CAP. 24

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Nanda pula da cama às sete horas em ponto. Não tinha dormido direito e estava com olheiras enormes. Ela não estava bem e só o fato de ter acordado cedo já é um sinal de que ela não está saudável.

Fernanda coloca uma calça, uma regata e veste um moletom cinza, pois fazia muito frio, bem diferente do dia anterior, que estava um calor infernal, ela calça seu All Star azul e amarra o cabelo em um coque mal feito.
Pega seus óculos escuros e coloca o celular no bolso. Deixa para arrumar a cama depois que voltar do hospital, por que com certeza irá querer dormir mais.

Nanda caminha até a cozinha onde seus pais estão tomando café.

-Vamos?- Ela diz parando em frente a mesa.

-Nossa, já está pronta?- Diz Rafaela espantada.

-É que estou com pressa!

-senta aí e come alguma coisa pra não passar fome lá.-Fala Luís

-Pai! Mãe! Parem de me enrrolar! Vamos logo!!

-Calma filha, o Matheus nem deve ter acordado ainda, vai lavar o rosto, passa uma maquiagem pra disfarçar essa olheiras tá?

-"Tá" nada! Eu quero ir agora!

-Nanda escuta sua mãe. Quando der oito horas a gente vai.- fala Luís.

Nanda revira os olhos e vai para o banheiro por que lembrou que esqueceu de escovar os dentes. Mas ela não ia voltar pra comer, pois não estava com fome.
Depois de sair de lá, Nanda voltou para o quarto e se jogou na sua cama bagunçada que já estava fria, ela se espreguiçou com a maravilhosa sensação de deitar com aquele moletom quentinho e (finalmente) dormiu.

Fernanda acorda novamente com sua mãe a chamando. Ela se levanta e calça uma rasteirinha pois está com preguiça de colocar os tênis.

-Tem certeza que não quer comer nada filha?- Pergunta Rafaela entrando no carro e olhando para Fernanda que já estava no banco de trás.

-Não mãe, não precisa.

-Depois não vai reclamar de fome.

-tá.

Luís dirige até o hospital. Quando eles chegam até a sala de espera sr. E sra. Clarker estão lá. Aparentam estar muito cansados e sedentos por algumas horas do sono.

-Bom dia Sra. E sr. Clarker- Fernanda cumprimenta.

-Nem tão bom assim né querida?-diz Amélia num tom cansado.

-ah... pois é... Já estão liberadas as visitas?

-Ainda não... daqui a pouco eles liberam. O Jonas está lá com ele.

-Eu posso ir primeiro depois que o médico liberar?

-Sim, você estava com ele na hora do acidente e merece isso. -Amélia diz com um sorriso. Fernanda não entende essa mulher, uma hora ela fresca e rude e outra é legal e bondosa.

Alguns minutos depois o médico apareceu perguntando quem iria primeiro e Fernanda foi. Chegando no quarto, Matheus, que estava "sentado" na cama vestindo aquelas roupas de hospital, sorriu para ela com os olhos brilhando. Sr. Clarker sai do quarto, os deixando sozinhos. Nanda caminha apressada até ele e o abraça com cuidado pois seu braço está engessado.

-Eita! Quebrou?- Nanda pergunta se arrependendo na hora. Pois se perguntassem isso pra ela, se encarregaria na hora de dar uma "patada" no infeliz.

-pois é... - Ele diz sorrindo e olha para o braço. -Não ficou tão ruim quanto eu imaginei.

-Seria melhor se você estivesse inteiro né?- Ela fala e ele ri- Mas antes quebrado do que... -Ela iria falar morto, mas isso não soava muito agradável então mudou de assunto. - Posso fazer uma pergunta?

-Pode.

-Não estranhe e nem me ache inconveniente, é que eu sempre quis saber.

-Pode falar Fernanda - Ele diz risonho.

-Você tá pelado de baixo desse vestido aí?

-O quê?!- Matheus pergunta ainda sorrindo incrédulo.

-É sério!- Ela diz sorrindo envergonhada.

-Não, estou de queca mesmo. - Ele reponde com um sorriso de lado.

-Ata...

-Decepcionada?

-Agradecida! Eu hein?! Seria estranho conversar com você, sabendo que está pelado. - ela solta e ele gargalha alto.

-Só você pra me fazer rir numa situação dessas hein Nanda...- Matt diz contendo o riso.

-Tá doendo ainda?

-Um pouco. -Ele faz uma pausa e ela olha para baixo- Como voltou pra casa ontem?

-O segurança chamou um táxi.

-ah...

-Como você conseguiu quebrar o braço tão fácil?

-Quando eu fui sentar na cadeira, me desequilíbrei e caí em cima dele. Meu corpo é muito pesado e acabou quebrando.

-Ata... e você vai sair quando?

-Ainda não sei, talvez amanhã. Só que vou ter que ficar de repouso quando chegar em casa.- Ele diz revirando os olhos.

-Por que revirou os olhos?

-Odeio ficar parado.

-Nossa! Ficar em repouso é o que eu mais faço! Tanto que quando fico doente o médico diz que eu preciso me movimentar. -Nanda fala e ranca mais risadas de Matheus.

-É muito chato! Ficar sem fazer nada... E se eu durmo, fico me sentindo horrível depois.

-Por quê?

-Sei lá, parece que um caminhão passa por cima de mim enquanto durmo.

-Vai ver é por isso que eu sempre eu sou cansada.

-Você dorme muito?

-É o que eu mais tenho feito depois que a escola acabou. E não! Não sinto falta nenhuma. Por que meus amigos ainda estão por perto... quer dizer mais ou menos...

-Mais ou menos?

-É... eu e o Roberto estamos brigados.

-Por que?

-Ele estava agindo como um babaca ultimamente.

-Deve ser por que ele é um babaca.

-Deve ser, mas só eu posso falar que ele é um babaca!

-ei! Só estou reforçado a idéia. Quer dizer, o fato.

-Há há há, engraçadinho. Saiba que apesar de tudo o Roberto continua sendo meu amigo e eu gosto muito dele... Estou triste por estarmos nessa situação.

-Fernanda, será que não vê? Aquele cara não presta! Você vai acabar se dando mal por ficar andando com ele.

-ai Matheus! Eu não vou discutir com você tá bom? Não agora que você está quebrado aí. E mudando de assunto: Pode deixar que vou levar meu pote de sorvete extra grande, uma lista de filmes ótimos, feita pela Luana, e a gente passa o tédio junto pelo menos! - Nanda fala e Matheus ri.

Nesse momento a porta se abre e um entregador de flores entra com um buquê de flores sortidas. O homem entrega as flores para Matheus que agradece e ele sai.

Nanda pega o cartão que estava em meio às flores. E lê.

"Já estou sentindo sua falta. Melhoras!

Ass: Amanda"










Olá leitores!

Gente... Ótima hora pra essa Amanda mandar flores para o Matheus né? (Sentiu a ironia?)
O que vocês acham que a Fernanda vai fazer? O que vocês fariam no lugar dela?

Posso dizer que essas flores vão dar o que falar!

Ah! E eu volto dentro de três ou quatro dias!

Beijos!

Superando dificuldadesOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz