Cap 13 - Salva-me

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Kaylee Roy

A morte está sempre próxima. Pode estar em um simples ato como virar o corredor, receber um chute e cair.

Ver um cara subindo em cima de você e tentar te acertar murro enquanto você simplesmente usa os braços para se proteger.

Uso o meu pé para o afastar de mim, mas ele não sai de cima de mim, quando ele baixa novamente para tentar me bater enfio a faca no pescoço dele. Vejo o sangue chegar a sua boca e os olhos dele tremendo antes de tirar a faca e ter o sangue dele escorrendo no meu rosto. Empurro ele de cima de mim, o cansaço e a dor não ajudando em nada.

Respiro ofegante, já é a terceira pessoa que esfaqueio depois de ter enfrentado o RJ.

Mas já está escurecendo, e a escola está sangrenta e sombria. Sou eu contra todos eles. Encontrei as pessoas que deveriam me ajudar desmaiadas no banheiro masculino dois corredores atrás. Provavelmente drogados.

Cruzo outro corredor e dor nas minhas costelas parece pronta a me matar, além da dor de cabeça.

De súbito sinto algo deslizar e cortar a parte traseira da minha coxa, ates que eu possa virar sou chutada para o chão. Pego a arma da minha jaqueta e quando a pessoa me vira apontando uma arma para mim sou mais rápida e disparo sem hesitar. A bala atravessando o corpo dele e mais sangue caindo em mim. Suspiro aliviada mas por pouco tempo, me apresso em tirá-lo de cima de me mim e me arrastar por mais uns corredores mancando, bem sabendo que as pessoas iriam para aí pelo som desse tiro. Vejo as escadas e começo a subir quase gemendo de dor a cada degrau. Essa é a primeira pessoa que consegue fazer um corte em mim, ele foi rápido, me pegou distraída, eu estou perdendo o foco.

De repente as luzes que já estavam apagadas acendem. Droga, as pessoas vão ver o sangue por todo lado. Subo mais rápido e vou para o banheiro feminino, fecho a porta do quarto de banho e me olho no espelho. Não a tempo para analisar a minha aparência passo a mão pelo meu rosto esfregando o sangue e o deixando espalhado. Uma bela pintura de guerra.

O anjo da morte.

As luzes começam a piscar, rasgo uma parte da minha blusa e amarro na perna. Me apoio na pia começando a fazer contas, a Raven esfaqueou um cara, eu outro, atirei em doze pessoas, matei três, esfaqueei mais duas. Sobraram quatro, o cara que estava conversando com a Vanessa, a Vanessa, a Banks e o Axel. Abano a cabeça, eu contei o RJ junto com as pessoas que atirei. Não ele está por aí e algumas delas provavelmente também. Mas só falta atacar os aliados principais do Ryan, os mesmos que estavam com o RJ ontem no palácio.

Perfeito. Eu estou me aguentando bem. Tiro a mochila das costas, tiro algumas armas que recolhi e vejo os cartuchos, recarrego a minha arma e coloco duas facas nas botas, uma nas calças, duas armas na jaqueta e deixo uma faca na mão direita e uma arma na esquerda. Me recomponho enquanto o meu rosto acende e apaga no espelho junto com as luzes que piscam. Ouço o som de um ponta pé na porta. Assim que a pessoa entra dou um tiro. Eu mesma salto para trás com a luz que se acende em vermelho na frente do meu rosto. Isso faz muito barulho. Essa não é a minha arma do início desse genocídio. Me aproximo cara, ele tem um curativo na barriga e no braço deve ser alguém que já se deparou comigo. Quando estou preste a sair do banheiro um tiro atinge a parede a frente da porta e olho para o buraco da bala.

— Merda. — resmungo.

Dou alguns tiros para o lado de fora antes antes de sair do quarto de banho rolando em uma cambalhota bem baixa e levantando em seguida me posicionando atrás de uma parede.

— Não achei que aguentaria até aqui quando isso começou. — reconheço a voz.

Deve ser o tal do Roman com quem a Vanessa estava falando.

Bad boys - AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora