CAPÍTULO LXX ㅡ O Caminho De Volta Pra Casa

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⚠️ ATT DUPLA DE NATAL!⚠️

Óia quem apareceu! 😬 Oi gente, não morri ainda viu. Perdoem a demora, a vida no off tá consumindo todos meus neurônios e a rotina tá me engolindo, mas aos pouquinhos continuo escrevendo nossa novelinha querida que a passinhos de bebê está caminhando pro seu último Ato (mas relaxem tem muita coisa pra acontecer ainda).

Quem se lembra da att dupla do natal passado? (Eu também não lembro quais eram os capítulos, mas lembrei que fiz esse presentinho pra vocês e quis fazer de novo pra manter a tradição e pra compensar pela demora, espero que dê pra matar a saudade.

Ah! Obrigada infinitamente por estarem aqui esse ano e não desistirem da minha primogênita 🤎🌻 Eu não teria conseguido continuar sem vocês.

Sem mais delongas, se preparem que esse capítulo é uma viagem. Peguem seus cafés ou cházinhos, sentem ou deitem confortáveis e vamos lá.

Feliz natal pra vocês, meus carinhos 💗

Boa leitura!


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Jeong Hoseok




Não sabia que era possível sentir na pele a escuridão.

Não vejo nada. Tudo é breu. Mas eu sinto o escuro. Ele é úmido, gosmento e frio. Não sei onde nem como estou, mas tenho a sensação de estar andando em círculos. O sopro agudo do silêncio me perturba o tempo todo ㅡ às vezes tenho a impressão de que talvez não seja o silêncio assobiando em meu ouvido. Agora não sei mais se caminho em círculos, por algum motivo em algum momento senti que comecei a andar adiante. Só ainda não sei para onde.

Eu tô aqui.

O molhado gosmento que parecia ter se tornado a minha pele, gradativamente soava como outra coisa. Não tão menos úmida, mas certamente menos gosmenta. Olhei abaixo e vi meus pés descalços sobre pedras de tamanhos distintos. Muitas pedras, tudo era pedra. Das mais lisas às mais pontiagudas. Eu olhei para baixo e vi. Então estava vendo de novo de repente? Desde que horas? Sabe-se lá. Já tinha me desapegado do discernimento ㅡ ele se desapegou de mim antes, de qualquer modo. Talvez já não estivesse mais tão escuro assim quando comecei a perceber os vultos.

Eu tô aqui.

Eram rastros de uma luz vermelho-alaranjada meio craquelada nas bordas. Como se se recusasse a ter uma moldura a limitar sua forma. Eu podia ouvir o pipoco fino e baixo, tão tênue, das faíscas que compunham suas margens. O que é isso?

Eu tô aqui, meu raio de sol.

Num piscar de olhos tudo ao meu redor se assemelhou fielmente a um planetário. Onde cada estrela, cada planeta, cada astro era um pedaço de minha vida. Outro vulto passou por mim, correndo. Da mesma cor e não-formato do anterior, porém em um tamanho reduzido. Bem reduzido. Emanando um calor mais intenso, com faíscas mais vívidas e salpicadas. Consegui capturá-lo com os meus olhos ㅡ ou talvez tenha sido ele a me capturar ㅡ e não mais o perdi de vista. Pude acompanhar a morfose daquela pequenina fogueira hiperativa que corria em volta de mim se aproximando de uma forma humana. Algo saía de suas costas, eu não conseguia entender. Mas não parei de olhar até que conseguisse. Aos poucos notei uma movimentação familiar naquela forma não identificada atrás de si e associei ao bater de uma bandeira no vento.

Demasiado Humano • OT7Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt