Capítulo 2

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ARÁBIA

Hoje eu tava tranquilão, missão tinha sido um sucesso e fui recebido em casa da melhor maneira. Samantha estava deitada peladinha na cama, quando me viu entrando começou a se tocar só pra me atiçar, o que funcionou, depois disso foi só sequência de botadão.

Minha mulher é foda, largou a família quando foram contra nosso relacionamento e fecha comigo no claro e no escuro. Reconheço tudo que ela já fez e ainda faz por mim e pela nossa relação, mas desde que nos tiraram a coisa mais valiosa da nossa vida, nunca mais fomos os mesmo. Desde então nossa relação esfriou, não larguei porque sei que sou o único apoio que ela tem, mas tenho meus lances na rua, ela sabe disso mas finge que não. Sei que ainda tem amor pra caralho entre a gente, mas acabou que ela não me larga porque só tem a mim e eu banco todos os desejos dela, e eu não largo por gratidão mesmo.

Depois de passar em casa vim pra boca, quando os meninos da barreira acionaram o radinho avisando que tinha uma mulher de mala lá embaixo, mas em poucos minutos já falaram que era amiga da Vic e que o Grilo desceu com ela pra buscar. Fiquei de boa até mandarem uma foto dela, puta que pariu, que mulher gostosa, papo reto. Diferente de tudo que já vi por aqui. Mas mantive a marra.

No fim do dia fui pro bar da dona Cláudia com os menor, só pra marolar. Victória veio cheia de gracinha pra cima do Grilo querendo subir pro camarote com a amiga, que pessoalmente era mais gostosa ainda, mas já cortei as asinhas dela. Hoje minha mulher cismou que quer curtir o baile com um lance mais família e como estou em dívida com ela, prometi que só ia subir casal pro camarote.

- Qual foi Arábia, precisava falar assim com as mina pô? - Grilo disse quando voltou, correu atrás da Vic, só falta latir por essa mulher.

Vic é parceira das antigas, antes mesmo de eu conhecer a Samatha. Crescemos juntos, mas depois que assumi o morro e a Tata, demos uma afastada.

- Nem começa a defender sua mulher não, tu tá ligado do meu acordo com a Tata pro baile de hoje.

- O outro é cachorro solto e nem esconde, mas quando faz acordo com a mulher respeita pô - Uva falou rindo e me gastando - bem que ela podia subir no meu porte né não, mo gostosinha - disse esfregando uma mão na outra.

- Vi nada demais alí não - disse desdenhando - desfez de nós na cara dura.

- A menina não falou nada, Arábia - Grilo disse.

Não falei mais nada, nem tinha o que falar. A real é que eu sei que essa menina é problema e que quando Samantha bater o olho nela vai dar problema. Sou putão mas não dou mole, não quero ver minha mulher sofrendo de novo.

Ficamos mais um tempo marolando e só então fui pra casa. Cheguei lá e minha mulher tava dormindo toda espaçosa na cama, deitei do lado dela e a puxei pro meu peito. Dormimos abraçados até mis ou menos meia noite, quando o celular dela despertou e acabou acordando nós dois.

Levantamos e fomos tomar banho pra descer pro baile, hoje ia ser Tz da coronel só porque a missão deu certo, então valeu a pena pra comemorar e fazer uma grana pesada com as vendas hoje.

Chegamos no baile e tinha uns cinco na minha contenção e na de Samantha. O baile parou pra gente passar, a música abaixou e o DJ avisou que estávamos no evento. Samantha faltou rasgar o rosto, com o tamanho do sorriso, enquanto caminhava ao meu lado, segurando minha mão.

Quando subimos Uva já tava com uma ruiva no porte dele e alguns meninos acompanhados. Fiz o toque com eles e depois sentei no sofázinho que tinha ali com Samantha no meu colo.

- Amor, a Thais pode subir? Ela vai chegar só mais tarde - me pediu fazendo biquinho.

- Tu que manda hoje, aproveita que vou fazer todas as tuas vontades - disse e dei um cheiro.

Ela pegou o celular e avisou a amiga, depois ficamos mais um pouco assim até o lugar lotar mais e eu sentir falta do Grilo. Peguei o celular no bolso e mandei um áudio pra ele pra saber qual foi o caô que ainda não encostou, mas nada dele responder.

...

Tz ia entrar no palco agora, já tava na onda do wisky e da maconha, Samantha dançava na minha frente roçando a bunda no meu pau enquanto eu segurava sua cintura forte.

- Amor, vamos pra grade, quero ver o palco direito - ela falou no meu ouvido.

Apenas balancei a cabeça positivamente e fui sendo puxado por ela, que ficou entre eu e a grade. O Dj anunciou o homi, que já entrou me mandando um salve e botando pra fuder em cima do palco improvisado.

Estava tudo indo bem, até que meu olhar encontra o Grilo, junto com a Victória e a Lara.

Entregue à LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora