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Depois da alarmada briga, eu fiquei tão revoltada com Benjamin que o ignorei por dois dias. Dois longos dias. Eu sabia que ele não tinha culpa, mas ele merecia sofrer um pouquinho. Ei, não me olhem com essa cara, eu sei que vocês fariam o mesmo.

Nos dois dias, Benjamin foi o ser humano mais grudento que eu conheci em toda minha vida. Ele fez todas as minhas vontades e até o que eu não pedia, ele fazia, como separar minhas blusas rosa quando ia lavar roupa. 

Nós estávamos em umas das casas bacanas do Rodrigo – o dono do teatro – e Benjamin insistia falando que não era obrigado a nada, e que tinha uma camareira para isso. Eu estava cansada de explicar que a camareira não era obrigada a separar nossas roupas, e por conta disso várias blusas nossas estavam manchadas.

Nesses dois dias ele separou minhas blusas rosa e quando nossa roupa chegou lavada não tinha nenhuma mancha. Ele na hora me olhou claramente orgulhoso, mas eu revirei os olhos. Não ia mostrar que estava satisfeita por finalmente ele entender. Passando os dias eu o perdoei, mas deixei bem claro que da próxima vez que visse qualquer rabo de saia perto dele, o jantar seria suas bolas ao molho madeira.

Em uma das noites de apresentação, nós decidimos sair para conhecer os bares em São Paulo. Estávamos em um bar com o elenco, depois de algumas cervejas, eu precisei ir ao banheiro e quando estava voltando ouvi Mia – bêbada – perguntar para Benjamin o que eu estava desesperada pra saber.

— E ai, Beni. — ela disse. Depois que conhecemos Matheus, Mia passou a chamar Benjamin assim. — Como vai ser com Victoria? Eu sei que ela não vai com você, então, como vocês vão fazer?

Eu sabia o que minha irmã estava fazendo. Ela me conhecia melhor do que ninguém, e sabia que eu não largaria minha vida aqui pra ir atrás de Benjamin. Ela estava me protegendo, de um jeito meio Mia à megera, mas estava.

— Como pode ter tanta certeza que ela não vai comigo? — ele perguntou parecendo ofendido.

— Beni, ela tem uma vida aqui. Nossa mãe acabou de voltar do "Despertar dos Mortos", você acha mesmo que ela iria perder a experiência de viver com ela?

— Eu não sou tão inocente assim. Eu amo sua irmã e não sei mais viver sem ela. Eu vou convidá-la pra ir comigo. — eu vejo Mia suspirar. — Mia, eu sei que minhas chances são zeros, e sei que tudo dando certo eu posso não voltar para o Brasil, mas eu preciso tentar. 

Ela se aproxima de Benjamin e o abraça. Ele conseguiu desarmar minha irmã. Eu já a vi ser Mia à megera com Nero, e ele nunca teve sucesso.

Eu tô ferrada, pensei.

Nós fomos pra casa uma hora depois com uma Mia bêbada, e um Benjamin emburrado. Assim que chegamos eu fui para a banheira, e minutos depois ele entrou no banheiro exibindo seu maravilhoso corpo, sentou atrás de mim, e eu encostei minha cabeça em seu peito. Eu sabia o quanto ele estava chateado, e me doía não poder fazer nada. Eu não queria ter essa conversa hoje – e nem nunca – mas um dia ela chegaria. 

— Um doce pelos seus pensamentos. — eu falo me virando de frente pra Benjamin.

— Você não gostaria de saber o que estou pensando, amor.

Eu já sei, amor.

— É tão ruim assim? — ele faz que sim com a cabeça. Eu monto em seu colo, e coloco minhas mãos em seu rosto. — Seja o que for, vamos resolver. — eu levo meus lábios até os seus e o beijo.

Eu sei quanto Benjamin quer que eu vá, mas eu simplesmente não posso ir com ele. Minha vida toda está aqui, eu não posso trocar o certo pelo incerto, mesmo que o incerto seja Benjamin Dantas. Ele ainda não teve coragem de me convidar, mas pelo que entendi em sua conversa com Mia, ele não vai demorar muito a fazer, e eu preciso estar preparada para magoar seu coração.

Nosso beijo foi se aprofundando e logo estávamos em uma bolha própria. Suas mãos tocam cada parte do meu corpo, e eu as sinto como se estivesse me marcando. Eu puxo seu cabelo, e ele geme em minha boca. Ele passeia suas mãos por minhas costas, e as leva para minha bunda. Ele aperta, e eu começo involuntariamente a rebolar em cima do seu pau duro embaixo de mim. Ele se afasta recuperando o fôlego, e eu seguro seu pau e o enfio devagar em minha entrada.

Ele leva suas mãos até meu rosto e me beija novamente. Dessa vez seu beijo vem diferente. É como se ele nunca tivesse me beijado, ele toma minha boca lentamente, enquanto eu começo a me movimentar. Ele suga minha língua, e morde meu lábio inferior. Suas mãos estão segurando com força minha bunda, e parece que tudo o que estamos fazendo é novo. Essa intensidade toda que estamos sentido é inexplorada.

— Meu amor... — ele sussurra em meus lábios. — Eu quero fazer amor com você na cama.

Eu abro os olhos e vejo seus olhos me encarando. Eu apenas balanço a cabeça, não consigo emitir qualquer som. Ele se levanta devagar, e me segura com força em seus braços, como se a qualquer momento eu fosse cair.

Ele me deita de costas pra cama, e começa a me penetrar novamente. Ele entra e sai com uma intensidade até agora desconhecida. Ele me encara, e começa a me penetrar mais forte. Eu mal consigo ficar com os olhos abertos, o desejo é tão grande, mas quando ouço sua voz rouca de desejo chamando meu nome, eu os abro rapidamente.

— Victoria...

Ele leva sua boca a minha e me beija. Suas investidas começam a ficar mais fortes e duras. Eu o incentivo rebolando cada vez mais rápido. Ele leva uma mão até o meu clitóris, e começa a tocá-lo rápido. Ele está perto de gozar e quer que venhamos juntos. Ele me penetra cada vez mais forte e rápido, e sua boca não deixa a minha. Ele fode minha boca e minha boceta. 

Nós somos um só nesse momento, a intensidade é tão grande que eu começo a chorar, sem nem ao mesmo ter controle disso. Tudo o que sinto por Benjamin parece explodir no momento em que eu gozo e o sinto gozar dentro de mim.

Entregando-MeWhere stories live. Discover now