Benjamin's POV

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Ela está na minha frente me encarando com esses olhos azuis. Seu cabelo está preso de um jeito bagunçado, e ela está usando aquele vestido. Tudo o que eu quero fazer agora é senti-la, mas eu não tenho mais esse direito. Eu preciso focar no que eu vim fazer aqui, me despedir.

— Oi. — ela responde.

— Parabéns, eu soube que suas filmagens começaram.

— Obrigada, é, começaram essa semana.

Ela passa por mim, e senta no banquinho em frente ao balcão. Ela batuca os dedos no balcão, mostrando o quão nervosa está. Eu preciso ser rápido, e sair o quanto antes. Está aqui depois desses meses, faz com que todas as nossas memórias voltem, e isso está me sufocando.

— Victoria. — eu me aproximo, e paro na sua frente. — Eu...

Eu não sei nem por onde começar. Minhas opções são...

Victoria, tô indo embora, abraços.
Não.
Victoria, minha viagem foi antecipada, valeu.
Não.
Victoria, tchau.
Não.

Porra. Eu não estou preparado pra vê-la receber essa noticia. Já pensei em todas as maneiras de contar, e em todas às vezes eu a vejo chorando.

— Benjamin? — eu a ouço me chamando, e rapidamente volto à realidade.

— Sim?

— O que você veio fazer aqui?

— Eu... nós... eu, minha viagem foi antecipada. Eu vou embora amanhã de manhã. — eu falo, e a encaro.

Ela me encara, e consigo ver a surpresa em seus olhos, mas rapidamente ela abaixa a cabeça, e finge limpar algo em seu vestido. Eu aproveito essa oportunidade, e me aproximo levando uma mão em seu queixo. Eu levanto seu rosto, e ela finalmente me encara. Seus olhos azuis estão mais brilhantes do que nunca, e eu temo que seja por conta das lagrimas que estão se formando. Nenhum de nós dois fala qualquer coisa, mas não é preciso.

Eu levo minha outra mão até sua bochecha, e seco a lagrima que acaba de cair. Ela fecha os olhos, provavelmente tentando impedir as lagrimas de caírem, mas é em vão.

Eu me abaixo, e grudo minha testa na sua. Ela solta o ar com dificuldade, e leva seus braços até meu pescoço. Eu não perco tempo, e a seguro pela cintura levando-nos até o sofá. Suas pernas estão enroscadas em meu quadril, e sua cabeça enterrada em meu pescoço. Eu sento no sofá, e ela chora em meu pescoço agarrando-me com mais força.

Como eu posso fazê-la sofrer desse jeito?

— Perdoe-me, meu amor. — eu falo em seu ouvido. — Por favor, me bata, grite comigo, mas não chore. Eu não suporte vê-la assim, ainda mais sabendo que eu sou o culpado.

Ela levanta a cabeça e me encara. Seu rosto está vermelho por conta das lagrimas, seus lábios estão inchados, e muito convidativos. Ela passa a mão pelo meu rosto, e eu fecho os olhos sentindo seu toque. Sem que eu espere, ela me beija.

Seus lábios tocam o meu, e ela enfia a língua em minha boca. Seus lábios estão molhados e macios por conta das lágrimas. Eu retribuo o beijo, e sugo sua língua. Ela geme, e me beija com mais desejo. Suas mãos apertam minha nuca com força, como se ela quisesse me punir, mas ao mesmo tempo não querendo me largar. Eu levo minhas mãos em sua cintura, e aperto. Ela geme em meus lábios, e isso é o ápice pra deixar meu pau mais duro que rocha.

Ela rebola em cima de mim, e sabendo que ela usa apenas uma fina calcinha embaixo desse vestido, eu enfio minhas mãos em sua bunda, sentindo o contato de pele com pele.

Por Deus, como eu posso abandonar essa mulher?

Ela geme em minha boca no momento em que minhas mãos a tocam, e seu gemido transmite um choque no meu corpo. Eu aperto sua bunda, e ela morde meu lábio.

Entregando-MeWhere stories live. Discover now