VAN HELSING || Twilight

34. O fim da aliança

57 anos atrás...

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O ENTARDECER COLORIA O CÉU DE Volterra anunciando o fim de mais um longo dia de outono, algumas pessoas conversavam em frente a suas casas ou sentados a mesa de uma cafeteria aproveitando o espetáculo, outras apenas caminhavam em passos ligeiros almejando o descanso que teriam ao chegar em suas casas, no meio daquelas pessoas se destacava o forasteiro com vestes escuras e um sobretudo preto, suas botas pesadas faziam ecos agudos ao se chocarem contra o chão rompendo o silêncio das ruas estreitas, muitos que passavam paravam para reparar no desconhecido de estatura alta sem saber o que lhe trouxe até ali, alguns nem se quer o olhavam temendo sua áurea um tanto sombria.

Ao chegar no meio da praça o forasteiro ergue seu olhar para o enorme castelo de pedras localizado bem a sua frente, qualquer um dos habitantes daquela comuna tinham arrepios ao passar em frente do local pela tamanha escuridão que pairava ali, mas isso não o parou, ele continuou seu caminho até as enormes portas da entrada com total determinação.

— Os mestres já esperam por você. — informou a vampira ao abrir uma das portas dando passagem para o homem adentrar.

Os longos corredores mal iluminados e silenciosos pareciam parte de um sinistro filme de terror, tudo ali proporcionava certo medo, até mesmo o ar frio que causava certos calafrios vez o outra. A vampira passou a frente do homem o guiando até a sala dos tronos, ao chegarem na porta ela o lançou um olhar avaliativo e sinalizou aos outros dois vampiros para que abrissem a porta.

— É bom ver você novamente. — Aro juntou as mãos frente ao corpo avaliando o aliado entrar e caminhar ao centro do salão. 

— Vamos pular toda essa baboseira fingida e ir direto ao assunto, o que quer de mim? — questionou de forma objetiva e severa.

— Os Van Helsing e seu ego inabalável, eu deveria estar surpreso? — Aro se levantou caminhando até o homem. — Não esqueça que temos um acordo, Gabriel.

— Acredite, isso é algo que não esqueço. — o caçador retrucou com tom de ironia evidente em sua voz. — Agora diga de uma vez o que quer.

— Sua filha. — Aro o respondeu tranquilamente como se tal coisa fosse algo simples e não totalmente absurda. Gabriel não esboçou nenhuma reação por alguns minutos até que começou a rir na cara do vampiro que não soube como reagir aquela façanha. 

— Essa foi muito boa, não sabia que era tão bom com piadas Aro. — o Van Helsing fingiu limpar algumas lágrimas causadas pela crise de risos, Caius se levantou abruptamente de seu lugar enfurecido.  

— Se isso é uma piada para você, para nós é bastante sério. — o líder vociferou, Aro apenas levantou sua mão esquerda sinalizando ao irmão que ele deveria se calar.