17- a week later

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Já havia se passado uma semana desde que eu estava internada.
A Xerife proibiu minha saída do hospital até a minha recuperação 100% ou até a prisão de Thomas Genny.

Ao que tudo indicava é que ele fugiu para o México. Não havia santo que me fizesse pensar o contrário.

Era mais um dia, eu usava uma enorme tala para impedir movimentação no meu ombro, e pelo o menos de 3 em 3 horas eu ia visitar Maeve na ala ao lado, nós nos nomeava-mos de "together" que em geral, significava que estávamos juntas, aconteça o que acontecer.

A última visita de Erling Haaland, foi o dia em q levei o tiro. Ele havia me dado as tulipas que por incrível que pareça estavam intactas. Ela eram vermelhas, rosas e laranjas. Uma mais bela que a outra. Não havia coisa mais gratificante naquela sala do que observar a delicadeza e grandiosidade da natureza em forma de tulipas.

-Ou, ou, ouu cheguei!- disse Maeve entrando na minha ala.

-Eu já disse que é muito esforço para você sentar nessa cadeira de rodas. Quando quiser falar comigo me chame que eu vou! - digo dando uma bronca na mesma.

-Nem vem com essa, eu já posso sair por aí na cadeira de rodas, se eu quiser. Posso sair desse hospital agora, mas sabe como é... "Together" - ela disse fazendo cena.

-Mas e aí? Seu namorado não veio mais? - ela pergunta olhando para as tulipas.

-Maeve, ele não é meu namorado!

-Mas gostaria que fosse. Não é? - ela diz e eu me calo, como um modo de processar a informação.

-Tá vendo?

-Vai se foder. - digo e ela manda um beijinho no ar e vai em bora.

Eu com certeza já teria me enforcado coma fronha de travesseiro se não fosse pela a Maeve. Ela é literalmente a única que de deixa feliz aqui dentro.

Os dias estavam sendo totalmente chatos entediantes.

...

Escuto um barulho na porta e vejo um homem alto passando por ela de maneira sutil, como se eu estivesse dormindo e ele não quisesse me acordar.

-Você é a pessoa que eu menos esperava encontrar aqui, Erling Haaland.- digo sorrindo para o loiro.

-Ana! - ele diz e vem com felicidade ao meu encontro.

-Te fiz inúmeras ligações pelo o número que você me deu naquele dia, por que não atendeu? - o moço pergunta.

-Bom... Err... Digamos que aquele celular foi destruído no compare contra Thomas Genny. Desculpa não ter lhe avisado.

-Tudo bem. Fiquei com medo que talvez estivesse zangada.

-De maneira alguma.

-Olha eu... Trouxe uma coisinha para você - ele diz tirando uma paleta de Ferreiro Roche do grande bolso do casaco e entrega em minha mãos.

-Uau, muito obrigada Haaland. Sabe que não precisa disso... Não é?

-Mas você merece. Isso tudo e um pouco mais. - ele diz e eu coro de vergonha.

Um breve momento de silêncio se estende entre nós, deixando que nosso olhares falem por nós.

-Sabe me dizer quando sai daqui? - ele pergunta.

-Talvez em um mês... Preciso fazer fisioterapia, que começa na segunda. Acho que estou me aproximando do fim dessa tortura - digo e dou uma risada no final.-Mas por que a pergunta?

-Eu gostaria de te apresentar para algumas pessoas. - ele diz com a cabeça baixa insinuando vergonha.

-E quem seria? - digo isso e o sorriso bobo toma conta do meu rosto.

-Minha família, são gratos por tudo o que você fez por mim. Eles querem te conhecer e fazer um jantar para você. Talvez até te levar em um dos meus jogos... - ele diz e dessa vez vejo suas bochechas queimarem-Mas tudo isso só se você quiser, é Claro.

-Seria um prazer, Erling Haaland.

A conversa fluida entre nós.
Os olhares eram as coisas mais frequentes que ocorriam ali.
Nosso sorrisos sincronizados.
Eu podia jurar que conhecia aquele homem a vida inteira.

Mas algo que não saia da minha cabeça, era as falas de Thomas Genny com referência a Erling Haaland...

Talvez ele estivesse certo.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now