capítulo dezoito

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PETE

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PETE


Passar de uma noite com Vegas para uma noite sentado em um restaurante esperando por Tawan não parece que deveria ser permitido. Em primeiro lugar, cheguei cedo. Em que universo isso poderia acontecer enquanto Tawan estava atrasado, eu nunca saberei, mas tudo que consigo pensar é no tempo que passei com Vegas e no quanto quero consertar as coisas para ele.

Eu preciso jogar com calma. Tirar as emoções. E torcer pra caramba que Porsche nunca descubra isso, porque ele pode ser feito de raio de sol, mas Kinn não, e Porsche ficaria muito feliz em atirá-lo para mim.

Não estou convencido de que explicar isso por uma razão boa, perfeitamente razoável e completamente vingativa seria suficiente para me proteger.

Mas estou aqui de qualquer maneira.
Porque Vegas merece. E Tawan merece comer lama.

Opa, é melhor tirar esses pensamentos da minha cara.

Estou a um segundo de assumir que ele me deu um bolo quando entra, parecendo tão deslumbrante como sempre. Fiquei impressionado com ele da mesma forma que estou impressionado com Vegas. Homens assim são donos do mundo. Eles se sentem confortáveis porque sabem que é para eles. Mas agora que conheço Vegas, posso reconhecer as diferenças entre eles.

Vegas está confiante.

Tawan é arrogante.

Ele não me impressiona mais.

Seus olhos negros caem sobre mim quando ele se aproxima, e eu me lembro de ser tímido. Triste. Tenho que reorganizar meu rosto conscientemente, mas, felizmente, tenho muita experiência quando se trata de imitar emoções e realmente demonstrá-las. Eu sinto as coisas profundamente. Dentro. Essas coisas não costumam explodir na superfície, então, para deixar as pessoas mais confortáveis, eu me esforço para mostrar o que elas querem ver.

E o que Tawan quer ver é um cordeirinho ferido que sente falta dele. Sinto falta dele como do meu cordão umbilical.

— Pete, — ele diz suavemente enquanto me alcança. Ele puxa a cadeira com um arranhão que arranha meu cérebro, e eu coloco as mãos debaixo da mesa, pronto para espetar a palma da mão com a unha, se necessário.

— Ei...

— Estou tão feliz que você se encontrou comigo. Porra, senti sua falta. Muito.

— Ah, ok... — Eu jogo minha salada de cérebro para obter uma resposta adequada. — Quer dizer, senti sua falta. Obviamente. Estou ferido. Confuso.

— Eu sei, querido, eu sei. — Ele estende a mão sobre a mesa e a abre, esperando que eu coloque a minha no espaço. Eu sei o que devo fazer, mas isso está me dando imagens de tocar queijo mofado, e não posso dar a ele o que ele quer.

— Eu acho... preciso de uma explicação.

Seu suspiro é curto e impaciente. — Foi uma bagunça. Estou uma bagunça há muito tempo. Você me salvou, Pete.

A Vingança Where stories live. Discover now