39. Segunda Chance

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QUANTAS VEZES SENTADA EM sua cama Ayla Van Helsing pensou em como seria a sua morte? A resposta para isso seria: milhares de vezes. Todos em algum momento da vida refletiram sobre essa questão, em que momento sua vida teria um fim? Como seria? Será que alguém se lembraria de você após o primeiro mês de sua morte, ou melhor, será que sua existência de fato fez a diferença?

Assim como metade das pessoas, ela jamais soube responder a essas questões, mas sabia que de alguma forma deixaria sim um legado para trás após sua partida, pois enquanto as pessoas que a amavam permanecessem vivas, seria lembrada de alguma forma.

Emmett sempre se lembraria da primeira vez que assistiram filmes juntos até ela apagar no sofá, Jasper não esqueceria de como ela amava escutar suas histórias e parecia realmente se importar com cada uma delas, Alice lembraria de como ela abraçou o seu jeito de ser sem hesitar e a defendeu de comentários maldosos, Carlisle jamais apagaria de seu coração a lembrança e o calor de ter sua filha em seus braços pela primeira vez.

Todas essas lembranças são mais do que suficientes para saber que a existência de Ayla, foi muito além do impacto de ser uma criatura única, ela foi para muitas pessoas o sopro de vida que faltava, a luz em um dia nublado, o aconchego no meio da tempestade, a esperança remanescente após uma longa batalha ou a oportunidade de ser alguém melhor.

Isso fazia dela uma imortal na vida de quem a conheceu e Edward queria que suas palavras pudessem de alguma forma expressar tal fato para todos que fossem o ouvir e quem sabe para ela também. Por essa razão escreveu um discurso fúnebre, duas folhas completamente rabiscadas e repletas de observações que havia feito após reler milhares de vezes, mesmo se esforçando muito nada daquilo fazia sentido para ele, suas palavras pareciam tão vazias após serem passadas para o pedaço de papel. Sendo sincero consigo mesmo, ele nem mesmo queria estar escrevendo aquilo ou sofrendo daquela forma.

— Droga! — exclamou o vampiro jogando as folhas para longe de sua visão, seus olhos se voltaram ao porta retrato na escrivaninha, a foto dos dois havia sido tirada no dia da formatura. — Eu deveria estar com raiva de você por mentir pra mim, não chorando pela sua partida. — confessou enfiando o objeto dentro da gaveta.

Tamanha blasfêmia era o que ele repetia para si todas as vezes quando se pegava encarando o teto, mas era tão falso quanto qualquer outro sentimento que fingisse sentir para além da tristeza que dominava seu coração, agora pulsante outra vez.

Ayla havia feito aquilo, de alguma forma inexplicável, ao curá-lo ela também reviveu sua humanidade, seu paladar funcionava outra vez e seu estômago sentia fome por alimentos comuns, sua pele era quente e suas bochechas agora ruborizavam, ele sentia o ar em seus pulmões e o coração bater em seu peito, mas de nada era útil se ele não pudesse bater por ela, do que adiantava estar vivo outra vez se ela não estivesse.

VAN HELSING || TwilightWhere stories live. Discover now