Superando dificuldades

◆ Especial 10.000 ◆

Esse é apenas um capítulo comemorativo. Não irá interferir no curso da história.

Acho que vocês vão gostar. ;)

-Eu vinha aqui quando era pequena. -Fernanda fala enquanto empurra a cadeira de Matheus, pela calçada de uma praça. -Ficava brincando com minha amiga que morava na casa ao lado da minha. Mas ela foi embora, há muito tempo.

-Esse lugar é lindo. -Matt fala observando o sol que estava entre as árvores, dando a elas uma cor esverdeada e brilhante. Tinha algumas crianças brincando na grama, sendo observadas atenciosamente pelos pais.

O vento acariciava carinhosamente o rosto deles e balançava seus cabelos. Nanda suspira, se lembrando dos bons tempos em que sua maior preocupação, era em saber com o que iria brincar no dia.

Matheus também tinha suas lembranças. E aquele lugar também as traziam de volta. Ele se lembrava de quando ia para a educação física e não podia brincar com as outras crianças. Não podia jogar bola, vôlei, pois os professores morriam de medo que ele se machucasse, fisicamente.

-Vamos sentar ali.-Fernanda fala.

-É sério?-Matt diz irônico com um sorriso travesso no rosto.

-Ah! Você entendeu!-Ela diz e empurra ele em direção ao banco.
Ela o posiciona de modo que fique de frente para ela.

-E aí? Como está vida?-Ele pergunta com um sorriso básico, de quem ficou sem assunto.

-Nossa, estamos tão ruim de assunto assim?!-Ela fala e ri.

-Por que?

-Até minha vida ficou interessante.

-Ué! Mas a sua vida é interessante.

-diz isso por que não é você que vive ela.

-Por isso mesmo.

-Então tá. O que você quer saber sobre ela?

-Bom... me conte alguma história que você já viveu.

-Mas eu nunca vivi nada de legal.

-Fernanda Clouder. Você está quase completando dezoito anos de vida. E todos esses anos você fez muitas e muitas coisas diferentes. Vai me dizer que nenhuma delas é interessante?

-Okay... Bom, tem uma história. Foi uma vez que eu sofri um acidente. Lembro de cada detalhe daquele momento. Foi tudo muito de repente, eu me vi passando entre os dois bancos da frente, meu corpo se chocando contra o vidro e a pancada no chão. Lembro até hoje, que no tempo todo eu estive pensando na lei da inércia.

-Física?

-Sim.-Nanda sorri. -Estranho né?

-acho que me lembro deste dia.

-Como?

-Quando eu tinha dezenove anos, todos na minha casa estavam agitados e aflitos, não saiam do celular por que uma tal de Fernanda tinha se acidentado.

-Você não sabia sobre mim ainda?

-Eu sabia que iria me casar, mas não com quem.

-E você nunca questionou isso?

-Tem muita coisa envolvida nisso Fernanda. O contrato.

-Ah! De novo esse contrato? O que ele diz? Porque ninguém me fala?

-É segredo Fernanda. Se isso se espalha, tudo vai por água a baixo.

-Tudo o que?!

-Na hora certa você vai saber. Eu mesmo farei questão de te dar detalhes.