CAP. 10

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-Vamos filho?-Sra. Clarker pergunta à Matheus pegando sua bolsa.

-Sim...- ele disse. Antes ele faria de tudo e usaria seu poder de convencimento para não ir. Mas Matt pensou muito sobre o que Fernanda havia falado naquele jantar e resolveu tentar. Afinal, não tinha nada a perder, certo?

Eles teriam que ir até a clínica do fisioterapeuta para fazer os exercícios, já que o profissional não poderia sair de seu consultório o dia todo. Havia aberto uma exceção para a família Clarker.

Chegando na clínica eles foram direto para a sala especificada e esperaram o doutor. Matheus estava a ponto de deixar pra lá tudo isso e ir embora, quando o médico chegou.

-Vamos começar Matheus?-Disse o homem como se fossem amigos a anos. E de fato eram.

-Desde que seja produtivo desta vez...-Matheus fala com um pouco de bom humor.

-Será!

-Engraçado, há dezessete anos você fala a mesma coisa. -Ele solta um riso contido.

-E a dezessete, você é um marrento chatão. -o Fisioterapeuta diz e ranca risadas de Matheus e reprovação no rosto de sra. Clarker que acha um absurdo falarem essas coisas do filinho dela.

Foi uma sessão pesada. Durante um dos exercícios em que ele teria que "andar" se apoiando em duas barras (que no caso ele nunca conseguiu dar um passo sequer).

-Matheus, faz força nas pernas homem!- Dizia Caio, o fisioterapeuta.

-Se eu fizer isso, eu caio caramba! -Matheus responde já ficando stressado.

-Ah! Então você está com medo de um tombinho?! -Ele gargalha- É um cagão mesmo. -Ele fala com diversão em sua voz. Isso soaria bem grosseiro se não fosse a única maneira de incentivar o paciente nada obediente.

E deu certo. Matheus tentou apoiar um pouco seu peso em suas pernas. Nesse momento ele lembrou de Fernanda. Pensou em tudo que ela poderia estar sofrendo por culpa dele. Lembrou do que ela havia falado pra ele naquele jantar.
Matheus se apoiou no chão e como esperado, caiu, levando um tombo muito bonito.

-aaaai caralho! Eu disse que isso não ia dar certo desgraçado! - Matt quase berra sentindo uma dor imensa no seu quadril e outra leve em seu... joelho. Sua respiração fica ofegante e ele encara a parte dolorida da sua perna.

-Tá bom por hoje né? - Diz Caio limpando uma lágrima de tanto que riu da situação do cliente/amigo.

-Não... Vamos fazer de novo.

-O quê? Claro que não cara, você vai se machucar.

-Já me machuquei. Não dá pra piorar. Me levanta.

-Não cara! Você não vai fazer isso. Já deu por hoje!

-Eu pago isso aqui. E estou mandando!

Caio suspira e ajuda Matheus se posicionar nas barras de ferro novamente. Ele se apóia em suas pernas e caí novamente.

-Ai!- Ele diz franzindo a testa, sentindo a pequena e quase insignificante dor em seu joelho aumentar. Bem pouquinho. Mas aumentou. -tá doendo...

-Mas é claro que tá doendo você parece que tem o juízo na bunda! - Brigava Caio enquanto socorria o amigo.

-Não... o meu joelho. Dói.

Caio arregalou os olhos e um sorriso brotou em seus lábios.

-É sério?

-É cara! É! -Matheus disse rindo. Nem um pouco contido, como sempre fazia.

-Você conseguiu Matheus! Conseguiu!!- Caio diz dando um abraço no amigo- quem sabe com mais alguns tombos, você não consegue sentir a perna inteira? -Ele brinca rindo.

¤

-E aí? Como anda os negócios do casamento? -Luana pergunta colocando uma colherada de brigadeiro na boca encostada na pia da cozinha.

-Não sei... Lua... promete não contar pra ninguém o que eu vou te falar?

-Claro! Fala!

-Tem um jeito de acabar com esse negócio de contrato e casamento.

-Sério qual? -Luana fala franzindo a testa e deixando a panela de brigadeiro em cima da mesa, ficando mais interessada no assunto.

-Não sei... mas vou descobrir. -Fernanda diz e elas escutam a campainha tocar.

-Eu atendo. Faz uma pipoca aí. -Luana fala.

-Tá.

Fernanda pega uma pipoca, coloca no microondas e o liga. Logo Luana volta segurando um buquê de rosas vermelhas.

-"Seu incentivo foi mais forte que o de todos - Matheus Clarker" a-mi-ga. Esse é o seu noivo?

-Deixa eu ver!- Fernanda pega o cartão e lê, logo formando um sorriso enorme em seu rosto.

-Nanda, o que você andou incentivando o rapaz a fazer?- Luana diz com um tom cheio de segundas intenções.

-ah! Nada de mais! Aquieta essa sua mente poluída! -Fernanda diz rindo, enquanto pegava um dos vasos da sua mãe e colocando água dentro.

-Você ainda não quer se casar com ele depois dessa?

-Ah... Acho que não. Não é justo, nem pra mim, nem pra ele.

-É... Você tem razão. Se bem que um desses eu iria querer.

-ai menina! Para com isso que daqui a pouco eu desisto de casar de vez! - Fernanda fala e Luana ri.

De repente a porta da sala abre e a mãe de Nanda entra.

-Olá meninas! Cheguei!- Rafaela cumprimenta.

-Oi tia!- diz Luana.

-Que flores lindas são essas?

-gostou? Acabaram de chegar. São do Matheus.-Fernanda fala.

-É mesmo?! Nossa! São lindas filha!

-Eu sei!

-Sr. E sra. Clarker nos convidaram pra jantar com eles...

-É? Que horas a gente vai?

-Filha... eu quis dizer só eu e seu pai.

-ah... e sobre o que eles querem conversar?

-Certamente é alguma coisa sobre o noivado.

-Ah... o noivado. Luana, dorme aqui hoje. Já sei que esse povo vai chegar tarde.

-Não quero parecer oferecida mas aceito. Até porque minha mãe arrumou um namorado novo e vai levar ele pra lá hoje. Não estou afim de ficar vendo cenas românticas... e daí pra cima.- Luana aceita e faz Fernanda e Rafaela caírem na risada.






Olá leitores!!!

E aí? Será que depois dessa surpresa inesperada a Nanda ainda não quer mesmo se casar?

Comentem aí! E não se esqueçam de dar seu voto hein?!

Beijos!

Superando dificuldadesWhere stories live. Discover now