Capítulo 20

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LARA

Me deixei levar pelo beijo, agora sem precisar me controlar ou correr dele, aproveitei cada momento em que suas mãos passaram pelo meu corpo e sua língua percorria a minha. Ele puxou minha cintura, apertando cada vez mais meu corpo no dele, fazendo com que eu sentisse seu membro da sinal de vida, um calor surreal subiu pela minha espinha e parecia que tudo ao redor tinha parado, puta que pariu, tô muito fudida.

Pouco tempo depois nos separamos por falta de ar, e no mesmo momento ele me virou e me abraçou por trás, dando um beijo no meu pescoço e jogando meu cabelo de lado.

- Puta que pariu - ele falou no meu ouvido me fazendo arrepiar - se o beijo é assim... - mordeu minha orelha, o que fez com que eu me encolhesse e ele soltasse uma risada grossa.

Me virei de frente pra ele e o abracei com os braços envolta de sua cintura.

- Tu gosta muito de soltar uma frase assim no ar e me deixar sem graça cara - olhei pro seu rosto que tinha um meio sorriso - tá se divertindo com isso aqui né? eu também - ri e dei um selinho em sua boca.

- Então quer dizer que vamo curtir juntinho hoje? sem neurose e sem estresse? - ele me perguntou e me deu um cheiro no pescoço - gostosa e cheirosa pra caralho mermo.

- Vamos sim, mas só por hoje - olhei em seus olhos - tu tem cara e jeito de que vai me fazer sofrer.

Ele riu e me deu mais um beijo, logo Vick e Grilo se aproximaram e curtimos o resto do pagofunk todo assim, em casal. Arábia tava me tratando super bem, me dando uns beijinhos aqui e ali, uns carinhos e dançando comigo, o que só me fazia pensar que aquilo só poderia durar essa noite.

Quando foi cerca de oito da noite os meninos que estavam cantando pararam, desmontaram as cosias e foram embora. A maioria das pessoas que estavam por aqui desceram pro bar da dona Cláudia, incluindo os traficantes e nós quatro.

Chegamos lá, bebemos algumas cervejas, e continuamos no love que estávamos na quadra. 

- Acho que nós já pode meter o pé pra casa - Arábia veio e falou no meu ouvido, balancei a cabeça positivamente e fui despedir da Vick. 

Saímos de lá e fomos em direção a sua moto, subi em sua garupa e ele foi entrado nos becos até chegar em uma casa relativamente grande. Entrou com a moto e parou em uma varanda que tinha na parte da frente. Descemos e ele foi me guiando até entrar na sua casa. Olhava em volta e não esperava que a casa dele fosse tão bonita e tão arrumada assim. Por um minuto pensei e fiquei desconfortável em ele estar me levando pra casa que há um tempo atrás ele morava com a esposa.

- Qual foi que tu tá quieta agora? - perguntou chegando perto me abraçando - quer beber ou comer alguma parwada?

- Quero não, só não tô me sentindo confortável aqui - ri sem mostrar os dentes - preferia que fosse pra um motel - ele gargalhou.

- Se eu te levasse pra um motel, certeza que tu ia reclamar pô - me soltou e me olhou nos olhos - Solta o papo e fala o que tá te incomodando.

- Nada demais, só é estranho tu me trazer pra onde tu tinha uma história com alguém - respirei - fundo e ele bufou.

- Te entendo pô, mas já não tenho mais nada com ela e não posso mais privar minha vida pensando nisso, vamo curtir essa noite nós dois, depois se quiser ir embora peço um dos moleque pra te deixar em casa, mas vamo matar o meu desejo e o seu - colocou meu cabelo atrás da orelha e se aproximou me dando um selinho - por que eu tô ligado que tu tá na mesma intenção que eu.

- Tá suave - dei um selinho já aproveitando e começando um beijo longo, cheio de tesão.

Ele me levou até o quarto onde continuamos o beijo. Ele percorria sua mão por todo meu corpo, com muita necessidade de sentir cada pedaço dele, enquanto a outra estava ocupada segurando meus cabelos da nuca. Seu beijo era intenso, e quando mais ele me apertava contra seu corpo, mais molhada eu ficava. Esse homem era uma perdição e eu sabia que se eu ficasse com ele uma só vez, estaria totalmente entregue a loucura que ele e sua vida são. 

Entregue à LoucuraWhere stories live. Discover now