Cap 18 - A porra da cadela do mafioso

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Kaylee Roy

O Roman manda a Vanessa embora quando ele volta da varanda.

― Por que você está de terno? ― resmungo olhando para ele.

— Hoje vamos festejar. — ele diz.

Arqueio as sobrancelha com preguiça de perguntar com a boca.

— Você vai embora. — ele diz.

Olho dele para o Ryan, uma vez e outra.

— Eu vou embora e em nenhum dos dias dessa semana vocês me deram comida ou ao menos água. — eu digo — Eu tive que beber água da torneira.

— Roman vai embora. — diz o Ryan.

Eu não sei se me importo que ele vá, por um lado foi ele quem me chicoteou com as correntes e por outro ele ainda parece uma companhia melhor do que o Ryan.

Mas não contesto, ele me mataria sem pensar se o babaca desse a ordem. Ele vira e sai. Sem cerimónia.

— Ele estava brincando com a sua cara. — Ryan diz.

— Sobre eu ir embora?
— eu nem tive energia para me animar ainda.

— Sobre festejar.

Não digo nada. Eu vou embora? Isso parece bom demais para ser verdade.

— Decidiram me matar? — é o mais esperado.

Depois de tudo, eles simplesmente vão me deixar? Quer dizer, com algumas costelas quebradas, umas chicotadas, eletrocuções, alguns esfaqueamentos, queimaduras eléctricas. Foi uma experiência interessante, talvez eu repita algum dia, mas espero que não.

— Seu irmão não reagiu bem ao que viu, mas ele aceitou falar comigo. — ele diz — Depois do que eu vi durante essa semana, posso dizer, ele ama você, mas não valoriza você, você é mais forte do que ele imagina, a maioria dos homens não aguenta nem duas chicotadas da corrente sem cair, muita gente não suporta nem a ideia de ser eletrocutado uma vez daquela forma, mas você se entregou a isso.

Ele me olha, sem raiva, sem ressentimento, apenas admiração e respeito.

— Seu babaca hipócrita. — eu digo — Acha que essas suas palavrinhas fazem alguma diferença? Você está soltando a pessoa que vai escolher a data da sua morte e vai executar a sua sentença.

— Olha, Angel. — ele diz calmamente andando até mim — Eu não ligo para o quanto você quer me matar, você não pode nem tentar a menos que queira acabar novamente onde está agora.

— Não me dê apelidos. — eu digo — Demon.

Demônio.

Saio da cama, estou cansada disso.

— Depois de tudo você continua arrogante. — ele diz — E eu acho que agora eu aprendi sim alguma coisa sobre você.

— Talvez, eu também acho que conheço você um pouco melhor. — digo e tiro cabo do soro do meu braço.

Alguém bate a porta e logo em seguida entra com uma bandeja com comida. Sopa, frutas, torradas, sumo.

Tiro os outros cabos, a pessoa sai deixando tudo na mesa que está na sala.

— Nossa. — eu digo.

Quando estou prestes a dar volta a cama ele segura o meu ombro perto de onde as ligaduras terminam. Seus olhos cinza encontram os meus.

O que raios tem na cabeça dele agora?

— O que você quer agora? — rosno irritada.

— Ajoelhe-se e pode comer. — ele diz.

Bad boys - AlvorecerWhere stories live. Discover now