𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖿𝖺𝗇𝗍𝖺𝗌𝗂𝖺
❝É 1967 e Félix está farto de ser aquele garoto religioso que todos se aproveitam. Cansado de um Deus fingindo ouvidos surdos, ele decide tomar suas próprias decisões:
Quão ruim poderia ser se ele se vol...
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NUMA BELA manhã em Seul, na Coréia, com o céu azul formado por lindas nuvens e o sol radiante criando a mais bela paisagem, em um banco de parque vazio estava aquele adolescente, de não mais de dezenove anos, de cabelos ruivos, olhos azuis claros, pálido e muito, muito neutro. Estava com roupas normais, exceto pela camiseta, que tinha o logotipo de alguma loja barata da região. Observava tudo com total tranquilidade, curtia o canto dos pássaros e a bela vista.
— Isto é o que você faz? — aquele adolescente olhou para cima lentamente para encontrar o próprio Diabo em um lado daquele banco. — Encontra pessoas iludidas e as possuí? Acredita que é digno de usá-las?
Hyunjin. O arcanjo mais precioso, o mais realista e pecaminoso. O grande erro. O diabo. Sequer o olhava, sua atenção também estava voltada para a paisagem, muito mais acostumado a vê-la, e tudo bem, já que o rei do inferno já estava na terra há bastante tempo, de olho em um certo adolescente de cabelos negros.
— Eu quero que você saiba que Lee Minho estava totalmente bem em me deixar ficar em seu corpo, e ele terá o que merece. — disse o ruivo. Sua voz era suave, não havia maldade, mas também não havia bondade. Apenas calmo, mas neutro.
Hyunjin finalmente o olhou.
— Estou de acordo. Todos devem ter o que merecem.
A testa deste Minho franziu ligeiramente antes de inclinar a cabeça um pouco.
— Posso perguntar desde quando você se importa que as pessoas recebam o que merecem, se você quer dizer em algum sentido positivo?
— Não se trata de "sentido positivo", é uma questão de bom senso. Os mocinhos devem ficar com os bons, e os idiotas devem ficar com as merdas.
— Mesmo que você queira que os mocinhos também fiquem com os maus?
Hyunjin riu enquanto sorria para ele, arrogante.
— Você é o maior idiota. — disse ele.
Nunca teve medo dele. Sempre o enfrentou, porque não podia matá-lo. Não podia. O Diabo olhou para a frente e suspirou, lentamente ficando sério enquanto se afundava em seus pensamentos.
— O que você acha que deveria acontecer? — disse o adolescente de olhos azuis, olhando para a frente.
O silêncio reinou no local por alguns segundos.
— Félix merece ser feliz, e sei que é difícil de entender, mas ele está assim comigo. — falava de uma maneira que parecia tão simples, mesmo, realmente, não sendo.