18 Na Escuridão

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Primeiro Nina sentiu frio, depois medo e por último tranquilidade, uma sensação de paz que se apossara de seu corpo dolorido e frio, estava enrrolada em lençóis macios e mesmo sem abrir os olhos ela sabia que eles eram pretos e de seda, eles tinham um cheiro bom.

Algo parecido com menta, o barulho da chuva lá fora fez com que se aconchegasse mais ainda nos lençóis e suspirasse, e foi com esse suspiro que abriu os olhos alarmada e apavorada, lençóis de seda pretos, sentiu seu rosto enrubecer ao perceber onde estava.

A mesma cama grande com belos dóceis negros, a cama de Adam, e no segundo em que notou isso se ergueu rapidamente e quase gritou ao perceber que estava seminua, se perguntou o que havia acontecido, se lembrava perfeitamente de está em uma missão ao lado de Ana, a missão era pegar Erick e seus cúmplices mas Adam interferiu e ela e os outros falharam, depois disso havia um borrão incompleto em sua mente.

Algo como uma quase luta entre ela e Adam, depois lembrava de está no banco de trás de seu carro, tirando sua roupa, e o resto não conseguia lembrar. " Droga ". Repreendeu a sí mesma ao se imaginar nua e embaixo de Adam.

Não, ela podia sentir que isso não tinha acontecido, talvez fosse apenas uma ilusão, e concerteza só acordara alí porque ele à acertara com um soco na cabeca e ela apagara.

Depois que vestiu suas roupas que estavam dobradas e ao lado de suas botas sobre o criado mudo, ela respirou profundamente antes de andar até o banheiro e analisar seu pescoço, não tinha mordidas, também não tinha nenhum arranhão de uma possível luta, se perguntou porque Adam tinha um espelho dentro do banheiro.

Vampiros não viam seu próprio reflexo, por não terem mais alma ou vida, mas isso não deveria deixa-la surpresa, por que sabia que ele guardava comida na geladeira, e vampiros só alimentam de sangue.

Revirando os olhos ela lavou o rosto e arrumou os cabelos o máximo que pode, usando os dedos como uma escova de cabelo, depois voltou para o quarto e enquanto se perguntava onde Adam estaria, ela ouviu o som de uma melodia triste e lenta, tocada em um piano, e ela recordou-se do piano de cauda que vira na sala de lazer, onde também havia o porão que encontrara embaixo do tapete.

Tocou seu pescoço e sorriu ao notar que o colar que roubara dele ainda estava com ela, as vezes esquecia que ele estava alí, Adam tivera a chance de pega-lo de volta, mas não o pegou, o deixou com ela, e isso a fez respirar aliviada, por que agora poderia ver o que ele guardava embaixo do tapete negro.

Mas não estava surpresa por ele a induzir e ela acordar alí, já tinha feito isso antes e não era nenhuma novidade, abraçando a sí mesma ela saiu do quarto, e a medida que passava lentamente no corredor observando as pinturas de arte, tocando-as, e observando cada detalhe, a música ia aumentando, a melodia triste e ao mesmo tempo sombria a fez secar uma lágrima enquanto descia as escadasde.

Um calafrio atravessou seu corpo e ela soube exatamente quem estava tocando o piano, imaginou Adam sentado diante do piano, seus dedos longos e finos, tocando delicadamente o teclado preto e branco, os músculos de seu corpo se movendo, ele ficaria perfeito lá, mas aquela música, havia algo triste nela, um sentimento profundo, se perguntou se fora ele quem compora a música, cada mínimo detalhe dela, e quando chegou a sala o contemplou em silêncio.

Observando o se mover, os músculos das costas se tencionando, o cabelo caindo sobre o rosto pálido e sombrio, as luzes da sala estavam apagadas, o fogo na lareira era a única fonte de luz que ilunava o cômodo, dando á pele pálida dele um brilho quente e vivido.

Ele estava lindo tocando, os dedos pálidos e frios se movendo, a medida que tocava, estava com a cabeça baixa, a boca cerrada e sería, por um momento achou que ele fosse chorar, e quando uma lágrima rolou em seu rosto ela notou que era ela quem estava chorando.

AS CRIATURAS DA NOITE Where stories live. Discover now