CAP. 61

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Depois de uma semana, Fernanda foi para casa. Se sentia muito bem, fora o fato de que sua bebê havia ficado no hospital. Ela foi a esposa mais paparicada do planeta. Matheus o tempo todo ficava perguntando se estava bem ou com fome.
No dia seguinte Nanda foi para a casa de Luana. Passaram a tarde conversando e comendo besteiras enquanto assistiam a um filme triste de romance e limpavam suas lágrimas com a barra da blusa. Quando estava quase escurecendo Matt apareceu para buscar Fernanda. Elas se despediram e Nanda entrou no carro.

-Oi!!- Ela o cumprimenta lhe dando um selinho.

-Boa noite senhorita "passeadeira".- Ele brinca acelerando o carro.

-Nem vem que eu nem saio tanto assim!

-É sério isso? Você quase não fica mais em casa!

-Ah! E você fica muito né?

-Mais que você sim!

-Isso é uma competição agora? Daqui a pouco viramos dois vasos de planta de tanto competir pra ver quem fica mais em casa.- Nanda exagera e Matheus ri.

-Fica calma, não iremos chegar a esse ponto. Você comeu na casa da Luana?

-Não briga comigo, mas só comi brigadeiro. -Ela diz e ele sorri.

-Que bom - Matt fala olhando pra frente.

-Bom? Algum bicho te mordeu? Normalmente você surtaria!

-Normalmente... Mas eu preparei uma surpresa pra você.

-Surpresa?

-É. Já faz muito tempo que não fazemos nada juntos, então decidi preparar alguma coisa.

-Aah, continue.

-Não tem o que continuar, quando chegarmos em casa você descobre.

Claro que Fernanda não ia deixar Matheus sair dessa assim. Ela foi o caminho todo enchendo o coitado para que ele contasse (o que ele não fez, a propósito). Quando chegaram em casa, Matt ainda não disse nada, mas pelo que Fernanda viu, não tinha nada de diferente no lugar, então ela imaginou que iriam sair e foi tomar um banho.

Quando saiu do banheiro, viu em cima da cama um vestido. Ele era branco e ia até em cima do joelho. Tinha também uma caixinha de veludo preta, onde tinha um conjunto, com brincos, um colar e uma pulseira com pequenos pingentes de coração.

Um pouco mais ao lado tinha um perfume, com um aroma levemente adocicado.

Nanda sorriu e se vestiu. Pegou um sapato preto e o saiu do quarto para calça-los na sala. Quando chegou lá, viu que as luzes estavam todas apagadas e a casa iluminada apenas pelas luzes de velas aromáticas.

Ela sorriu incrédula, deixou o sapato no sofá e foi para a cozinha.

Matheus estava colocando champanhe em suas taças e a mesa estava montada com um jantar maravilhoso. Ele vestia um terno e seu perfume se destacava do aroma das velas.

-Não é nada de caro e nem do melhor mas(...)-Nanda o interrompe.

-Está perfeito...- Ela fala sorrindo e ele ri de leve.

-Vamos comer?- Ele pergunta puxando um pouco a cadeira que estava ao seu lado. Nanda se sentou e tomou um pouco da bebida em sua taça.

-Como se arrumou tudo isso tão rápido? E como se arrumou tão rápido?

-Com a comida, digamos que tive uma ajudinha. Mas para me arrumar, tive que encarnar um flash. Se bem que a sua demora banho, colaborou muito.

Ela riu e se sentou no colo dele.

-Sabe... Eu nem estou com tanta fome assim... -Ela falou passando os braços pelo pescoço de Matt enquanto ele coloca sua mão na perna dela e sorri malicioso.

-Nem eu.

Nanda passa língua pelos seus lábios, sorri e sela sua boca a dele. Nanda ainda não acredita que aquele homem é dela. Literalmente, por que agora ele é totalmente dependente dela, pelo menos emocionalmente.

Nanda finaliza o beijo, o abraça e ele retribui. Ela sente o cheiro do perfume forte e ele do perfume doce dela.

-Quem te ajudou a comprar as coisas?- Ela pergunta se separando do Abraço, mas ainda no colo dele.

-Nossa! Você me subestima tanto assim?

-Não coloque coisa onde não tem Matheus.

-Comprei tudo sozinho.

-Quando? Hoje?

-Sim, tirei uma folga do trabalho.

-Hum...

-Você gostou?

-Muito! Seu gosto pra roupas é ótimo.

-Que bom, que acha isso.

Nanda começa a acariciar os cabelos do marido e sem querer se perde nos movimentos da sua mão nos fios dele. Matt apóia sua cabeça no ombro de Nanda, apenas sentindo o carinho.

-Estou pensando aqui, na ironia que somos.- Ela falou rindo um pouco, ainda acariciando o cabelo de Matheus.

-Ironia?- Ele pergunta, com a cabeça ainda apoiada no ombro dela.

-Quando te conheci... Fui totalmente contra a gente. Não queria aceitar de jeito nenhum e por fim... Estamos aqui. Comigo mexendo no seu cabelo e com você sendo a pessoa mais especial da minha vida. - Nanda desabafa e ele sorri.

-Eu sempre soube quem era você. Sempre me levavam fotos e comentavam sobre o que tinha aprontado no final de semana.

-Sério?

-Aham... E aquela vez que minha mãe ficou insistindo pra você me levar como acompanhante e você ficou toda sem graça?

-Fiquei mesmo! Eu tinha cabado de te conhecer! -Ela fala e ele ri fazendo um leve carinho na coxa dela.

-A propósito, você foi na formatura?

-Mais ou menos. Os líderes da sala não se organizaram e o povo foi parar numa pizzaria. Eu e Luana ficamos revoltadas e fomos comemorar sozinhas com o primo dela. Mas daí o pessoal descobriu e foi comemorar com agente. Foi bem legal, me diverti muito.

-Quem é o primo da Luana?- Ele perguntou se levantando.

-Você ouviu o que eu disse? A parte do "foi bem legal, me diverti muito!".

-Sim. Mas quem é ele?

-Não sei, não lembro nem o nome dele.- Matt franze as sobrancelhas. - Você está com ciúme?

-Não, eu só acho que você não podia ficar andando por aí com marmanjos mais velhos!

-Então eu tenho que parar de ficar com você?

-Experimenta fazer isso, pra ver se eu não te busco a onde quer que esteja e te acorrento aqui.

-Nossa! Calma! -Ela fala rindo.- Não precisa de tudo isso!

-Pra proteger o que é meu, faço qualquer coisa. -Ele diz sorrindo de lado.

-achava que a ciumenta da relação fosse eu, mas depois dessa, mudei completamente de opinião.

-Pra você ver, né?- Matt disse e um silêncio gostoso se instalou entre os dois. Mas de repente Fernanda o quebrou.

-Posse te pedir uma coisa?

-O quê quiser.

-Nunca me obedeça quando eu pedir pra parar de ser tão perfeito...





Olá leitores!

Bom, espero que tenham gostado do capitulo e agora é (quase) oficial! Faltam apenas dois capítulos para o livro chegar ao fim!

Só eu que vou sentir falta dessa turma?

Beijos!

Superando dificuldadesWhere stories live. Discover now