37

629 69 0
                                    

Freen desligou o telefone. Conversar com Becky a acalmou um pouco, ouvir a voz dela sempre a acalmou. Ela se virou e o guarda a guiou até o quarto onde seu pai estaria.

- Você pode entrar para ver sua amiga agora, Srta. Sam. "Você tem meia hora para falar com ele", disse ele e abriu a porta.

Freen assentiu e entrou. Ela conseguiu uma identidade falsa de Peter com o nome de Sam, dizendo que ela era amiga da família de Chankimha. Felizmente ninguém a descobriu e ela conseguiu entrar sem problemas. Daw estava sentado no centro da sala, com os braços apoiados na mesa e a cabeça baixa. Só então, quando ouviu a porta fechar, Daw ergueu os olhos. A expressão em seu rosto se transformou em surpresa quando ela o viu.

- Filha?

"Olá, pai", disse Freen, enquanto movia a cadeira e se sentava na frente dele. "Como você está?"

"Bem, eu acho", ele disse, franzindo a testa. "Quando me disseram que um certo Sam estava vindo me visitar, eu não acreditei." Eu deveria ter presumido que era você. Quantos anos se passaram desde que te vi? Quatro cinco?

- Seis - ele corrigiu - Parei de ver você quando fiz dezenove anos.

"Bem", ele sussurrou e recostou-se na cadeira. "Você sabe que todo mundo está procurando por você agora, certo?" O que você fez com aquela pobre garota?

"Eu não fiz nada com ela", ele rosnou. "Ela está bem para mim."

- Você deve entregá-lo.

Freen olhou para ela com raiva.

- Não o farei. Lutei muito para ter isso. Becky pertence a mim.

- Becky...- ele repetiu.- Lembro que a vi uma vez. Mas se ela tiver apenas doze anos...

- Ela cresceu, pai. Ele tem vinte anos agora.

- Ah....- ele suspirou.- Lembro que quando ela me visitava falava muito de você. Ela é uma boa menina, eu gosto dela. Mas você deve entregá-la à polícia, por favor. - Seus olhos imploravam para que ele o ouvisse, com um lampejo de pai protetor, que Freen não via há muito tempo. - Não quero que você tenha problemas mais tarde e apodrecer na prisão. Pelo amor de Deus, Freen, olhe para mim. Cometi erros e agora estou pagando por eles. Quando Becky me visitou, é verdade que pedi a ela que fizesse você acreditar que ele estava morto. Mas eu fiz isso para proteger você. Eu não queria que você acabasse como eu.

"Isso já aconteceu", disse Freen, fixando o olhar no dela, perfeitamente igual. Os traços do rosto de Daw eram duros e definidos, enquanto os de Freen eram mais suaves, e os primeiros fios grisalhos já apareciam no cabelo de Daw. Mas havia algo sobre os dois que ninguém poderia tirar deles. Seu sorriso.- Se vim aqui para alguma coisa, foi para consertar as coisas. Mas não me diga para entregar Becky, porque não o farei.

Para surpresa de Freen, Daw sorriu. Quando ele olhou para ela, seus olhos mostraram admiração.

- Você a ama.

Era uma declaração e Freen sabia disso. Assim que ela encontrou os olhos dele, seu olhar foi terno ao pensar em Becky.

- Sim Papai. Eu o amo tanto.

Foi a primeira vez que Freen não teve vergonha de expressar seus sentimentos. Ela sempre se mostrou uma mulher fria, mas Becky ajudou em parte a amolecê-la.

- Fico feliz em ouvir isso. - Daw sorriu. - Gosto que você lute pelo que quer. Mas por favor tenha muito cuidado. Não quero ver você aqui na prisão amanhã.

- Não se preocupe, eu sei o que estou fazendo.

De repente, a porta se abriu. O guarda entrou.

- Sinto muito senhorita Sam, mas você tem que ir agora. "O tempo de visita acabou", disse ele, ao se aproximar de Daw.

Por hábito, Daw ergueu os braços e deixou o guarda algemá-lo. Freen assentiu e se virou para olhar para o pai antes de sair.

"Você vem me ver amanhã?" Daw perguntou.

- Claro que sim. Te prometo.

ESTOU TE VIGIANDO|Freenbecky(G!P) TraduçãoWhere stories live. Discover now