Lamia -Tradução-

22. Capítulo 20- Voldemort muda de planos.

Severo

Voldemort, tendo como pano de fundo outra cidade em chamas, parecia alguém em êxtase. Seus olhos vermelhos brilharam com algo perigoso, e seu rosto serpentino se esticou em um sorriso. A careta de pesadelo em seu rosto pálido era tão fantasmagórica como se tivesse sido esculpida com um bisturi.

"Trouxas são fracos. Os magos deveriam ser a raça superior neste mundo. Não devemos nos esconder de animais que são completamente desprovidos de magia preciosa," ele sibilou enquanto eu me ajoelhava com outros três Comensais da Morte ao lado dele. Ele não nos mandou embora para acompanhar os outros na destruição da cidade abaixo.

O prédio, que havia sido consumido por um incêndio interno por algum tempo, foi repentinamente destruído por uma explosão, e as chamas irromperam pelo telhado destruído ainda mais alto do que antes.

"Mas não viemos aqui para curtir o show. vamos". Ele aparatou e fomos conduzidos por magia atrás dele. A sala em que nos encontramos era familiar para mim.

Era aqui que o Lorde das Trevas gostava de realizar suas reuniões privadas com seus asseclas. Não levantei os olhos quando o feiticeiro atravessou lentamente a sala, olhou pela janela e virou-se lentamente. A luz da lua brilhava em suas costas, lançando sombras sinistras em seu rosto.

"Severus."

Engoli o nó na garganta.

"Sim senhor?"

"Acabei de ser informado de que uma criatura incomum foi vista nos terrenos de Hogwarts. Você sabe o que eu quero dizer?"

Pisquei, tentando processar o que ouvi. Tem informações? De quem diabos? Penaus estava sob a poção da morte em vida há seis dias, e as restrições à comunicação ainda não haviam sido levantadas.

Uma dor repentina percorreu meu corpo quando Voldemort, irritado com meu silêncio, decidiu usar Crucio em mim.

Caí de joelhos e cerrei os dentes para parar o grito na minha garganta.

Droga droga droga!

"Severus," ele sibilou em tom de advertência enquanto terminava o feitiço.

"Não senhor. Eu não sei o que está acontecendo."

O Lord das Trevas não lançou outro Crucio em mim como eu esperava, mas apenas moveu sua varinha entre os dedos como se estivesse considerando algo diferente de feitiços imperdoáveis.

"Estou falando de uma criatura meio cobra."

Eu congelei e olhei para o chão para esconder minha expressão, como se mesmo através da máscara Voldemort pudesse ver meu horror com as palavras.

Antes que eu tivesse tempo de me acalmar, o Lorde das Trevas deixou seu assento perto da janela, aproximou-se e parou sobre mim. É apenas minha imaginação ou ele realmente irradia uma aura gelada como um dementador sugando toda a esperança?

"Criatura meio cobra, Severus." Um homem até a cintura, depois uma cauda de cobra escamosa em vez de pernas.

"Eu não sei nada sobre isso, senhor." Fiquei orgulhoso por minha voz não ter tremido nem um pouco. "Nunca vi nada igual."

"Algo assim, Severus?" Voldemort sibilou irritado "Não é nada. Esta é a nossa nova prioridade. Você vai trazer esta criatura para mim."

Uma pergunta se formou em minha cabeça caótica que não ousei fazer. Reformulei rapidamente as próximas palavras que queriam sair da minha boca.

"E Harry Potter, senhor?" Eu perguntei, esperando que o louco mudasse de ideia. Acho que pela primeira vez em reuniões desse tipo, sonhei com Voldemort novamente tramando como pegar e matar Potter.