O escurecimento de sua alma

Capítulo 2

No momento em que Harry acordou em um corpo muito pequeno dentro do armário sob as escadas, ele começou a duvidar. Tudo parecia tão simples, tão razoável quando ele estava morto. Agora, de volta à terra dos vivos, Harry sentiu o peso de suas decisões esmagando-o.

O que ele estava pensando, dando a Voldemort suas memórias e sua alma de volta. Não havia garantia de que isso mudasse alguma coisa em termos das motivações de Voldemort. Sim, Harry poderia se relacionar com um Tom Riddle de 11 anos, mas ele se lembrou de que um Tom Riddle adolescente, antes mesmo de dividir sua alma, já era manipulador, ganancioso, ladrão e mentiroso e certamente capaz de matar.

Então, o que Harry criou ao devolver ao Senhor das Trevas sua sanidade?

Então, novamente, de acordo com a Morte, Harry poderia simplesmente querer que Voldemort morresse e isso será feito. Então ele tinha essa segurança contra falhas para recorrer caso as coisas realmente dessem errado. Se Voldemort se mostrou tão irracional quanto antes. Mas Harry não achava que seria.

Para ser perfeitamente honesto, Harry estava curioso sobre o que seria de um Tom Riddle adulto com sua alma intacta e memórias de sua derrota e morte frescas em sua mente. É de admirar que Harry quisesse ver isso, quando uma parte de si mesmo já foi parte de Voldemort? Harry não pensava assim. Ele não fez ilusões de que Tom Riddle de repente se tornaria "bom", o que quer que isso significasse. As pessoas se machucariam, as pessoas morreriam, o mundo mudaria.

Mas talvez o mundo precisasse mudar. O mundo bruxo, por tudo o que Harry amava e considerava sua casa, era uma bagunça. Poderia usar alguém varrendo-o para limpá-lo. E Harry acreditava que pelo menos seria capaz de raciocinar com este novo e melhorado Voldemort para abandonar as ideias de comitês de registro de trouxas e afins.

Os passos da tia Petúnia ecoaram pelo armário enquanto ela descia as escadas, enviando sentimentos de nostalgia e uma sensação arraigada de pavor através de Harry. Ele realmente não tinha planejado isso, não é? Agora ele estava preso nos Dursleys novamente, sabe-se lá por quanto tempo, quando ele só escapou deles para sempre no ano passado.

Se a Grifinória tivesse palavras da casa, elas seriam: "Nós não planejamos", Harry refletiu enquanto desligava a conversa de Petúnia sobre o café da manhã enquanto ele saía do armário. Ele começou o café da manhã com uma facilidade que nem o surpreendeu. Ele passou anos cozinhando para seus parentes, afinal, a ponto de pegar as frigideiras e bacon, ovos e manteiga ter se tornado tão rotineiro que Harry poderia fazê-lo vendado com uma mão amarrada atrás das costas.

Sua carta de Hogwarts viria naquele dia, e Harry sabia o que queria mudar sobre aquela situação. Além disso, Harry não tinha certeza. Ele pensaria um pouco mais nisso à medida que o dia avançasse.

Às vezes, Harry realmente amaldiçoava sua mente impulsiva. Por que ele não poderia ter obtido um pouco da esperteza calculista de Tom quando ele obteve um pouco da alma do homem? Hermione e sua extraordinária capacidade de planejar tudo teriam sido uma grande ajuda, também, agora. Mas pensar em Hermione enviou uma facada afiada no peito de Harry. Ah, ele entendeu por que Hermione tinha feito o que ela fez no estande. Ela sempre teve grande respeito pela autoridade e não contou mentiras.

No entanto, Harry esperava mais dela. Ron provou ser um amigo não confiável ao longo dos anos, evitando Harry na queda de um chapéu, abandonando-o quando Harry mais precisava dele. E Ginny... Além de suas experiências incrivelmente traumáticas com um pedaço da alma de Tom Riddle, a mesma alma que faz parte da de Harry, Ginny não falava com ele desde que Harry a recusou uma semana após a batalha final. Ele se importava com ela, gostava dela melhor do que a maioria das pessoas, mas depois de tudo o que ele passou, Harry precisava de paz e tranquilidade em sua mente, seu corpo e seu coração, pelo menos por um tempo. Ginny não tinha aceitado bem, e ela tinha uma raia vingativa de uma milha de largura, então Harry não ficou surpreso com o que ela tinha feito. Magoado, tremendamente, mas não surpreso.