ama-me baixinho

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Me peguei surpresa esses dias que essa história bateu os 20k de leituras e meu coração se aquece, de verdade, com tanto amor.  Durante muito tempo, a maioria bem sabe, me escondi atrás de um certo perfil para postar as coisas que escrevia, completamente insegura de qualquer palavra que saísse de mim. Ter orgulho dessa história é um passo imenso e eu agradeço vocês, imensamente, por tornarem isso possível. 

Como sempre e, em tudo, espero que vocês gostem deste ❤

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Se me queres,

enfim,

tem de ser bem devagarinho, Amada,

que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

(Bilhete - Mário Quintana)


Heloísa dormia pesado quando foi despertada pelo seu celular tocando de maneira insistente. Ela ignorou da primeira vez, mas percebeu Rafael soltando de sua cintura, se virando para o outro lado, irritado com o barulho. Quem estaria ligando perto das duas da manhã para ela desse jeito?

Se dando por vencida, ela finalmente atendeu a ligação de um número que ela não reconheceu.

- Alô – ela disse irritada ao telefone.

- Heloísa? – perguntou uma vez de homem que ela não reconheceu – Delegada Heloísa, né?

- É ela - Agora ela estava preocupada, se sentando na cama, ela tentou se situar melhor no tempo-espaço onde estava.

- Meu nome é Luiz, sou o gerente de um bar aqui do RJ- ele disse soando preocupado – tem um cara aqui que, sinceramente, não tem condições de ir pra casa sozinho e achei melhor ligar.

- Que? – ela mal conseguia processar as informações agora, que ligação absurda no meio da madrugada era essa?

- Olha, o nome dele é Stenio – ela fechou os olhos, era absolutamente inacreditável – não é seguro ele sair daqui sozinho não. O que você quer que eu faça? Chamo um táxi ou o que?

- Eu tô indo pra aí – ela disse se levantando da cama, percebendo Rafael que agora estava se sentando na cama observando as reações dela – segura ele ai pra mim e me passa o endereço, por favor?

Rafael ficou observando a esposa saltar da cama e colocar a roupa de mais fácil acesso que encontrava pelo caminho, afoita, ainda prestando atenção na ligação. Era mais de duas da manhã, o que diabos estava acontecendo?

- Tá bem, daqui a pouco eu chego – a delegada disse por fim, finalizando a ligação.

- Tá indo pra onde essa hora? – ele perguntou, genuinamente preocupado.

- Uma pessoa tá precisando de ajuda, eu vou lá e já volto – ela respondeu rapidamente, querendo desviar do assunto.

- Quem? - por que ele não estava com sentimento bom sobre isso?

- Uma pessoa – ela só repetiu, indo até a sala, já com a bolsa na mão.

Ele se levantou da cama, indo atrás dela. Quando a delegada estava perto da porta, ele segurou o braço dela, puxando-a para si.

The OneOnde histórias criam vida. Descubra agora