41- It's not over

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...

Minhas pernas latejavam assim como meus pés de tanto caminhar nas estradas unidas. Faltava muito chão até minha casa, faltava muitos minutos que naquele momento já pareciam eternos.

As gotas de chuva caiam sobre meu rosto, o que não me abalava mais.

A luz dos faróis coloridos dos carros batiam na minha cara e eu me sentia cada vez mais vazia... Como pude chegar a esse nível?

Até que sinto a presença de um carro que se estacionava a alguns metros.
Eu tentava manter a calma, eu não podia ser assaltada.

Irônico uma policial ser assaltada, não?

—Ana, por favor espera— o homem se aproxima de mim.

—Que parte do 'tudo isso acabou' você não entendeu?

—Não, você disse que tudo acabaria se eu ainda ficasse de baixo das asas do meu pai.
E acho que agora eu não sou bem vindo a minha própria casa por um tempo... — ele diz rindo de nervoso.

—O que você fez?

—O que eu devia ter feito há muito tempo.

—Erling...

—Ana, eu estava cansado, você abriu meus olhos e me incentivou a fazer algo que deveria ter feito desde o momento em que essa merda toda começou.
Ana, eu não sei como te convencer a voltar. Mas eu tenho motivos suficientes para que fique.

A chuva começa a engrossar e nosso cabelos já colavam em nossos rosto.

Estávamos a centímetros um do outro com as testas coladas em quanto a chuva nós molhava.

—Eu preciso te perguntar uma coisa Ana...

—Pode perguntar até duas.

—Então... Eu acho que tenho um jeito de te fazer ficar.

—Eu vou ficar de qualquer jeito, Erling. Mas qual seria ela? — eu digo e o homem se ajoelha na minha frente pegando minhas mãos e encarando fixamente meus olhos.

—Eu ainda não comprei o anel... Mas... Você quer casar comigo?

—Erling! Levanta daí!

—Não até você aceitar!— ele diz e eu me jogo em seus braços beijando seus lábios.

—É claro que eu aceito seu idiota!

Nossos lábios se unem mais uma vez antes dele me pegue no colo me colando em seu ombro.

—Erling! Cuidado, vai machucar o bebê! — digo e o mesmo me larga e me olha com uma expressão assustada.

—O quê?— antes que responder observo seus olhos profundos.

—Eu tô grávida, Erling.

—Isso... Ai meu meu Deus...— ele dizia com as mãos na cabeça, o que me gerava dúvidas de qual era a sua opinião sobre o acontecimento.

—Eu iria te contar, Erling. Mas eu estava esperando o seu próximo jogo, contra o Tottenham para te contar. Seria uma espécie de surpresa— digo com um riso fraco.

—E que surpresa! — ele diz me abraçando e beijando todo o meu rosto.

—A gente tem um filho! O que será que é? Um menino? Ou uma menina? — eu começo a rir compulsivamente da sua reação.

—Erling! Ainda não tem como saber!— digo com um sorriso largo no rosto.

—Meu Deus que dia. Eu peço a minha, agora, noiva em casamento, e descubro que o amor da minha vida está grávida... Esse dia tem como melhorar!?

—Eu acho que não— digo o beijando com toda a intensidade que meu corpo permite.— Vamos para a casa.

—Então... Talvez não seja a melhor hora do mundo para voltarmos a minha casa.

—E quem falou da sua casa, mocinho? Vamos para a minha!

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now