Cap 11 - Uma sobrevivente

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Kaylee Roy

Provavelmente a razão de eu estar sem rede são aqueles babacas. Quem vai me ajudar se eu não consigo falar com ninguém fora daqui?

Ando para fora da escola e logo que passo pelas portas olho para o estacionamento. Cheio de alunos, mas não só. A minha respiração treme quando percebo as pessoas me encarando, os olhos afiados com foco inabalável, a Vanessa tem razão, não tem como eu sair daqui. Eles estão juntos aos seus carros e motos, alguns de corridas mas tudo parece realmente impressionante. Reconheço os dois caras que estavam com o RJ ontem, a Banks está junto do negro, ela diz qualquer coisa para ele. Começo a contar as pessoas que estão me encarando. Vinte pessoas, faltam três.

Entro de volta na escola, começo a discar o número do Aspen, tento ligar para ele mas como esperado nem chama, deixo uma mensagem para ele pedindo reforço, uma hora eu vou ter rede. Abro o meu armário tiro a arma e coloco na jaqueta, tiro a faca e coloco na bota, fecho a porta e abro a minha mochila, tiro mais uma arma e uma faca.

— Kay. — a Lise me chama.

Olho para ela que está com a Raven. Começo a pensar.

— Temos quantos? — eu pergunto.

— Nós duas e mais cinco pessoas. — a Raven diz — Ninguém tem rede.

— Eu esperava por isso. — eu digo e olho para a Lise — Preciso que você vá até o salão de jogos, e chame o nosso pessoal, nós vamos cuidar das coisas por aqui.

— O Henry e o Brian estão vasculhando os corredores. — diz a Raven — Seja rápida Lise, você vai estar mais segura lá fora.

— Vamos pela saída dos fundos, temos que conseguir sair daqui. — seguro a mão da Raven enquanto ela olha para irmã.

— Se um deles encostar em você eu os mato, eu não vou perder mais ninguém. — a Raven diz.

— Eu vou ficar bem.

— Vamos, eles vão cercar a escola mais tarde ou mais cedo. — eu puxo a Raven.

Temos que aproveitar enquanto ainda tem pessoas saindo. Nós vamos na direção do refeitório onde tem a outra saída pelo pátio. Eu vou sobreviver, eu preciso sobreviver, não vai ser o RJ que vai me matar.

Eu coloco na minha cabeça que vou sobreviver. E quando eu coloco na minha cabeça algo, nada me impede de conseguir.

Empurro a porta do refeitório e ando até as portas para o pátio exterior. Tem outro corredor que também da para o pátio, mas é mais longo.

Ando com a Raven e quanto estamos no meio o som de uma arma sendo carrega me faz parar. Um, dois, três. Os três que faltavam.

— Não pensei que você fosse do tipo que saísse, pelos fundos. — o RJ resmunga se aproximando.

A máscara ainda abafando e alterando a sua voz. Olho dele para o cara vindo da minha direita com um taco cheio de pregos e depois para a Vanessa com as duas Catanas samurai. Eu não sei o que ela é, traidora ou simplesmente covarde por estar do lado dele ainda. Mas ela disse a verdade, estão aqui.

A encaro por um tempo antes de olhar para frente. O Rj aperta um botão na orelha antes de falar. — Elliot, Chard vão atrás da outra garota.

— Não. — a Raven se agita mas a impeço de se aproximar dele.

— Isso não tem nada haver com ela. — eu digo.

— É por isso que eu não mandei matarem ela. — ele diz.

Bad boys - AlvorecerWhere stories live. Discover now