Cap 10 - Sua morte tem data

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Kaylee Roy

— Eu acho que isso também se aplica a você. — cruzo os braços mantendo os dois metros de distância.

— Você me viu lutando. — ele da um sorriso lateral e eu sou forçada a olhar a boca dele.

Esse cara é bonito porra. Os olhos dele são de um tom gelado e extremamente claros entre cinza e azul, quase brancos.

— Não queira me ver a mim lutando. — aviso.

Ele solta uma casquinha como se achasse graça ao que eu acabei de dizer. Mas eu não vejo graça. Eu vejo apenas ele, o vejo como um alvo que eu deveria acertar, para mostrar ao chefe dos Le Blanc que seria fácil demais tirar tudo deles. Mostrar para o RJ que eu não tenho medo dele. Eu deveria matar o Ryan, mas em vez disso estou aqui olhando para ele, admirando a beleza dele, deixando o som da voz me consumir.

Eu me sinto uma adolescente estúpida que quer fazer parte da malta legal.

— Não vejo graça alguma. — eu digo.

Ele se afasta da mesa na qual estava apoiado com os pés cruzados e da um passo na minha direção, mesmo com um metro entre nós travo a minha respiração por alguns segundos e quando puxo o ar de novo sinto o cheiro do perfume dele.

— Você é uma pessoa curiosa, KR. — ele diz.

— Sabe quem eu sou? — é uma pergunta e uma afirmação ao mesmo tempo.

— Difícil não saber, você já matou muita gente e anda atacando os meus. — ele diz.

Dessa vez eu quem solto uma casquinha dando o passo mais curto que consigo e olhando um pouco para cima. Semicerro os olhos nos dele.

— Você deu a ordem para um massacre, pode apostar que o que eu fiz até agora não é nem metade do que sou capaz. — alerto com certa raiva na voz.

— Eu não queria ter que matar você. — ele diz — Mas você precisa mesmo morrer.

— Então concordamos em algo, a única forma de me parar é me matando. — eu digo — Mas algo me diz que não está aqui para fazer isso.

— Estamos na rua do palácio de sangue, fazer isso séria contra as regras e eu não preciso de todas as gangues e máfias de Chicago querendo guerra, daria um baita trabalho matar todos. — ele diz.

— Mentiroso, você não chegaria nem ao amanhecer com toda a cidade perseguindo você.

Ele abre um sorriso divertido e provocador. — Provavelmente.

O olho por um tempo e quanto mais faço isso mais fico irritada. Eu o puxo pela gola da jaqueta de couro antes de o empurrar com raiva.

— Você matou os meus amigos! Executou dezenas da minha gangue! Mandou me matarem! E tem a ousadia de vir falar comigo como se fossemos velhos amigos? Eu não ligo para se essa cidade inteira vir atrás de mim, prefiro mesmo que venham e saibam que eu quem matei você.

Ele arqueia as sobrancelhas e da um sorriso de lado de novo antes de dar alguns passos para frente colando os nossos corpos e me forçando a recuar.

— Então me mata. — ele diz — Mas eu duvido que isso faça você se sentir melhor.

— Você não faz ideia alguma do que eu estou sentido. — eu digo — Você não sabe de nada sobre mim ou quem eu sou.

— Eu sei bem como é perder alguém com quem você se importa. — ele diz.

Vejo a sombra nos olhos dele mas não vejo mais nada além disso.

— Se soubesse não teria feito o que fez. — passeio os olhos pelo rosto dele.

Bad boys - AlvorecerWhere stories live. Discover now