Conexão Rival. - Richard Ríos

Capítulo Sessenta e Sete

| Gabriella |

Acordei um pouco desnorteada e olhei para o meu lado, abrir um sorriso enquanto eu observava o Richard dormir. Peguei o meu celular e vi que faltava duas horas para eu poder ir viajar.

Me levantei devagar sem fazer nenhum barulho, caminhei até o banheiro e joguei um pouco de água sobre meu rosto.

— MANO. - grito após tomar um susto ao vê o reflexo do Richard atrás de mim.

Ele começa a dar risada feito criança e eu desfiro dois tapas sobre seu braço.

— Deixa eu te levar no aeroporto? - ele pergunta e eu engulo seco.

— Você tem certeza que quer fazer isso? - pergunto e ele concorda com a cabeça. — Então ok.

Respondo e desferimos um selinho, observo o Richard volta até sua cama e eu respiro fundo, com certeza eu sentiria falta dele.

Peguei uma escova nova que ele tinha nas gaveta e fiz uma skin care no rosto, afinal, acabei influenciando o Richard no tempo que eu vivia aqui com ele, isso fez com que ele tivesse vários produtos no armário.

Richard depois de alguns minutos entrou no banheiro e foi direto tomar banho, eu me retirei e desci para a cozinha.

Fiz dois ovos mexidos e enquanto colocava um pedaço de mussarela em cima deles, senti uma mão sobre a minha cintura e outra puxar meu cabelo para um lado só.

— Vou sentir saudades...

Ele sussurra perto do meu ouvido e eu abro um sorriso de canto, viro o meu rosto lentamente e encaro seus lindos olhos.

— Poderá me ligar sempre que acontecer isso. - indago e vejo ele soltar uma risada sarcástica.

— Todo tempo então.

Richard diz enquanto puxava a cadeira para se sentar, termino de fazer os ovos mexidos e coloco sobre a mesa, ao lado dos pão e mais algumas besteiras que encontrei no seu armário.

Começamos a tomar café e trocamos muitas risadas, o clima estava tão leve e eu olhava para ele com uma dor enorme, enquanto ele sorria contando algo bobo, eu só conseguia pensar nesse tempo distante.

A gente se amava, era nítido isso, mas em nenhum relacionamento só isso bastava, eu e ele sabíamos que abrir mão de nós dois agora seria a maior dor que iríamos sentir.

Mas que seria necessário para mim e para ele.

— Eu nem te perguntei, como você tá com essa mudança? - Richard pergunta e eu paraliso olhando para ele.

— Eu estava ansiosa, mas, passou.

— Você vai ter que conhecer os jogadores do Barcelona? - ele indaga com a voz trêmula e eu dou uma risada sarcástica.

— Eu vou ser uma auxiliar para reforma do camp nou, acredito que eu vá conhecer eles. - respondo e ele revira os olhos feito uma criança. — Isso é ciúmes?

— Disputar com um colombiano já é difícil, imaginar ter que disputar com aquela criança.

— Que criança? - pergunto confusa e olho para ele apreensiva.