02. Partida

11.6K 1.2K 52
                                    

AYLA VAN HELSING

Oops! Ang larawang ito ay hindi sumusunod sa aming mga alituntunin sa nilalaman. Upang magpatuloy sa pag-publish, subukan itong alisin o mag-upload ng bago.

AYLA VAN HELSING

━━━━━━━ ❖❖❖ ━━━━━━━

TODOS NÓS SABEMOS QUE a morte faz parte do ciclo da vida mas ninguém nunca está pronto realmente pra ela, eu não estava, nada havia me preparado pra encarar a morte de frente e sentir a dor constante que ela causa dentro de alguém, como um veneno que te corrói aos poucos e mesmo que a dor sufocante pare, o vácuo no peito permanece sempre presente para lembrar da ausência de alguém que sempre esteve ocupando aquele lugar.

Quatro dias e três noites exatas desde a morte da minha mãe e ainda consigo ouvir sua voz no corredor quando me deito, posso sentir seu perfume pela casa e sentir sua presença em cada cômodo por onde passo, dormir se tornou uma tarefa tortuosa, quando fecho os olhos só consigo ver a cena do seu corpo estirado sobre a cama banhado por sangue.

Um detetive foi encarregado do caso da minha mãe, fizeram uma vistoria no apartamento e as investigações foram encerradas, alegando suicídio e não assassinato já que a adaga que encontraram e reconheceram como a causadora do ferimento só continha as digitais dela e de mais ninguém.

Eu tinha plena certeza que Katherine Seward nunca tiraria a própria vida, entretanto, não recorri sobre o caso, a morte da minha mãe estava muito além disso e a polícia não iria ajudar em nada. Havia algo a mais em torno disso e eu mesma iria descobrir toda a verdade.

Fechei a última mala e a pus junto com a outra ao lado da porta, os móveis estavam todos cobertos por lençóis brancos e ao meio da sala estavam as três caixas de papelão com alguns objetos que levaria comigo. Apesar de não fazer ideia, minha mãe havia deixado um tutor legal caso acontece algo com ela, isso me surpreendeu já que nunca soube de nada, nem se quer conhecia algum amigo próximo.

— Com licença senhorita. — um funcionário da empresa de mudanças apareceu na porta me tirando das minhas lembranças.

— Entre, está tudo ali. — sorri mostrando as caixas.

Ele retirou as três caixas que estavam na sala e saiu do apartamento, peguei meu casaco dando outra boa olhada no lugar recordando de cada momento que vivi nesse lugar, momentos que agora estavam sendo deixados para trás. Me despedi e puxei as minhas malas para fora trancando a porta do meu antigo lar.

Eu temia o que iria encontrar em Forks, não conheci meu pai e cresci acreditando que ele estava morto, me assusta não saber o que me espera. Tudo isso caiu como uma bomba sobre mim, pra começar preciso aceitar o fato de ser uma Van Helsing, o que parece uma coisa impossível para mim. A família nobre de caçadores sobrenaturais não passava de uma lenda e se isso for realmente verdade, eu teria que acreditar em todo o resto, como vampiros, lobisomens e bruxas.

— Vai mesmo embora pequena? — Roger perguntou largando seu jornal assim que me viu descer as escadas.

— As vezes é bom recomeçar. — sorri tristonha. — Se cuida coroa, estou sempre de olho. — o puxei para um abraço caloroso.

— Vá com Deus pequena estrela. — ele beijou minha testa com carinho e sorri pelo apelido ao qual ele sempre me chamava.

Roger apesar de ser o porteiro do prédio se tornou parte da minha família também. Por não ter filhos e ter perdido a esposa ele ficou muito sozinho, minha mãe assim que chegou ao prédio tratou de adota-lo como um pai, ele me viu crescer e sempre cuidou de mim como se fosse uma neta querida. Era difícil dizer adeus, não o ver todos os dias varrendo a frente do prédio durante a manhã ou tomando seu café enquanto lia seu jornal vai ser totalmente estranho.

Puxei as malas para fora e fui até o táxi que me levaria ao aeroporto enquanto o motorista pegava minha bagagem notei um pouco mais a frente um homem estranho nos observando de longe, seu olhar sombrio causou um arrepio na minha espinha.

— Tenho algo para você. — Roger atraiu minha atenção e me entregou uma correntinha de prata com um pequeno pingente de crucifixo. — Era da minha falecida esposa e agora é sua pra lhe proteger onde estiver.

— É linda, vou cuidar bem dela prometo. — coloquei a correntinha em meu pescoço e o abracei novamente. — Obrigada por tudo.

Antes de entrar no carro voltei a olhar em direção ao homem que já não estava mais lá. O táxi começou a se afastar e o prédio aos poucos foi desaparecendo do meu campo de visão, assim deixando meu passado para trás. Minha vida mudou e obviamente não foi para melhor, espero que em Forks encontre as resposta que preciso, sei que não será nada fácil, mas estou pronta para o que vier.

VAN HELSING || TwilightTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon