Cap 4 - Atrás de mais

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Kaylee Roy

O Aspen passa pela rua em que ouve o nosso assalto, já não a polícias investigando, mas a alguns na rua. Alguns locais ainda possuem fachas limitando o acesso. Algumas lojas ainda não abriram, mas o resto parece normal. Olho para a rua, um policial olha para o nosso carro, olho para ele sustentando o olhar enquanto o Aspen passa.

— Qual é o seu problema? — o Aspen finalmente fala depois de quase ter brigado com aquele cara.

Ele não falou nada comigo depois daquilo. E eu estava ocupada demais pensando, planeando, criando.

— Meu problema? — eu repito.

— Sim, você está fora de controle. — ele diz.

Talvez eu realmente tenha perdido o controle.

— Eu não tenho culpa se aquela piranha não foi ensinada jogar ténis. — eu digo.

— Você começou. — o Noah acrescenta.

— Não se mete nessa porra. — alerto.

— Você agrediu alguém com a droga de uma raquete e foi suspensa e sabe que mas? Não é qualquer alguém, é uma filha do crime, tem ideia do que você pode ter começado? — ele parece bastante irritado mas o tom absurdamente calmo me assusta.

— Eu não comecei nada, ela me atirou com a bola porque fiquei distraída, eu estou sem mobilidade num dos braços ela teve sorte que aquela raquete não quebrou na cara dela. — eu digo.

— Meu deus. — o Noah resmunga.

O Aspen inspira e expira pesadamente antes de bater seguidas vezes a mão no volante enquanto fala a palavra "porra".

— Vocês todos têm sorte que eu ainda não coloquei fogo nesse lugar todo. — eu digo.

— Para de ser uma pirralha. — ele diz.

— Para você de ser um covarde. — eu digo.

— Um covarde? — ele solta uma risada baixa — Tó salvando você.

— Eu não preciso ser salva.

— Ah, quinze minutos você precisava ser salva de ser expulsa.

— Você quase perdeu o controle no estacionamento da minha escola quando viu aquele cara. — eu digo quase gritando.

Diz o que eu quero ouvir Aspen. Confirma o que eu acho. Ele é Ryan, ele tem que ser o RJ também.

— Isso não é da sua conta. — ele diz.

Preciso fazê-lo falar.

— Então as minhas merdas são da sua conta? E as suas não são da minha?

— Faz dezoito anos para que as merdas que você faz não sejam da conta de mas ninguém. — ele diz.

— As suas merdas estão me custando a porra do braço e é assim que você agradece caralho? — eu pergunto — Quem me deu a merda desse tiro?

— Ela não sabe? — o Noah olha para o Aspen.

— Ele sabe. — eu arregalo os olhos.

Solto uma casquinha abanando a cabeça, incrédula. — Claro que ele sabe, todos sabem, você só não me diz porque acha que eu vou perder o controle.

— Você está perdendo o controle. — ele rebate.

— Aspen, você perdeu o controle. — eu digo — Perdeu a porra do controle no momento em deixou matarem os seus e não fez nada a respeito.

Bad boys - AlvorecerWhere stories live. Discover now