está perdoada

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quem é vivo sempre aparece não é mesmo? KKKK

Palavras: 1135

Ib: euzinha no meu dia menos esquizofrênico ;)

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S/N POV

Essas últimas semanas eu tenho notado uma diferença absurda no meu relacionamento com Natasha, desde que ela começou a fazer hora extra no trabalho. O que, pra ser sincera, é  minimamente estressante.

Toda hora tem um problema ou uma discussão, seja por telefone ou mesmo em casa. Por pequenos detalhes, que por mais que pareçam insignificantes, eles não são, apenas a quem afeta faz alguma diferença.

Eu não consigo entender as mudanças de humor repentinas, a bipolaridade com que ela chega em diferentes horários do dia. No almoço ela está toda carinhosa, ao fim do dia é um ogre.

Eu até entendo que o trabalho dela não é nem um pouco fácil, lidar com pessoas todo dia é um cu, especialmente pra Natasha que é a pessoa mais paciente que eu conheço, sem dúvida.

Mas nada justifica ela sentir a necessidade de descarregar todo aquele peso sobre mim quando chega em casa, independentemente de como correu o dia dela lá fora eu não tive a menor culpa em relação a nada.

– amor, é você? – escutei a porta da entrada abrir. Não obtive resposta.

Decido me levantar e caminhar até o andar de baixo, onde acabo por encarar a minha namorada parada na frente da porta, aparentemente enviando uma mensagem pra alguém.

– está tudo bem, Nat?

O silêncio dela me afligia e ela sabe disso. Eu estava aos pulos por dentro e ela continuava tranquilamente a digitar sei lá pra quem, naquela merda de celular.

– estou fazendo lasanha, quer que eu prepare o seu prato enquanto vai tomar banho? – sugeri na esperança de obter uma resposta, mas o olhar dela ainda se focava na tela do celular.

Eu queria muito calar minha boca e ignorá-la, porém não é da minha natureza retribuir assim. Eu preciso tomar uma atitude.

– será que você poderia olhar para mim por um segundo, por favor? Eu estou falando com você, Natasha!

Ela desligou o celular, pousou na mesinha da entrada e respirou fundo quando finalmente me deu atenção.

O seu olhar parecia cansado e alguns arranhões que eu não havia sequer notado antes estavam espalhados pelo seu rosto, e alguns no pescoço.

Já não era a primeira vez que Natasha chegava em casa nesse estado, então não foi muito impactante pra mim, porém toda vez eu fico preocupada e vou direto  pegar o necessário pra limpar e desinfetar.

– s/n não precisa, são só uns arranhões. – responde em um tom grosseiro saindo dalí quando notou a minha aproximação.

–caralho que que eu fiz? me fala o que aconteceu?

A minha alteração não pareceu lhe agradar. Ela ficou confusa, talvez admirada também, pelo simples fato de eu nunca ter dito nada sobre o seu comportamento, mas eu sinceramente atingi o meu limite.

É cansativo ser tratada de um jeito que você não merece e ter que acumular tudo calada.

– pra quê todo esse drama, s/n? você sabe perfeitamente que eu chego cansada do trabalho e...

– esse é o problema, Natasha! Você chega cansada e provavelmente ainda vem com algum assunto profissional em mente, que por algum motivo te incomoda mas pra sua informação, não me diz respeito. Já viu o jeito que você me trata quando volta daquela droga de empresa? caralho Natasha, eu não sou um saco de box que você pode simplesmente descontar toda a sua raiva e fingir que nada aconteceu no dia seguinte, e é exatamente isso que você faz, caso não tenha reparado. – desabafo. Um silêncio se instalou na sala, eu podia sentir lágrimas se formaram em meus olhos e aí percebi que era o momento perfeito pra ir embora.

Sem esperar qualquer resposta da parte dela, subi as escadas e me tranquei no banheiro na esperança que ela não viesse atrás de mim e me deixasse em paz, porém não correu como planejado.

– s/n, amor, abre a porta.

– vai embora, me deixe sozinha.

– por favor, eu só quero conversar com você, me desculpa.

As palavras dela não me convencem, mesmo que eu quisesse. Não é a primeira vez que ela reage assim e vem se desculpar depois, fica difícil saber quando ela realmente está falando a verdade.

– Amor, eu sei que tenho sido injusta com você ultimamente, chegar do trabalho cansada e mal-humorada não é desculpa para te tratar mal. Nunca foi a minha intenção te machucar, e peço desculpas por não ter sido mais consciente disso. Prometo fazer um esforço para melhorar, você me perdoa?

Engoli em seco ouvindo as palavras dela penetrarem meu coração. Com lágrimas nos olhos, saí do banheiro e me aproximei da Natasha envolvendo-a em um abraço apertado. Era exatamente o que eu precisava ouvir dela, sentir seu arrependimento e seu amor sincero.

– eu te amo, Natasha. – sussurrei, sentindo seu abraço me acolher como sempre. – me promete que não voltará a me tratar assim?

– juro de dedinho.

Confesso que sorri aliviada, e no mesmo instante ainda sem sair de seus braços, ela procura a minha mão entrelaçando o meu mindinho com o dela, selando a sua promessa.

Enquanto estávamos ali, ainda abraçadas, um cheiro de queimado invadiu o ar interrompendo o momento. Olhei para ela com os olhos brilhando de vergonha, e corremos juntas para a cozinha.

– caralho, eu passei três horas fazendo essa merda! – reclamo, indignada por ter perdido tanto tempo naquela lasanha.

– não se preocupe amor, eu peço pizza pra gente e podemos assistir o seu filme favorito, o que acha?

A sugestão dela foi como música pros meus ouvidos. Apesar de eu saber claramente que ela só tá fazendo isso pra se redimir, ao mesmo tempo, eu admiro que ela tenha reconhecido o seu erro.

Ela sempre foi orgulhosa demais, em diversas situações normalmente sou eu quem dou o primeiro passo pra resolvermos as coisas e hoje ela me surpreendeu, pela positiva.

– Nat, e se toda vez que você chegasse do trabalho, eu estivesse te esperando de lingerie? – sugeri com um sorriso travesso.

Natasha soltou uma risada gostosa, enquanto ajudava a colocar as almofadas no sofá.

– Isso com certeza iria melhorar o meu humor, princesa.

Natasha me puxou pela cintura e me deu um beijo, o clima estava prestes a esquentar, trocamos olhares carregados de desejo quando fomos interrompidas pelo som da campainha anunciando a chegada da pizza. Reviramos os olhos em frustração, sabendo que nossos planos teriam que esperar mais um pouco.

E realmente esperaram, mas depois, durou a noite inteira.

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oii seus lindes ;)

eu estou pensando em fazer uma fanfic da Elizabeth Olsen, vocês apoiam? KKK

Ah e perdão pela minha habitual demora pra postar, mas esse daqui deu trabalho. Estou tentando melhorar minha escrita a cada dia que passa, então, espero que entendam a demora.





Natasha Romanoff - imaginesWhere stories live. Discover now