12 Rastros de Sangue

101 13 98
                                    

" Você será minha rainha. " Por mais que quisesse esquecer as palavras que à assustavam a noite, Thaty não conseguia, elas estavam impregnadas em seu cérebro provocando arrepios em sua pele, e sugando sua coragem.

Estava a três dias sem dormir, depois que desmaiou naquela noite, acordou no meio da Hauttoony Bridge uma das oito pontes que conectam os lados leste e oeste da cidade.

Acordou com os pingos de uma chuva fina caindo em seu rosto, o dia quase amanhecendo, levantou desesperada e em choque, o vampiro havia levado seu celular, e o caderno de desenhos, e havia um grande e profundo arranhão em seu braço.

Vagou a pé desesperada e chorando por quase toda a cidade, até chegar no prédio em que morava, subiu até a cobertura pelas escada de incêndio, sempre olhando para trás, com medo, e quando entrou no apartamento, fechou a porta e as janelas, deixou todas as luzes acessas, e pegou uma faca na cozinha e todo o alho que encontrou na dispensa.

Trancou-se dentro do quarto, em pânico, chorando apavorada e rezando, enquanto deixava que a água fria do chuveiro a banhasse.

E no dia seguinte acordou assustada com a campainha tocando, levantou trêmula e nervosa apertando com força a faca que pegara na cozinha e abriu a porta de uma vez, partindo para cima de Adrian.

Sem ver tentando esfaquea-lo, pensou que fosse o vampiro, que ele havia seguido-a até alí, para mata-la, depois que a deixara em pânico, e só percebeu que não era ele, quando adrian a segurou com força e a abraçou, quando recobrou a consciência, notou que ele estava sangrando, com um enorme e profundo corte no ombro, alguns arranhões nos braços e no rosto, a faca largada na entrada da porta, estava em choque e quase sem respirar, parecia que seu coração iria sair pela boca.

Dissia coisas absurdas, mas de alguma forma não mencionara nada do que havia acontecido, algo há impedia, e tudo o que disse quando ficou calma, foi que tinha sido assaltada enquanto voltava para casa, que o ladrão havia levado seu celular e a mochila com o caderno de desenhos, e que sentiu tanto medo, e quando ouviu a campainha tocar achou que fosse o ladrão que tinha seguindo-a até em casa, por isso pegou a faca e tentou mata-lo.

Quando percebeu o que havia feito a adrian, entrou em desespero, surpresa consigo mesma, como fora violenta, descontrolada, estava tão cega, com medo e quase matou a única pessoa que cuidava e a amava no mundo.

Mas não tinha culpa, reagiu pode impulso, e em defesa própria. Ficou dois dias em trauma abraçada a adrian que não a deixou só nem sequer por um segundo, e quando ela dormiu ele a levou até o quarto dele, acordou no dia seguinte, a tarde com ele dormindo na poltrona ao lado da cama, com os ferimentos limpos e enfaixados com gaze.

Não queria acorda-lo, tomou um banho e escondeu todo o alho que colocara nas janelas e no quarto, e quando ele acordou os dois conversaram sobre tudo o que havia acontecido, e novamente ela foi pega pelo medo e o terror, porque sabia que não tinha sido assaltada. Fora atacada por um vampiro, e agora estava com medo.

__ Thaty? Está me ouvindo?

Thathyana despertou de seu torpor de insônia e cansaso quando ouviu os dedos de Adrian estalando diante de seus olhos, estava com a colher de sopa a alguns centímetros da boca e a deixou cair dentro do prato, provovocando um barulho seco e oco, que ecoou por todo o apartamento, adrian ainda a olhava preocupado e atento.

Os olhos esquadrinhando cada centímetro de seu rosto pálido e desfocado, ela tinha olheiras profundas e escuras ao redor dos olhos, se perguntou se a base facial que usava escondia bem as orelhas e marcas de sono, estava a horas comendo sem vontade.

Mais precisava comer, desde a noite em que vira aquele vampiro na escadaria, não conseguia dormir, com medo de acordar e ve-lo em frente a cama, também não havia ido com gracie e maggi para o passeio na floresta, faziam quatro dias desde que acordara sozinha na ponte, quatro dias desde que quase matara adrian, e quatro dias desde que dera um falso depoimento para a polícia.

AS CRIATURAS DA NOITE Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora