Cap 12 - Mata-me se conseguires

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Kaylee Roy

Eu sempre consegui ser invisível no mundo normal, andar nas sombras e não chamar atenção em nada mesmo sendo excepcional em tudo quando eu quisesse. Mas no outro lado, no submundo do crime, eu me destacava em tudo, porque se eu não o fizesse eu seria pisada, passada para o lado, mas muitas vezes eu deixo as pessoas me subestimarem, acreditarem que apenas a raiva e o impulso me movem.

Mas é fácil esquecer que eu consigo tudo o que eu quero. E cada coisa que eu faço é com um objetivo. Eu queria que o meu irmão retaliasse, agora ele vai retaliar e quando o Ryan estiver afogado enfrentando ele, eu vou matá-lo nem que seja pelas costas, mas não sem antes matar o RJ, hoje.

Ele cai hoje.

Salto de um banco para o outro e quando chego na última fila encaro o cara em quem atirei a faca. Ele tenta me acertar um soco, baixo desviando, acerto um gancho de esquerda nas costelas dele antes de pegar a faca e torcer o fazendo gritar e se contorcer antes de chutá-lo para longe fazendo a faca sair. Ele cai rolando do último degrau para o chão de areia e grama incapaz de pensar direito no que acabou de acontecer.

Não olho para trás apenas ouço a voz da Banks ladrando uma ordem. — Apanhem-na.

Quem essa vadia pensa que é?

Mas não fico para descobrir, corro disparada para dentro, a porta mais próxima é a do refeitório, entro por ela de novo, guardo a minha faca na parte de trás da calça e apanho a faca no chão da entrado do refeitório que eu mesma tinha atirado. Lanço um rápido olhar as seis pessoas que me seguem. O RJ não está entre elas.

Onde raios ele está?

Tiros ecoam e eu baixo rapidamente entre as mesas que mal me dão cobertura. Eu começo a odiar armas.

Olho entre as grandes frechas os pés se movendo. Começo a andar agachada entre as mesas em direção a porta até que alguém chuta o meu corpo e tombo para o lado. Dreads longas caem no meu rosto enquanto gemo de dor recuperando o ar.

— Você não me parece tão especial agora. — a Banks pousa o joelho na minha barriga.

— Você é mesmo uma vaca. — tento empurrar a perna dela.

Ela dá um soco no meu rosto. — E você uma vadia morta.

— Nesse caso. — acerto um soco nas costelas dela antes de a empurrar com tudo.

Levanto e percebo que estou cercada, olho de uma pessoa para a outra, o cara que estava chapado ontem já tem um cigarro entre os dedos e está sentado por cima de uma mesa entre mim e a saída. Eu preciso passar por ele.

Antes que eu perceba estou no chão de novo graças a uma rasteira da Banks. Ela só me da trabalho. Me apoio numa mão olhando para ela se levanta antes de dar um chute nela. Levanto com um só movimento e fico em posição de combate. Três armas apontam para mim. Porra.

A Banks levanta de novo segurando a faca que ela me fez deixar cair. Dou um chute nela a fazendo sair do meu caminho antes de correr na direção do cara entre mim e a porta. Salto na cadeira e depois na mesa e antes que eu vá de novo ele puxa o meu pé me fazendo cair e agradeço pela mesa ser grande, causo contrario isso poderia ter ficado feio e rápido.

Uso as duas mãos que me impediram de bater rosto para erguer parte do meu corpo e olhar para trás. As pessoas com armas não conseguem atirar porque ele e a Banks estão no caminho. Dou um chute no rosto dele e rolo caindo no chão e vou praticamente de quatro até a porta que da para o corredor. Pareceu impossível chegar até aqui.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora