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Leticia

Eu e a Ju ficamos conversando mais um pouco sobre o que fariamos sobre faculdade, trabalho, futuro no geral, no meio do papo nós duas almoçamos e fomos nos arrumar para ir trabalhar.

Chegando lá eu vi a Carol entrando e entrei atrás dela.

— Boa tarde Carol —Ela olhou pra trás depois de passar pro balcão e deixar a mochila no chão encostado na parede.

— Boa tarde Lê —Nos abraçamos— Eu tô morrendo de fome

— Não almoçou?

— Não, eu sai da escola e vim direto pra cá —Concordei com a cabeça— Vou pedir uma marmita, vai querer?

— Não, valeu, eu ja almocei, a sorte é que você abriu então creio que vai demorar pra chegar gente.

— Te garanto que não, esse bar nunca abriu de manhã, e os bebum que mora pra cá parece que tem alarme avisando que abriu, aparecem rapidinho —Dei risada enquanto ela pedia a marmita dela.

— Será que eu vou poder comer açaí de graça? —Parei encostada no freezer olhando os açaí que tem dentro.

— Só se a gente meter um golpe aqui.

Eu e ela ficamos de papo por um tempo até começar a entrar cliente, foi exatamente como ela falou, não demorou nada pra aparecer os véio e começarem a beber loucamente com um forró estourando no carro que tava na rua.

A marmita da Carol chegou depois de uns 15 minutos, mó pedreira, comeu numa vontade que parecia que ela não tinha comido fazia uns 5 dias.

(...)

O dia foi bem tranquilo, não foi nada pesado e espero que todos os dias que eu for vir trabalhar seja assim, entregando bebida pros pinguço, pros moleque que saia da quadrinha e vinha tomar uma água, suco, e montando açaí também.

A cada açaí montado eu praticamente babava, quando o assunto é açaí ou japa eu não me controlo, japa é caro, então quando tenho a oportunidade eu não me seguro, e açaí é tipo um vício, é mais em conta então eu não soltava uma oportunidade.

— Eai —Mp escorou no balcão— Da uma cerveja aí.

— Toma —Estendeu pra ele que pegou em seguida— Como eu trabalho aqui, eu e minha amiga Leticia, vamos comer açaí a vontade.

— Ta maluca só pode.

— Mas é uai, não da pra ficar fazendo do povo sem ficar na vontade —Ele riu.

— Problema de vocês, só pagar como todo mundo —Deu as costas e sentou numa mesa com uns amigos dele.

— Quero ver se vou pagar, vou meter um copão pra dentro e ele nem vai saber —Ri dela.

— E a escola Carol? Como ta?

— Só estresse, trabalho atrás de trabalho.

— E como você vai entregar tudo sendo que saí daqui tarde? —Ela mexeu os ombros.

— Eu dou um jeito.

— Eai feias, quero um fandangos e uma coca —Era o Icaro.

— Lata?

— É —Peguei as coisas e entreguei pra ele.

— 12 viu —Ele deu o dinheiro e foi pra mesa junto com os outros.

— E o Rodrigues ehn? —Olhei pra ela que tava com cara de sapeca.

— O que tem ele?

— Tão se pegando?

— As vezes, é uma amizade colorida —Ela concordou com a cabeça— E você e o....esqueci o nome dele.

— Henrique.

— Isso, como ta?

—Ah mano sei lá, a gente briga demais tlgd?

— Por conta de que?

— Ele pensa só nele, faz as coisas e não tá ligando pra nada, e se eu reclamo, ele arruma alguma coisa pra deixar ele de vítima.

— Ele não te escuta né? —Ela negou com a cabeça— Já tentou conversar?

— Ele não entende, só vê o lado dele.

— Aí fica complicado conviver.

— Pra caralho —Ela suspirou.

O tempo foi passando e terminamos nosso turno, fomos indo juntas até metade do caminho, era lados diferentes, andei rápido pra chegar em casa, querendo ou não, é perigoso.

Chegando em casa, cumprimentei a Ju e a Tia e subi pro quarto, arranquei minha roupa e fui tomar banho, depois do banho tomado, coloquei meu pijama, passei desodorante e o body splash.

Deitei na cama e liguei a tv colocando um video no youtube, olhava meu celular quando apitava e fiquei por lá até a Ju me chamar pra jantar.

Peguei as roupas sujas e desci com elas, coloquei no cesto que tem do lado da máquina e fui pra cozinha.

— Cheiro bom, o que tem hoje? —Me sentei de frente pra Ju.

— Strogonoff de Frango —Respondeu a tia.

— Seu preferido

— Simm —Sorri pra Ju— E o Dx? —Perguntei baixo.

— O que tem?

— Tão conversando ainda?

— Parem de cochichar e vamos comer —Levantamos da cadeira e fomos por comida no nosso prato, sentamos na cadeira novamente em seguida.

— E aquele rapaz que a senhora saiu mãe?

— O que tem?

— Não se falam mais?

— Falamos sim.

— Não vai sair mais tia?

— Eu trabalho ne minha filha, ele também, não to entendendo vocês, eu que tenho que fazer essas perguntas.

— Ué, não posso saber  com quem minha mãe ta saindo? —A tia revirou os olhos e mandou a gente comer e ficar quieta.

Em Paraisópolis {Em Andamento}Where stories live. Discover now