Capítulo Nove

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| Gabriella |

Depois que sair da faculdade fui direto para um loja onde alugava vestidos, tive que ligar para o Richard pois ninguém me atendia para poder dar uma opinião masculina. Chamei um uber para ir pra casa, ia vendo algumas publicações no Instagram.

Vejo que a página oficial do São Paulo estava postando que haveria duas grandes contratações, o que me deixou bastante curiosa para saber. Entrei no meu WhatsApp e fui direto nas ligações, procurei o nome do Calleri.

- Resolveu me atender, argentino safado. — digo após escutar a risada dele através da ligação.

- Eu tava no treino, bibi. — ele diz e eu respiro fundo antes de respondê-lo.

- Já tá sabendo das novas contratações? — pergunto toda animada e escuto a risada dele novamente.

- Nem adianta perguntar, ninguém sabe ainda e estamos todos ansioso pra saber. — ele me responde e eu abaixo um pouco o vidro do carro. - Bem que podíamos ir comer juntos né, tô com saudade de ficar com a minha garota problema.

- Já tá sabendo que a Gi tá namorando um jogador rival? — pergunto e logo um silêncio se estabelece na ligação.

- O Caio e o Luciano estava mostrando, como você tá com isso? — ele pergunta e eu abro um sorriso sem graça na mesma hora.

- No ódio, mas fazer o que já era algo de se esperar. Que horas vamos marcar nosso rolê? — pergunto e tomo um susto imediatamente quando escutei o barulho do trovão.

- Se arruma mais tarde, passo aí pra te pegar. — ele diz e eu abro um sorriso. - Vou precisar desligar, a gente conversa melhor pessoalmente.

- Beijo callerito.

- Beijo e se cuida, bibi. — ele diz e logo depois desliga a ligação.

Faltava só mais alguns quarteirões até chegar enfrente ao condomínio, paguei o motorista e desci indo até o portão. O Calleri era como um irmão mais velho pra mim, ele me entendia e sempre me dava conselhos, errada ou certa ele sempre me cobrava e de fato não era uma de uma forma rude.

- Boa tarde seu Antônio. — digo ao vê o porteiro e ele abre um sorriso.

- Boa tarde, florzinha. — ele diz e logo sai de dentro da cabine segurando uma caixa. - Chegou pra você, um homem veio trazer.

- Para mim? — pergunto confusa e ele apenas concorda com a cabeça. - Obrigada seu Antônio.

Pego a sacola que era um pouco grande e era da Prada, fui caminhando até em casa e aproveitando para refletir sobre tudo que estava acontecendo. Chegando na rua onde ficava a minha casa reparei no carro que estava à frente dela, era preto e todo filmado.

Subi as escadinhas e destranquei a porta, dei de cara com o Veiga e meu pai conversando na sala. Arquei a sobrancelha olhando a cena e logo escutei a Giovana descendo as escadas.

- Oi. — digo olhando para eles e vejo meu pai levantar.

- Oi Gabi. — diz o Raphael e logo meu pai balança a cabeça para o lado, imediatamente entendi o recado.

A minha irmã mal olhou na minha cara e pra falar a verdade eu tava nem aí pra ela, eu estava focada somente em mim.

- Vai brigar por qual motivo pai? — pergunto logo após a gente chegar na cozinha.

- Nenhum filha, quero te contar a novidade e sei que ficar feliz com isso. — ele diz e eu franzo as sobrancelhas confusa. - Lucas Moura e James Rodriguez estão vindo para o São Paulo.

Eu abrir um sorriso largo e bati palmas feito uma criança feliz, o Lucas já era um ídolo e a gente precisava muito dele agora pra copa do Brasil. Já o James, ele é um bom jogador mas também é gato demais.

- Quero que você entenda que é tudo pro seu bem, não é nada isso de predileta. — ele diz e eu apenas concordo. - Fica feliz pelo o namoro da sua irmã.

- Pai, não me pede algo que a própria Giovana queira, eu tô feliz e não preciso ficar babando ovo desse namoro. — digo e saio da cozinha antes mesmo dele dizer algo.

Ao passar pela sala vejo o casal e finjo nem olhar para eles, subo as escadas segurando a enorme sacola que eu havia ganhado. Entrei no meu quarto e a primeira coisa que fiz foi vê o que tinha ali dentro, tirei a caixa e abrir um sorriso ao vê a nova bolsa que eu tinha ganhado.

Ela era preta média e com detalhe dourado onde tinha a parte escrita da Prada, era perfeita e combinava com o vestido novo que eu tinha alugado. Vejo um cartão no fundo da sacola e pego para vê, abrir um sorriso largo ao ler o que estava escrito.

Eu fiquei mais de meia hora escolhendo qual bolsa comprar, achei essa a mais bonita e que combinasse com seu vestido vermelho. Espero que tenha gostado, rival.

Att Richard Ríos.

Não sei qual era a maldade e a intenção que ele tinha comigo, mas eu estava gostando como nós dois estávamos caminhando, sem muita pressa e deixando rolar. Peguei meu celular e entrei no Instagram, fui direto no direct e invés de mandar mensagem, eu liguei.

- Gostou do presente? — ele pergunta logo após atender a ligação e eu abro um sorriso.

- Adorei. — respondo e vejo ele abrir um sorriso de lado.

- Bem que você podia me dá um presente também né. — ele diz e eu franzo as sobrancelhas confusa.

- Tá me dando isso pensando já no que vai ganhar? Eu te devolvo agora mesmo. — digo e ele começa a dar risada e negar com a cabeça.

- Não é nada disso, eu tenho jogo no sábado mas posso te buscar no evento depois e nós procuramos algo pra fazer. — ele diz e eu faço uma cara pensativa.

- Um encontro? Sem segundas intenções. — digo piscando um dos olhos e ele revira os dele.

Eu gostava de me fazer de difícil quando se tratava do Richard, eu gostava de vê como ele ficava frustado quando escutava algo que não era o que queria.

- Tá bom, sem segundas intenções. — ele diz e eu abro um sorriso envergonhado. - Me manda o endereço da sua faculdade e dez horas vou tá lá.

- Só não sai do carro e me liga, porque se não é capaz de me chamarem de Maria chuteira ou puta. — digo e ele começa a dar risada sem parar. - Eu tô falando sério, suas fã iriam me odiar.

- Para de graça Gabi. — ele diz sério e ríspido, apenas concordo com a cabeça. - Vou tomar banho, vou sair jaja então tchau.

- Tchau Richard. — digo e desligo a ligação logo depois.

Jogo meu celular em cima da cama e vou direto para o banheiro, Calleri não avisou a hora que iria me buscar mas conhecendo ele como conheço, antes das oito da noite ele vai tá aqui.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora