Cap 7 - Tá me vendo

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Ryan Blanc

Tiro a tipoia, abro e fecho o punho, as veias marcam o meu braço, a ferida do tiro já está quase completamente cicatrizada. A três semanas a vadia louca da Kaylee conseguiu me acertar um tiro, uma pequena vingança pelo nosso primeiro encontro.

Não deveriam mesmo dar armas a crianças e esperar que vençamos guerras.

Sinto apenas um pouco de dor quando movo o braço mas da para viver com isso.

— Como te sentes? — pergunta a Banks me olhando atentamente.

Tenho evitado bastante falar com ela desde a última merda que ela me fez passar quando eu estava bêbado.

— Não tá vendo? — atiro.

— Já percebemos você não anda de bom humor. — o Roman diz.

— Não eu não ando mesmo, tudo em que tenho pensando é naquela garota, em como eu quero que o sangue todo dela seja drenado, em como eu a odeio e ainda fico feliz com o facto dela ter sobrevivido porque agora sei que poderei dar uma morte digna de respeito para ela. — eu digo — Ela vai se arrepender de ter agido contra mim.

— Bom... tecnicamente, você agiu contra ela primeiro. — Axel da mais um gole na garrafa — É só um facto.

Olho para jardim com a piscina um pouco depois. Estamos sentados a volta de uma mesa de jardim, fazendo nada.

— Espero que agora que está bem faça essas palavras valerem a pena, porque ela não da as caras a três semanas. — diz a Banks.

Ignoro ela, eu já sabia disso. Não a como ela aparecer depois do estado em que a deixei, o irmão dela não a deixaria andar vulnerável. Mas ela é a Kaylee nunca está vulnerável o suficiente, nem mesmo quando está no chão de cemitério sangrando e se afogando no próprio sangue, ou quando leva um tiro ou mesmo quando está na beira de um prédio dependendo de alguém como eu para não cair. Nada é o suficiente para mantê-la longe.

Eu vou destruir ela e dessa vez quero que seja de dentro para fora. Dor física não basta mais, isso se tornou pessoal.

(....)

— Se não vai falar comigo porque decidiu me trazer? — pergunta a Banks.

É uma resposta tão simples.

— Porque se eu estou bem, quer dizer que ela também está. — eu paro o carro a frente da entrada do colégio.

— A Kaylee? O mundo não gira em volta dessa garota sabia? — ela pergunta trancando a cara.

Bufo e olho para a janela quando uma moto passa em alta velocidade do lado da porta.

— Acho que agora gira. — eu digo calmamente reconhecendo a moto que estava no cemitério durante a troca de tiros. A mesma que vi perto dos prédios no dia em que atirei nela.

Ela estaciona um pouco depois da entrada, na vaga dos deficientes. Que babaca.

Ela desce e sacode o cabelo. Demora um pouco para que eu sinta a habitual vontade de matá-la. Um cara se aproxima dela e passa o braço pelos ombros dela. Ela sorri e fica a frente dele.

— Pode descer. — lembro a Banks.

Ela bufa irritada e desce do carro, quando ela se aproxima da entrada a Kaylee olha para ela e ambas trocam curtos olhares antes da Banks entrar na escola.

Seria fácil demais pisar no acelerador e passar por cima dela. O olhar dela vem para o meu carro e depois vai garoto, depois ela olha pelo canto do olho novamente e aponta a escola. Ambos entram nela.

Bad boys - AlvorecerWhere stories live. Discover now