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16 de Novembro, 2015.

O despertador toca exatamente às 06h00minh, e eu acordo. Espreguiço-me, sento na cama e levanto pra fazer minha higiene matinal. Saio do banheiro alguns minutos depois, e vou para a cozinha preparar o café.

Chego à cozinha, e vejo um arranjo com rosas brancas e vermelhas, e nele um bilhete.

Estamos orgulhosos de você, Rio de Sol. Um beijo de seus pais.

Eu sorrio, e cheiro as rosas. Nada cheira melhor do que rosas, exceto...

Por favor, não vá por esse caminho, eu me lembro e guardo o bilhete. Viro minha atenção para a cafeteira, e Mia aparece na sala sorridente.

— Bom dia. De quem são essas flores? — ela pergunta, e se senta na cadeira.

— Não é de você-sabe-quem, é do pai e da mãe.

— Ah... animada?

— Muito, mas consegui dormir essa noite. Café?

— Por favor. — eu entrego a xícara, e sento ao seu lado. — Eu adoraria ir com você, mas tenho prova hoje.

— Eu sei, eu adoraria que você fosse também, espero que o clima não fique estranho entre mim e Rodolfo.

— Finge que nada aconteceu, talvez ele não toque no assunto.

Eu concordo com a cabeça, e aviso que vou me arrumar.

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Para o mundo, que eu quero descer. Eu vou conhecer Bruno Rocha agora. Por favor, se isso for um sonho, não me acorde.

Estou sentada no sofá do camarim esperando Rodolfo trazê-lo. Eu já estou maquiada, com uns bobes no cabelo, e de roupão. Meu figurino está terminando os ajustes. Eu pego o texto e começo dar uma lida, quando ouço a porta se abrir e Rodolfo entrar. Eu levanto e vou em direção a ele.

— Victoria, querida. — Rodolfo me abraça, e eu retribuo.

— Oi Rodolfo, como está?

— Melhor, e você?

— Muito bem. — eu sorrio, e nós dois ficamos calados.

— Me desculpe... — ele fala e abaixa a cabeça.

Por favor, Deus, tire esse assunto da cabeça dele.

— Não vamos mais tocar no assunto. Isso é passado.

— Como quiser. Deixe-me te apresentar ao Bruno, ele está no outro camarim.

Nós vamos caminhando ao outro camarim, e meu coração começa a sambar.

Acalma-se coração, não posso enfartar agora.

— Bruno. — eu ouço Rodolfo chamar, e um deus grego aparecer na minha frente.

Puta que pariu! Obrigada por permitir que eu tenha essa visão antes de morrer, Deus.

— Fala Rod, como você tá?

Bruno e Rodolfo se cumprimentam, e Rodolfo se vira pra mim.

— Tudo ótimo, amigo. Deixe-me lhe apresentar a encantadora, Victoria.

Bruno Rocha olha pra mim, e abre um sorriso de molhar calcinhas. Ele está usando colete e gravata. Seu terno está sendo passado ao lado direito do camarim.

Nem eu meus sonhos mais molhados eu imaginei que ele seria tão gato. Seu cabelo preto rebelde, sua barba por fazer, seu sorriso de cafajeste, seu corpo malhado...

Entregando-MeWhere stories live. Discover now