Cap 74 - Um dia bom

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Atenção, este é o capítulo 74

Kaylee Roy

Sabe aqueles momentos em que você não sabe se quer matar ou abraçar alguém? Bem, eu estou prestes a ter um desses momentos. Prestem atenção.

— Elas estão vivas. — a Collen explica — Era o lado raso então a água demorou o bastante para entrar no carro, elas chegaram a se afogar e perder a consciência, mas sobreviveram, o problema é que o carro delas também capotou e a Raven deve ter se machucado sério porque ela não acordou, ela está em coma.

Mato ou bato na Len por me fazer ter considerado que elas poderiam estar mesmo mortas?

— Pelo que eu ouvi da Vanessa, as pessoas que fizeram aquilo tiraram elas da água assim que ouviram que não era para deixar ninguém morrer.

Ótimo eles não queriam mesmo me ajudar com a Melissa. Karma filho da puta.

— Graças a Deus. — eu digo.

Uma hora a Raven vai acordar e ficar bem. Ela precisa. Caso contrário ela vai se ver comigo no inferno porque ela não é uma garota tão legal assim.

— Ela precisa de tempo, aposto que vai ficar bem. — a Len diz.

Provavelmente. O Roman deve estar se corroendo por dentro por não ter impedido isso. Afinal ele a Rav estavam saindo, ficando, talvez até mesmo algo mais sério, sei lá. Pela primeira vez ela me pareceu bem depois de tudo que aconteceu com o Paul. Ela merecia estar bem e não sentir o que está sentindo.

Quando gostamos de quem deveria ser nosso inimigo tudo parece quebrado, o mundo se quebra uma e outra vez. Nos lembra que isso é errado.

(....)

A Isabelle se senta à minha frente num pufe da sala de convívio.

— Você me parece bem, exceto por esse negócio no seu rosto. — ela diz.

Eu adoro essa garota, mesmo que a família dela seja bem... aquela.

— E eu estou bem. — digo largando o lápis de desenho — Como correu o seu aniversário?

Ela bufa. — Fazer dezesseis anos foi pior do que eu achava que seria, mas pelo menos ganhei um carro do Ryan.

Dou um pequeno sorriso, o jeito que ela fala dele é como se... ele fosse um cara legal.

— Não sei em que momento ele teve tempo para comprar um carro. — digo pensando.

Ela olha para o chão. — Pois, eu nem vi ele, soube pelo Axel que ele estava com você, ele salvou a sua vida, como ele está?

Sim ele me salvou. Mas ele não está bem.

— Ele é forte, vai ficar bem, mas provavelmente vai precisar de um abraço seu quando se virem. — sorrio sutilmente.

Olho um pouco a sala, decorada essencialmente de castanho em vários tons e cinza, os alunos conversam e vagueiam por todo lado alheios a nós. Cada um seguindo com a sua vida.

— Eu não o vejo a quase dois meses, eu achei que estando aqui ficaríamos mais próximos, mas em vez disso os amigos dele quem têm estado comigo, me ensinando a lutar, a me proteger. — ela diz e levanta o rosto, seus olhos azuis me atingem — Pelo menos sei que ainda está vivo.

O inglês dela melhorou bastante. Quase nem tem mais aquele sotaque, mas sempre estará lá bem guardado, tal como o do meu pai, o do Ryan e pelo que percebi o do Roman. Eu sei Italiano, mas o máximo de contacto que já tive com a Itália foi em umas férias a muito tempo, antes mesmo de perder a minha mãe. Então eu não tenho o sotaque. O Axel tem um pouco do britânico, eu nem faço ideia de onde esse cara é e como entrou na máfia, mas sei que é diferente do Roman, não há todo aquele sangue e família envolvido no caso dele.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora