontecera... Eu peço desculpas sobre Alf. Ele é um homem difícil, por favor, sei que quer passar essas semanas com sua irmã que já vai partir, mas por favor, jante aqui essa noite. Prepararei
Pølse, sei que gosta... — a mulher falou com tanta convicção e vontade de que eu comparecesse, que não tive como recusar, e no final das contras, eu queria isso.

—Claro, senhora Haaland. Compareço aí após o trabalho.

—Obrigada querida! Beijos!

Call off.

—Sogrinha? — Maeve diz rindo da minha cara.

—Pelo o menos eu tenho uma.

—Cavala.

...

O caso estava cheio de brechas e desnivelações. Mas algo me dizia que não seria difícil pegar o culpado, julgando pela má execução do crime.

Já se passavam das 11:00 quando recebo uma mensagem de Erling dizendo que estava a minha espera para o almoço.

Eu não acreditara que ele realmente pediu intervalo no horário do almoço para que pudéssemos ficar juntos nesse meio tempo.

Guardo minha papelada e vou até o mesmo que estava a minha espera na frente da delegacia.

—Você não fez isso.

—É claro que eu fiz. Acha mesmo que eu ficaria tanto tempo longe de você? —  ele diz ao eu entrar no carro e selo seus lábios.

—Não acho, e agradeço por isso. Mas de qualquer jeito, nós nos veríamos essa noite.

—Iria buscar suas coisas?

—Não, sua mãe me convidou para a janta de hoje a noite. Não estava sabendo?

—Ai meu Deus. — ele dizia batendo com a mão na testa.

—O que foi?

—Eu contei a mamãe sobre que o pai falou a você, e como está se interferindo na minha vida. Ela concordou comigo de que não quer que ele se meta na minha vida profissional, então provavelmente ela vai tentar fazer com que vocês se dêem bem.

—Eu entendi que seria algo semelhante a isso.

—E aceitou mesmo assim? — ele disse tirando os olhos da estrada pela a primeira vez.

—Claro. Não quero rivalidade por seja lá o motivo que seu pai inventar. Eu sei que não há motivos para isso. Mas a única coisa que eu peço, é que faça o que já conversamos. Você não é obrigado a concordar com nada que ele diga, e nem insinua.
Você é você pelo o que decidiu ser.
Ele não tem o mínimo direito de receber o crédito por nada disso. Ok?

—Eu vou tentar, Ana. Sabe como é difícil lidar com ele.

—Tentar não é só suficiente, Erling.— dito isso o garoto não responde nada, com os olhos vidrados na estrada ele beija minha mão e segue a rota.

Fomos ao restaurante Mama Mia, cujo já havia virado nosso restaurante predileto pela a especialização em massas, e pedimos uma macarronada para ambos.

Passamos nossa hora do almoço conversando, rindo e tendo pequenos deja vus sobre a última vez que tivemos ali.

Como as coisas podiam ter mudado tanto?

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now