capítulo dez

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PETE

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PETE


Há um vaso perdido na minha mesa.

Sei que está no lugar errado no segundo em que o vejo, porque não o deixei lá e, quando me aproximo, fica claro que é aquele que dei a Vegas ontem. Pelo menos vinte bundas coloridas olham para mim.

De lado, no meio da terra, há uma placa com uma formiga fofa desenhada nela.

Pego-a e leio: achei importante devolver isto.

Meu bufo é tão alto que me esforço para abafá-lo.

Autumn levanta os olhos de sua mesa. — O que você tem aí?

— Uma conexão.

Seus olhos se arregalam. — Quer se conectar um pouco mais silenciosamente?

— Você não entenderia.

— Eu literalmente nunca faço isso. — Ela atende uma ligação, atirando para mim um sorriso de você é estranho, mas eu te amo, e eu respondo e acho que você é ainda mais estranha, mas eu também te amo.

Então, volto para a formiga em questão. Porque só há uma pessoa de quem isso poderia ser... eu acho. Pelo que me lembro, não mencionei formigas para mais ninguém, e seria uma estranha coincidência que isso aparecesse um dia depois de eu ter dito a ele para procurá-las.

Além disso, você sabe, o vaso estava no escritório do Vegas.

Olhe para isso. Levei apenas um dia para passar da animosidade entre colegas para a troca de trocadilhos.

Todo mundo sabe que trocadilhos sinalizam amizade verdadeira. Trocadilhos, no plural, porque esse presente foi para ele e já o enviarei de volta.

— Você pode atender esse toque? — diz o irritadiço Gates, olhando para o meu telefone por cima da divisória. Pode ser a última coisa que quero fazer, mas é melhor acabar logo com isso do que ter Gates resmungando baixinho o dia todo - esse tipo de resmungo não pode ser bom para sua garganta.

Infelizmente, depois dessa ligação, mais pessoas chegam e eu fico pulando de trabalho em trabalho, atualizando portfólios, registrando reclamações e renovando a cobertura para o próximo ano.

Os outros saem para almoçar, mas eu engulo meu sanduíche na minha mesa e continuo andando. É um daqueles dias em que não paro por um momento, e só no final da tarde é que percebo que estou tão esgotado porque esqueci de escrever minha lista de tarefas e que o vaso ainda está na minha mesa.

Recosto-me na cadeira, estico o pescoço em direção ao escritório de Vegas e o encontro vazio.

Bingo.

Hora perfeita para atacar.

Minha formiga é decididamente menos fofa que a dele, mais anatomicamente precisa, e eu me impressiono com a cara irritada e a pose de mãos no tórax.

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