Superando dificuldades

CAP. 18

Nanda pega a primeira roupa mais bonitinha que vê no armário e veste. Ela se joga na cama, se cobre e finge dormir. Sua mãe entra no quarto uns minuto depois, percebe que a filha dorme tranquilamente, então decide não incomodar e sai fechado a porta em seguida.

Rafaela deveria saber que a filha é uma pessoa difícil de lidar e que não fica quieta facilmente. E deveria saber também, que ninguém vai dormir às 5:30PM.

Alguns minutos depois ela escuta a porta da sala se fechar e logo em seguida o motor do carro de seu pai. Provavelmente eles estavam saindo.
Ela se levanta e vê que está sozinha em casa.

Perfeito.

Ela caminha até a porta e tenta abri-la, mas está trancada. Então decide pular a janela e para a sua sorte seus pais a esqueceram aberta.
Nanda caminha até o portão e o pula com um pouco de dificuldade, mas nem tanto pois já havia feito aquilo algumas vezes antes.
Quando seus pés tocam o chão do lado de fora ela se apressa para ir logo se encontrar com Roberto e voltar antes que seus pais chegassem.

-Fernanda! Oi!-Diz Roberto com seu sorriso encantador no rosto assim que vê Nanda entrando na lanchonete. Ele abre os braços para abraça-la, mas ela o afasta colocando a mão em seu peito.

-Anda, Desembucha. O que você quer? -Nan
da diz se sentando.

-Eu... só queria tentar concertar as merdas que eu fiz.

-Ah é? Mas você não tinha um intercâmbio pra ir, senhor "sou o dono do dinheiro"?

-Tenho, mas eu não suportaria ir pra lá, sabendo que você está me odiando. Eu quero me desculpar.

-Vai precisar muito mais que isso pra conseguir meu perdão Roberto.

-Eu sei. E é por isso que eu trouxe uma coisa pra você.-Ele diz e a entrega uma folha de papel.

-O que é isso?- Nanda pergunta sem ler o que estava escrito.

-É o contrato Fernanda. O contrato responsável pelo fim das suas escolhas, da sua diversão e da sua vida em sociedade jovem.

-Como conseguiu isso?

-Tenho meus contatos.

-Isso só pode ser invenção sua.- Ela diz com um sorriso irônico e incrédulo.

-Se dúvida de mim, vai até o seu noivo. Ele não pode te negar uma cópia do contra oficial. Daí você compara se é igual ou não.

-Eu não preciso fazer isso. Por que graças a você eu não acredito mais em nenhuma palavra sua.

-se não acredita em mim, então faça o Teste! Pegue o contrato oficial e compare com este. Verá que não estou mentindo.

Fernanda apenas o encara, se levanta, sai da lanchonete pisando firme e vai pra casa. Ela leu o contrato. Leu e releu umas sete vezes. Custava a acreditar no que estava escrito ali. Uma das partes que lhe chamou mais atenção foi:

"5.1- Caso a contratada não conclua o matrimônio, perderá todos os benefícios recebidos pela família Clarker até então."

"A contratada". Esse termo incomodou muito Fernanda, pois é como se ela estivesse prestando um serviço para eles. Apesar de estar indignada, a preocupação e a dúvida de Fernanda agora eram oficiais.

Se ela não se casasse com Matheus, seus pais perderiam tudo o que os Clarker havia lhes dado: Carro, casa, o emprego de seu pai, entre outros.
Ela não podia fazer isso com seus pais.
Mas Fernanda ainda precisava ter certeza de que tudo que ela leu ali, é verdade.

¤

Já no dia seguinte Fernanda vestiu uma roupa mais formal, e deu o braço a torcer para os conjuntos caros de Amélia. Ela teve que pular o muro novamente, pois seus pais haviam trancado a porta.

Ela está agora caminhando até um elevador, que a levará direto ao andar do escritório do seu sogro e do seu futuro marido, depois de encarar uma recepcionista nada agradável.

Assim que as portas do elevador se abrem ela entra na "sala" e vê uma secretaria sentada atrás de um balcão enquanto mexia atenta no computador.

-Olá! Bom dia! Posso ajudar?- Diz a secretária ao perceber que Fernanda estava ali.

-ah! Oi! É... eu gostaria de falar com o Matheus. Matheus Clarker.

-Ah! Claro! Você tem hora marcada?

- Não...

-hum... desculpe senhorita... mas o sr. Clarker só atende com hora marcada.

-Olha moça, por favor, só avise a ele que eu estou aqui.

-Desculpe senhorita, mas o Sr. Clarker me pediu para não deixar ninguém entrar sem hora marcada.

-Mas é urgente! Eu preciso falar com ele!

-Eu não posso fazer nada em relação a isso senhorita! Me desculpe!

Fernanda respira fundo, revira os olhos e em seguida lê um placa prata em uma porta que ficava logo atrás do balcão da secretária, onde estava escrito: Matheus Clarker.

Então, se lembra que ainda tem uma carta na manga.

-Moça, só... avise a ele que sua noiva está aqui.

-Noiva?!-A moça diz espantada. Bem que o rosto de Fernanda era conhecido. Ela pisca algumas vezes incrédula.

-Sim, noiva! Avise a ele por favor?

-ah! Claro...- a moça pega o telefone e anuncia Nanda para Matheus- Me acompanhe, por favor. - a moça diz com um sorriso amarelo nos lábios e Fernanda a acompanha. Ela abre a porta e Fernanda vê Matheus. Ele está atrás de uma mesa, concentrado em alguns papéis. Está usando um óculos que o deixa com uma aparência mais intelectual do que de costume.

- Precisa de mais alguma coisa Senho... -Matheus olha para a moça e ergue uma sobrancelha. -Matheus.

-Bem melhor Amanda.-Ele diz sério mas logo lança um sorriso para ela, que a deixa corada.- Poderia trazer um café para a Fernanda por favor?

-Sim! Claro! Com licença! - Amanda diz com um sorriso encantador em seu rosto.
Fernanda percebeu o clima pairando por ali e se sentiu deslocada. Intimidada.
Amanda sai da sala e Matheus olha para ela, com alguns resquícios do sorriso que lançara para a secretaria em seus lábios. Fernanda emudece. Se esquece do motivo que a levou até ali. Ele ergue as sobrancelhas esperando algum som da boca de Nanda. Mas nada saí. E ele sente vontade de rir, mas mantém a postura.

-Oi?-Ele a cumprimenta para tentar iniciar uma conversa ali.

-Oi! Desculpa, mas eu tenho que perguntar, desde quando secretaria chama o Patrão pelo nome normal?- Nanda pergunta com uma pontinha de indignação na voz.

Olá leitores!

Se preparem. Porque no próximo capítulo teremos altas doses de romance no ar! E eu quero pedir um favor pra vocês! Inventem um chip (não sei como se escreve isso) para o nosso casal! Eu realmente não tenho criatividade para juntar nomes (risos).

Então, aguardo respostas!

Beijos!

♥