O escurecimento de sua alma

Capítulo 20

Não muito tempo depois que Tom anunciou seus planos de vingança contra os gêmeos Weasley, Harry caiu na escuridão. Ele não tinha certeza se dormia ou se era assim que um coma se sentia. Ele acordou brevemente uma vez e encontrou Madame Pomfrey de pé sobre ele, acenando com sua varinha. Sua visão era difusa, mas ele podia ver seus lábios se moverem. Ele simplesmente não conseguia ouvir nada do que ela dizia. Ou ouvir qualquer coisa. Madame Pomfrey ofereceu-lhe um sorriso rápido e derramou uma poção em sua garganta. Mais escuridão o aguardava.

A próxima vez que ele recuperou a consciência, ele estava de volta dentro da caixa de vidro e andando junto com Tom. Desta vez, porém, nada de emocionante aconteceu, pois Tom passou várias horas fazendo pesquisas sobre alguma poção que envolvia muita aritmância que passou muito pela cabeça de Harry. Harry usou esse tempo para se tranquilizar silenciosamente de que sim, ele ainda estava vivo, e Tom ainda era sua alma gêmea e, embora a caixa de vidro o impedisse de sentir a alma de Tom por si mesmo, não duraria para sempre. Eventualmente, ele acordaria corretamente e sentiria sua alma gêmea novamente.

Harry acordou mais uma vez muito brevemente. Desta vez, Madame Pomfrey não estava sozinha, mas um homem de meia-idade com vestes verdes de São Mungo estava ao lado dela. Eles estavam conversando entre si, mas soava como uma bobagem para Harry. Como se eles estivessem falando uma língua inteiramente estrangeira que ele nunca tinha ouvido antes. Ele deve ter feito algum som de aflição, porque Madame Pomfrey colocou a mão em sua testa, enquanto o curandeiro lhe deu outra poção.

Compartilhar sonhos não era tão divertido quando você não podia se entrelaçar em torno da outra parte de sua alma, Harry descobriu quando passou algum tempo com Tom enquanto ele estava dormindo. Os sonhos de Tom começaram na sala de recepção da Riddle Manor com Tom e um Harry-sonho, parecendo ter dezessete anos ou mais, sentados um em frente ao outro. Eles estavam conversando e rindo e Harry não conseguia desviar o olhar da expressão de Tom, relaxado como era com carinho e humor.

Dream-Harry se levantou e saiu, e Tom pulou para persegui-lo. No momento em que abriu a porta da frente da Mansão Riddle, Tom entrou em uma cena de seu passado. Dream-Harry seguiu em frente, nunca olhando para trás, não importa o quão alto Tom gritasse para ele parar enquanto ele corria pela Câmara Secreta, que se transformou na pista de obstáculos escondida abaixo do corredor do terceiro andar, que levava ao cemitério onde um Voldemort com cara de cobra atirou feitiço após feitiço em Harry. Tom gritou e tentou pegar sua própria varinha, mas ficou claro que ele não a tinha. Dream-Harry correu e se esquivou dos flashes verdes e chegou à Riddle Manor, que não era a Riddle Manor, mas o orfanato de Wool. Tom perseguiu incansavelmente o sonho de Harry através dos corredores vazios e dilapidados até que Harry encontrou a porta que levava ao pátio do tribunal, que era na verdade a clareira na floresta proibida onde Harry tinha ido morrer.

Lord Voldemort estava cercado por Comensais da Morte mascarados e Harry dos sonhos parou na frente dele como o próprio Harry havia feito em sua vida anterior.

"Harry Potter, o Menino que Viveu", disse Voldemort, assim que Tom quebrou a cena. Dream-Harry ficou perfeitamente parado enquanto Tom olhava freneticamente de Voldemort para o dream-Harry e vice-versa.

Não, pare!" Tom gritou, mas já era tarde demais. Voldemort falou aquelas palavras temidas e um flash verde deixou sua varinha, indo direto para o sonho-Harry.

Apenas para ser interceptado por Tom que se jogou na frente do sonho - Harry com um grito primitivo de angústia.

Dentro de sua caixa de vidro, Harry gritou e lutou contra suas restrições invisíveis. Ele tinha acabado de ver Tom morrer, morto por seu alter ego enquanto tentava salvar a vida de Harry, e Harry não aguentou. De todas as pessoas que ele havia perdido, ele se recusou a perder Tom. Ele não permitia. Ele gritou e lutou e exigiu que ele fosse libertado dessas amarras.