𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖿𝖺𝗇𝗍𝖺𝗌𝗂𝖺
❝É 1967 e Félix está farto de ser aquele garoto religioso que todos se aproveitam. Cansado de um Deus fingindo ouvidos surdos, ele decide tomar suas próprias decisões:
Quão ruim poderia ser se ele se vol...
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AQUELE LUGAR frio, a falta de vida e a crueldade notável o fizeram ter mais de dois calafrios em menos de cinco segundos. Sem poder evitar, aproximou-se de Hyunjin, pegando-o pelo braço.
— Não há nada a temer. — disse o Diabo. — Tecnicamente, este é o seu lar. — e então, o arcanjo começou a andar com o menino segurando seu braço.
Passou de cabeça erguida entre todo aquele povo formado, recebendo silêncio e nenhum olhar, respeito por ser o rei de todo aquele lugar. Félix evitou assistir algumas pessoas batendo a cabeça contra a parede, fora de si. Há quanto tempo eles estavam lá, apenas parados, esperando por algo pior? Muitos deles pareciam estar apodrecendo, suas peles caindo de seus corpos.
Havia um homem a poucos metros de distância, no início de toda aquela fila. Enquanto o Lee caminhava e olhava ao redor, ele podia ouvir a voz profunda daquele homem fazendo comentários completamente sarcásticos e cruéis. "Alguém com sede?" "Você não acha que está demorando muito? O que você acha de batermos palmas?"
— Azazel. — Hyunjin disse quando chegaram à frente da fila, e Félix tentou não se surpreender com o quão fria sua voz soava. Autoritário, exigente, muito frio e seco.
O homem pálido na casa dos quarenta anos, que imediatamente parou de rir e se virou para o Diabo, deixando visíveis seus olhos completamente negros, estava começando a parecer assustado e até um tanto fraco.
— Sim, meu rei? — respondeu, e com o canto do olho observou o jovem que estava ao lado do rei do inferno, abraçando seu braço.
Hyunjin estava inexpressivo e falou com decisão.
— Eu quero que você se incline. — disse ele. O demônio imediatamente o fez, encarando seu rei. — Curve-se para o seu novo príncipe.
O demônio olha para cima, confuso a princípio, mas imediatamente rasteja até estar em frente ao garoto, curvando-se para o mesmo.
— Meu príncipe.
Félix estava observando o demônio curvado a seus pés com seus olhos castanhos mais abertos do que o normal. Parecia estranho para ele, porque uma dessas coisas era seu pesadelo, uma dessas coisas o seguia e tentava o matar. A situação lhe parecia estranha, irreal, mas caramba, era real. Um demônio estava se curvando para ele e o chamando de "Príncipe".