41. Términos e reencontros

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A SUAVE LUZ DA LUA espreitava pelo quarto, lançando uma pequena luminosidade sobre o rosto de Embry, que destacava ainda mais os traços suaves do seu semblante adormecido ao meu lado. Enquanto eu permanecia acordada imersa em pensamentos silenciosos, o garoto parecia tranquilo em seu sono, com os fios de seu cabelo bagunçados caindo sobre a testa e os lábios entre abertos curvados em um meio sorriso inconsciente, seu braço rodeava minha cintura com firmeza, como se em seu subconsciente ele lutasse contra o medo de que eu pudesse fugir de seu encalço, pensar nessa possibilidade me fez sorrir genuinamente.

Levei minha mão até o rosto dele, sentindo com as pontas dos dedos a maciez de sua pele e o calor que irradiava dela, era um gesto de carinho, um reconhecimento silencioso do quanto ele significava para mim. Naquele momento, enquanto o observava, só conseguia me sentir grata por tê-lo em minha vida, era como se o universo tivesse me concedido um breve vislumbre do quão especial era ser amada por alguém como ele e isso era algo que jamais poderia esquecer.

— Ainda acordada? — a voz rouca dele me pegou de surpresa, fazendo meu corpo dar uma pequena saltitada.

— Não queria te acorda, desculpa. — o respondi com um meio sorriso, Embry moveu sua cabeça negativamente dizendo de maneira silenciosa que não era um problema. — O sono me fugiu completamente e aproveitei para ficar te observando.

— Sei bem como é, adoro ficar te observando também, nunca vi nada mais bonito que você. — a mão de Embry descansou sobre meu rosto. 

— Desse jeito vou ficar mal acostumada. — brinquei descansando minha testa junto a dele, nossos narizes roçando um no outro.

— Estou apenas dizendo a verdade, não pode me culpar por isso. — sua mão acariciou minha bochecha antes de seus lábios vagarosamente se aproximarem dos meus.

Um beijo doce, sutil e tão despretensioso, que mesmo sem querer escondia uma despedida nas entrelinhas, como uma melodia que se perdia no meio dos acordes tão perfeitamente escritos.

— Eu te amo. — declarou ele, seus olhos carregavam tamanha sinceridade, que ameaçavam me afogar ao encará-los de maneira tão próxima, lhe dei um selinho demorado, tentando camuflar o fato de que não poderia correspondê-lo em suas palavras.

— É melhor descansar, sei que amanhã irá se reunir nas buscas pelo Jacob, vou tentar procurar algo para me ocupar lá embaixo. — me levantei da cama abruptamente recolhendo meu robe sobre a poltrona.

— Não precisa sair, não é um problema ficar acordado mais um tempinho com você. — afirmou com um semblante sereno.

— Mas você precisará estar bem disposto para amanhã, então o melhor é te deixar dormir. — permaneci firme em minha decisão, caminhando até a porta.

VAN HELSING || TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora