22- detective

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-Bom dia, detetive- escuto Patrick me saldar ao chegar na delegacia.

-Ora, ora... Vejo que as notícias se espalham rapidamente por aqui.

-Sim senhora, aliás, a despedida de solteira vai ser quando?

-Oi?!- pergunto largando as coisas na minha mesa e o encarando incrédula.

-Eram mais ou menos 6:45 quando o faxineiro falou que Haaland passara aqui. Ele te deixou isso- ele diz pegando uma única rosa vermelha totalmente aberta com um cartãozinho pendurado na mesma.

-Ai meu Deus, se ele continuar assim minha casa vai virar uma floricultura.- digo e Patrick ri.

-E ele quer que você ligue para ele.

-Como sabe?

-Eu li o cartãozinho, ele é muito fofo aliás.

-Patrick!- digo corando com a informação de que ele lera a mensagem.

-Eu ligo mais tarde, ele deve estar em horário de treino. E sou uma detetive, tenho mais responsabilidades do que o normal- digo me gabando para Patrick.

-Bom dia gente! - Maeve aparece na delegacia. -Bom Ana, espero que esteja preparada para dividir seus casos comigo pois está decretado que eu sou sua química particular!

-Isso é incrível, Maeve! E quanto ao caso de ontem?

-Foi o que pensamos, O assassino David Core acabou com a vida de Mazon Salivan e logo após se suicidou.

-Nossa, que horror-patrick diz

-Ah claro, como se um assassinato normal não fosse ruim.-Maeve diz

-Claro que é, mas se fosse se matar, para que matar ao outro?

-Ele provavelmente se matou por culpa Patrick- digo e olho para Maeve-Temos mais algum caso?

-Por enquanto não, a cidade anda bastante parada. O que é bom, só nos gera tédio.

-Tem razão, se quiser me ajudar com a papelada- digo sorrindo para Maeve com a intenção de irrita-la.

-Bom... É que...

-Maeve, não enrola!

-Ta bom, eu ajudo! Mas só se me contar tudo sobre o encontro. Alias, bela flor que ele te mandou- ela fala com cara de malícia.

-Ja mandei você ir se foder hoje?

-Não

-Pois vá.

Em quanto que fechava-mos os relatórios antigos e organizavamos as pastas em cima da minha mesa, eu a contava tudo sobre a noite do encontro.

Era como se eu estivesse balançando um pedaço de comida na frente de um cachorro, de tanta atenção que ela prestava em minhas palavras junto com as concordâncias que ela fazia com a cabeça.

-Ana, quer um hamburguer? - Patrick pergunta, e eu assisto.

Era normal em sextas-feiras nós pedirmos um almoço diferente para comer.

Reparo que a hora do almoço se aproxima e lembro da ligação para Haaland. Ele não deve estar treinando nesse horário.

Call video on

-Olá senhor Haaland

-Boa tarde senhorita, Ana. Como está? Gostou da flor?- o homem parecia estar totalmente exausto na gravação, seus cabelos estavam presos mas visivelmente molhados pela o suor.

-Eu amei Haaland... Aliás, estou bem sim.

-Então, eu estava pensando sobre a mensagem que você mandou, de que nos veremos em breve... E, bom... Hoje é sexta-feira, estamos nos preparando para o jogo contra o Wolverhampton domingo, o que acha de comparecer? E sabe, você tem seu sobrinho, disse que ele era meu fã. Seria uma honra presentea-lo com uma camiseta autografada ou algo do tipo.

-Ai meu Deus, você está de brincadeira comigo!

-Não estou. -ele dizia sorridente- O jogo será as 11:00 da manhã. E talvez dali, podemos marcar nosso novo encontro. Você aceita?- nesse momento eu me ponho a rir e coro levemente.

-É claro que eu aceito, Erling Haaland.

-Ótimo! Vou fazer a transferência dos ingressos virtuais para você e te vejo lá.

-Mas antes... Erling, eu gostaria de lhe fazer um desafio.

-Claro.

-Nos seus próximos jogos, você tem que me presentear com um hat-trick. Caso contrária, nosso encontro não será marcado.

-Você é má!

-É um desafio senhor Erling!

-Ok, desafio aceito.

-Ótimo!

-Vou treinar incansavelmente para esse objetivo.

-E eu te desejo toda a sorte do mundo.-digo e nós nos encontramos de maneira boba.

-Até mais tarde senhora Ana.

-Até mais.

Call video off.

-Achei bem boiola, o que achou Patrick?- Maeve diz olhando para o mesmo.

-Concordo, mas com minhas palavras eu diria que eles são extremamente fofos.

-E vocês são extremamente idiotas- digo sorrindo sarcasticamente.

...

Já eram 17:50 e Haaland havia me mandado uma mensagem perguntando se eu gostaria de carona e eu recuso, pois já estava tudo certo com a minha viatura que eu havia mandado trocar as rodas e eu iria voltar sozinha para casa.

O dia avia sido bastante calmo. Minhas papeladas estavam todas em dia. Eu não tinha de nada para me preocupar, mas eu tinha uma bela mensagem a dar á Denis.

No caminho de volta lembrei que eu havia prometido uma camisa do Haaland para Denis. Fiquei feliz que ele se ofereceu a dar a camiseta autografada ao Denis.

Haaland realmente não existe.



𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora