CAP. 59

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"A vida não é triste. A vida tem horas tristes. Mas o que importa é que essas horas parecem intermináveis"

















Sete meses depois...

O bebê havia se desenvolvido perfeitamente e a barriga de Nanda cresceu. Era uma menina que fez ela ficar mais linda do que nunca.

Matheus continuou com as fisioterapia e ficou um tempo aborrecido e mau humorado, por descobrir que não teve nenhum avanço por causa daquela dor de joelho. Mas melhorou depois melhorou.

Na empresa tudo corria maravilhosamente bem. Os números de lucro haviam aumentado e o de clientes também. O que não aconteceu durante o breve comando de Felipe Clarker.

Durante esse tempo juntos, Fernanda se impressionou com a habilidade que Matheus tinha para se virar sozinho. Com tantos anos naquelas condições, ele teve que se adaptar.

Luana estava enchendo o saco de Fernanda para que ela fizesse um chá de bebê, porém Nanda estava muito desanimada e não estava passando muito bem nos últimos dias.

Eles foram ao hospital de manhã para fazer os exames de rotina e ver se estava tudo bem com o bebê. E depois Matt deixou Fernanda na casa de Lua.

-Sei lá, parece que você emagreceu. -Lua comenta.

-Nossa! Estou comendo feito doida.

-Isso não foi um elogio. Quer comer alguma coisa?- Lua diz preocupada.

-Relaxa Luana, eu estou bem.

- Sabia que é meio estranho conversar com você com esse barrigão? - Luana diz e a amiga faz uma careta. -Sim! Você está linda mas... Sei lá... Parece que tem um terceiro alguém ouvindo nossas conversas.

-E tem né Luana?! A Vicki não é uma boneca. -Fernanda brinca.

-Isso que você disse não faz sentido nenhum.

-É, eu sei. Acho que vou ir ao banheiro. -Ela diz se levantando. -Já volto.

Fernanda dá alguns passos em direção ao banheiro e sente uma tontura, que faz tudo a sua volta girar. Ela sente seu coração acelerar, assustado.

-Fernanda? Você está bem?- Luana pergunta em estado de alerta.

-Sim, foi só uma tontura. - Nanda volta ao seu caminho mas, quando da apenas três passos a diante a tontura volta com força total e ela desmaia. Luana consegue ser rápida o suficiente para conseguir amortecer a queda.

-MÃE!! CHAMA OS BOMBEIROS! -Luana berra com toda a sua força. - RÁPIDO!!

Sua mãe foi até o quarto para ver o que tinha acontecido e quando viu Nanda desmaiada no colo da filha, correu para fazer a ligação.
A ambulância chegou em alguns minutos e levou Fernanda. Luana foi como acompanhante, os enfermeiros estavam fazendo os primeiros socorros e cuidando para que nada saísse do lugar durante o caminho.

Lua tentava se manter calma. Mas era quase impossível, sabendo do problema cardíaco de Fernanda e que isso podia tira-la dela para sempre além de por em risco a vida de sua afilhada.

Chegando no hospital, pediram para Luana ficar na sala de espera e levaram sua amiga. Depois de alguns minutos, Matheus e os pais de Nanda chegaram.

De repente o médico apareceu e todos o olharam.

-O bebê irá nascer, precisamos de um acompanhante para a sala de cirurgia e poderão ficar apenas dois na sala de assistência.
-Eu vou.- Rafaela e Matheus falaram ao mesmo tempo.

-A senhora é?- O médico pergunta.

-Mãe dela.

-Muito bem! Sr. Clarker será melhor que fique na sala de assistência, não costumamos levar maridos. E precisamos de mais alguém.

-Senhor Luiz, por favor, me deixa ir! Eu tenho que estar lá com ela!- Luana pede para o pai da amiga que acaba deixando. De qualquer forma ele não conseguiria assistir mesmo.

A tal sala de assistência era separada da sala de cirurgia por uma parede, onde havia um vidro, permitindo que as pessoas vissem a cirurgia.

Luana e Matheus estavam tensos. Fernanda já havia sido dopada e estava recebendo a anestesia. Por causa do seu problema cardíaco, todo cuidado era pouco. Rafaela estava ao lado de Nanda segurando a mão dela.

E a cirurgia começou. Eles começaram a fazer cortes na barriga de Fernanda. Luana estava prestando atenção nos mínimos detalhes, já que havia estudado um pouco sobre isso na Faculdade.

As mãos de Matheus estavam suando. Seu maxilar estava rígido e seu corpo tenso.

-Está dando certo. Se acalma.- Luana diz dando um leve sorriso. Matheus continuava imóvel.

Lua devia ter pensado um pouco antes de falar.

De repente alguns outros enfermeiros entraram na sala e os médicos começaram a ficar agitados. Vários papéis eram colocados no local para evitar o vazamento de apague mas parecia inútil.

Rafaela foi retirada da sala pois começou a se desesperar. O coração de Matheus acelerou.

-Luana, o que está acontecendo? -Ele pergunta esperando receber a resposta de que aquilo era totalmente normal e que estava tudo bem.

Mas em resposta, recebeu um suspiro aflito de Luana e entendeu. Não estava nada bem.

-Sr. Clarker e senhorita Luana, pedimos para que saiam, agora.- O mesmo médico que cuidava de Matheus e Fernanda quando eles ficaram internados disse.

-O quê está acontecendo?- Matheus pergunta, soando um pouco agressivo.

-Não vou mentir para você Matheus. Ela está perdendo muito sangue e os cirurgiões estão tentando controlar o máximo possível. -O médico explica enquanto empurra Matt e Luana para fora da sala, mas Matt trava a cadeira e se recusa.

-Matheus! Você tem que sair!

-Eu não vou deixar ela!

Na sala de cirurgia, o médicos tentam acelerar parto mas com o tanto de sangue que Nanda estava perdendo, ficava cada vez mais difícil.

Todos estão falando alto e agitados. Até que enfim conseguem retirar o bebê prematuro, que é entregue a uma das enfermeiras e levado para o berçário.

E os médicos voltam a tentar fechar a barriga de Nanda enquanto há tempo.

Mas não há tempo.

E o monitor apita.

"Pii"

"Pii"

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Superando dificuldadesWhere stories live. Discover now