16- What happened?

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As luzes voltaram a atingir minhas pupilas que estavam dilatadas pela a quantidade de medicamentos e dosagens que eu havia absorvido.

—O que aconteceu? Por que eu estou no hospital? Quanto tempo eu dormi?— fazia um milhão de perguntas para as paredes, pois ainda não havia visto ninguém.

—Ana, oi! É a Daniela. Se lembra de mim? — Daniela diz parecendo uma idiota.

—É claro que eu lembro de você! Vice é a esposa do Elvis Presley! — digo brincando e tentando me levantar, mas sinto uma dor insuportável no ombro.

—Vai devagar, senhora Ana. — a Xerife diz entrando no quarto de hospital.

—Xerife. Eu... Eu posso explicar, e eu tenho provas que incriminam Thomas Genny, e... — eu dizia com pressa e nervosa, mas fui cortada por ela.

—Alem da prova em seu ombro, que bate com a balística da arma do sujeito. Eu encontrei o gravador em meio de seu uniforme de trabalho. Temos provas insuficiente. Só precisamos acha-lo. Já temos uma equipe a procura. Vai ficar tudo bem, Ana. E não esperava que fosse tão rápido, te dei uma semana, e resolveu tudo em um dia? — ela dizia impressionada.

—Acho que foi sorte de principiante. —digo olhando para meu ombro baleado. — ou talvez nem tanto. — isso faz com que todos rissem.

—Descanse, vamos acha-lo.

—E Erling Haaland?.

—Qual? Aquele Ali? — ela diz apontando para para o canto da sala, onde havia um sofá e o garoto estava sentado de cabeça baixa, dormindo.

— Ele está aqui desde que foi solto. Fazem em média 4 horas. Ele negou ir em bora, queria estar aqui quando você acordasse.— a Xerife diz.

—E com tudo isso, ainda chamavam ele se assassino? Me poupe!— digo rindo.

A xerife afirma que estava de saída, logo Daniela também se anuncia.

—Eu também vou ir indo, Ana. Denis deve estar faminto, vou levar ele para casa, talvez mais tarde retorne.

— sem problemas— afirmo e elas saem, sobrando só eu e Haaland na sala.

Não leva muito tempo para que eu caia no sono de novo, as dosagens de laxante e anestesia eram realmente fortes.

Quando desperto novamente, vejo uma silhueta, alta e loira, andando de um lado para o outro.

—Haaland? É você? — pergunto ainda tentando focar minha visão que estava turva.

—Sou eu sim, finalmente você acordou! Quer que eu chame os médicos? — ele parecia feliz e preocupado.

—Não será necessário. Eu já havia despertado antes, quando você estava cochilando.

—Ah, que ótimo... Eu falei com a Maeve. Uma mulher que estava aqui de cadeira de rodas... E — ele dizia e eu interrompo:

—Cadeira de rodas?!

—Sim, mas ela disse que é devido a costela dela. Não pode fazer movimentos bruscos, mas não quis deixar de te visitar... Mas enfim, ela disse que você sentia muita raiva de mim, por tudo. Não julgo, pois se fizessem a metade das coisas que fiz com você, e o que te fiz passar— ele diz apontando para meu ombro baleado— Eu também ficaria com muita raiva da pessoa. Mas... O que devo fazer para que essa raiva não se mantenha?

—Nada senhor Haaland. Você está desculpado por tudo.

—Por favor, não me chame de senhor.

—Ok, Haaland.— digo e nossos olhos se encontram como da primeira vez. Quase como e um ímã fizesse nossas pupilas se concentrarem uma na outra em quanto q nossos rostos de aproximavam lentamente.

Até que escutamos um som na porta e nos afastamos.

—Olha só, as belas adormecidas acordaram!— a enfermeira diz se referindo a nós dois.

Ela chega os aparelhos e da uma olhada por baixo do curativo em meu ombro.

—Ana, querida, você vai ter que ficar um bom tempo com esse seu braço inativo, a bala foi funda, chegou a tirar uma lasca do seu Úmero. Já tomou um tiro alguma vez?

—Não, senhora.— digo e ela me entrega uma espécie de folheto.

—Aqui está um pequeno "protocolo" que deve segui, para que sua recuperação seja estável.— ela diz e eu assinto. Logo após a moça sai da sala.

—Bom eu... Eu acho que preciso ir, deve ter dado um polêmica em tanto com "Erling Haaland é um assassino" e preciso resolver isso.— ele diz e eu rio.

—É, pode apostar que deu. Se cuide— digo sorrindo e o mesmo retribui.

—Ah, e espero que não seja alérgica a tulípas— ele diz pegando um enorme vaso de tulipas colocando em uma mesinha ao lado da minha cama.

—São lindas.

—São bastante comuns na Noruega.— ele diz quase corando de vergonha e eu abro um largo sorriso, cujo qual não sairia tão cedo do meu rosto.

—Obrigada, Erling.

—Eu que agradeço Ana. Você salvou minha carteira e talvez até minha vida. —ele diz saindo.

—Ei, Erling!— chamo antes dele sair completamente pela aporta.

—Sim?

—Foi um prazer trabalhar com você.

—Foi um prazer te conhecer... Tomara que nós nos encontramos em um próximo caso.— ele diz com um micro sorriso no rosto.

—Acho melhor não... Porque eu sou da homicídios... Entt...

—Ah é claro, esquece. — ambos riem e ele finalmente vai em bora.

Por que diabos eu estava com a porra de um sorriso bobo na cara?!

Deve ser as dosagens.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Место, где живут истории. Откройте их для себя