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Gabriel

Acordei com o despertador infernal da Carol, acorda a casa inteira mas não acorda ela, levantei puto da cama indo pro quarto dela esmurrando a porta

— ACORDA CAROLINA CARALHO, DESLIGA ESSA PORRA —Gritei ouvindo ela resmungar.

— SAI DAQUI —Ela desligou o despertador e voltei pro meu quarto me jogando na cama só querendo dormir novamente.

Carol tava indo fazer uma viagem, daqui até IlhaBela, onde nossa mãe mora, minha mãe veio pra cá mês passado e a Carol tava viajando com uma prima nossa, então não viu a dona Célia.

Era impossível dormir com a fela da mãe ouvindo e cantando música no quarto dela, nosso quarto era um de frente pro outro, levantei estressado e fui tomar banho, hoje tava suave pra eu dormir até tarde, esses últimos dias ta mó tranquilidade na favela, fiz minhas higienes e saí do banheiro com a toalha na cintura procurando um short preto que eu não via a uma cota.

— Biel —Disse entrando no quarto— To indo.

— Beleza fia —Ela me abraçou e dei um beijo na testa dela— Se cuida e qualquer coisa liga.

— Demorô —Saiu do quarto fechando a porta.

Depois de DIAS caçando a porra do short eu achei na bagunça do meu guarda roupa, coloquei ele e uma camisa do Corinthians, essa desgraça desse time só me deixa maluco mas ta no sangue e não largo. Escutei meu radinho apitar.

Radinho On:

— FAAAAAAAAALA COLEEGAS —Icaro berrou no rádio.

— Se mata.

— Vai dormir irmão porra.

— Sas hora parça, se liga —Respondi depois dos moleque reclamar com o Icaro.

— E a madame não vem pra boca não? Ta de férias?

— Não fode.

Radinho Off

Desci pra cozinha, comi um pão, peguei minha glock na cintura, peguei a chave e saí de casa indo a caminho da boca.

—Oi lindo —Rayssa chegou encostando no meu braço.

— Chora —Parei de andar e olhei pra ela.

— Nada demais gato, apenas saudades, nunca mais me chamou —Me olhou com olho de quem queria pica.

— Tem celular não? Precisa me atrasar aqui?

— Nossa foi mal.

— Mas pode pá, depois te mando mensagem pra colar lá.

— Ta bom —Sorriu e continuei meu caminho, depois de alguns minutos cheguei na boca escutando os moleque rir la dentro.

— Tão rindo de que, quero rir também —Me sentei na cadeira.

— Do Gustavo aí, falou que tava de olho na Leticia mas o Rodrigues chegou primeiro —Falou rindo.

— Precisava? Qual a necessidade —Gv respondeu.

Em Paraisópolis {Em Andamento}Onde histórias criam vida. Descubra agora