Fernanda estava ficando assustada. Sr. E Sra. Clarker estão fulminando ela com os olhos.
-Então... Quando iremos fazer a festa do noivado?- Rafaela quebra o gelo.
-Ah! Acho que nesse final de semana né?-Sra. Clarker sugere.
-O quê?! Já? Não!- Fernanda dispara sem perceber.
-Algum problema Fernanda? - Sr. Clarker pergunta.
-Minha formatura. É no final de semana.
-Ah! É claro! Eu tinha esquecido. Pode ser no próximo então. Tudo bem?
-Não está muito cedo?- Luís pergunta.
-Pra que esperar mais?! Fiquem tranquilos, se sua filha quiser cursar uma faculdade, vai estar tudo bem.- Sra. Clarker fala animada e cortando seu olhar frio para Fernanda.
-Tudo bem então. -Seu pai diz.
-Okay, então. E Fernanda, depois que tiver uma aliança no seu dedo, é proibido beijar outros garotos! Tá bom? -Sra. Clarker alerta como se estivesse falando com uma menina de cinco anos, fazendo com que Fernanda ficasse sem graça. Ela apenas acena que sim com a cabeça.
Depois do almoço Fernanda e seus pais voltaram pra casa.
-O que a Sr. Clarker quis dizer com aquilo?- Luís pergunta para a filha
-Aquilo o que?
-Aquilo sobre "beijar outros garotos"?
-É... eu também não entendi. -Fernanda mente. Mas ela sabia sim do que sua futura sogra falava. Mas Nanda só não entendia como ela sabia do beijo.
Fernanda vai para o quarto e troca de roupa já que ainda estava de uniforme. Ela escuta seu celular tocando e atende.
-Alô?
-Oi... É... Fernanda?
-Ela mesma.
-O que você acha de sairmos para jantar?
-hã? Quem é?
-Matheus.
-Ah... Ma-Matheus?! Oi! -Matheus dá uma risada curta e contida do outra lado.
-Então?
-Quando?
- pode ser hoje?
-Hoje? Ah! Tudo bem...
-Então eu passo aí às sete horas.
-Vou te esperar!- Fernanda diz e desliga.
¤
Fernanda está com seu vestido azul de renda e sua bolsa de mão preta, à espera de Matheus que por sinal já está dez minutos atrasado.
-Será que ele vem mãe? -Fernanda pergunta esperando um "não" como resposta de sua mãe, por que a verdade era que Nanda estava com medo, do que poderia dar esse jantar.
-Ah! Vem sim filha. Ele me ligou agora a pouco dizendo que ia se atrasar uns dez minutos, por causa de um probleminha aí.
-Pois o prazo dele já acabou. Já são sete e quinze!
-Calma! Isso tudo é ansiedade para se encontrar com seu noivo é? -Sua mãe pergunta com um tom cheio de segundos sentidos.
-Não... É pavor mesmo. -Fernanda murmura a última parte. Uma buzina soa da rua. Ela se despede de sua mãe, caminha até o carro fechando o portão após passar por ele e entrando.
-Oi...- Mateus diz, no banco do motorista.
-Oi! É... Você dirige?!- Fernanda solta confusa.
-Sim... esse carro é adaptado. Aqui, nesse painel eu controlo tudo aqui.-Ele fala mostrando uns botões perto do volante. -Freio, marcha e outras coisas.
Fernanda chega a se assustar por que ele não parece estar em um bom dia. Fala de um jeito frio e sem expressão.
-Ah... que legal! -Ela elogia.-Desculpa mas eu vou ter que perguntar, tá tudo bem?
-Não. Minha mãe é obrigou a trazer ele. -Matt diz apontando com o queixo para trás onde tem um segurança daqueles tipo armário sentado.
-Oi!-Fernanda diz e o armário apenas acena com a cabeça.
-ela acha que eu não posso me cuidar sozinho.
-aah... pra onde a gente vai?
-Surpresa.
Matheus dá a partida e acelera apertando com agilidade os botões ao seu lado. Fernanda claro estava apavorada. Não com o fato de um paraplégico estar dirigindo um carro. Mas sim com o fato de um paraplégico estar dirigindo o carro que ela está.
Chegando no restaurante, que por sinal é daqueles que pra respirar tem que pagar um real, pensamentos invadem sua cabeça.
Oh. Meu Deus... Como eu vou entrar ali? Vai ser estranho.... Todo mundo vai olhar pra mim... o que eles vão pensar?
Fernanda pensava enquanto Matheus sentava com um pouco de dificuldade na sua cadeira de rodas importada.
-Vamos?- Matheus pergunta chegando ao lado de Fernanda. Ele está aparentemente bem mais baixo que ela por causa da cadeira. E isso a incomoda.
-Vamos!
-Olá sr. Clarker! Boa noite. Venha! -diz um recepcionista de terno do restaurante.
Matheus continuava com sua expressão fria e seguiu na frente e Fernanda logo atrás. O segurança ficou na entrada do restaurante.
Como Nanda temia todos estavam encarando eles. A sua única vontade agora era sair correndo dali e ir comer um sanduíche gorduroso, no McDonald's.Tudo isso, na verdade, é mais conhecido como: vergonha.
Quando chegam até a mesa o garçom puxa a sua cadeira e ela senta.
Matheus pega o cardápio e Fernanda o imita. Mas sua atenção continua voltada à tentar descobrir por que ele está tão sem graça.Quando Fernanda percorre seus olhos pelo restaurante, ela percebe que não estão mais olhando em sua direção e enxerga um rosto, um tanto conhecido. Na verdade... um rosto que ela conhece bem.
Roberto. Ele a vê. Os dois se encaram. Fernanda percebe que ele está acompanhado também. Ele começa a fazer sinal com a mão para ela parar de olhar pra ele. Nanda o olha confusa e Beto pega seu celular e ele digita alguma coisa, se dividindo entre digitar e conversar com a loira.
De repente seu celular apita na bolsa fazendo com que ela e Matheus olhem para a mesma que está em cima da mesa.
-Desculpa...- Ela diz pegando o celular e ele assente.
"PARA DE OLHAR C7! A SABRINA VAI DESCONFIAR!"-Dizia a mensagem.
"O que você está fazendo o que aqui?!"-ela responde.
"Tendo um encontro?!"
"Pede para ir ao banheiro! E me encontra lá!" - Ela digita por fim e guarda o aparelho na bolsa.
-Eu vou ao banheiro... com licença. -Ela fala e seu nervosismo estava estampado em seu rosto.
Fernanda olha em direção a um corredor que dava acesso aos banheiros e Roberto estava entrando lá.
-tudo bem...- Matheus responde um pouco menos frio.
Ela caminha até o corredor e se encontra com Roberto.
Olá leitores! Tudo bom?!
O que será que Fernanda quer falar com Roberto? Posso dizer que não vai acontecer coisa boa nesse corredor. Quer dizer... dependerá do seu ponto de vista.
Comentem aí o que está achando, da história e se eu preciso melhorar em algo! E não esqueça do seu voto viu?!
Beijocas!
♥
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Superando dificuldades
RomanceFernanda, uma estudante, já em conclusão do ensino médio, tem sua vida completamente mudada por causa de um contrato, que a obriga se casar com o filho de um empresário em crise. Ela fica indignada com isso e está disposta a fazer de tudo para aca...