12 - George Clark

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Domingo, 14 de fevereiro de 2010

Aqui estão algumas das melhores ofertas para o preço proposto — coloco fotografias de várias casas acima de 1 milhão de dólares para este lindo casal de jovens admirar.

Estou disfarçada de agente imobiliária para ver se consigo vender a minha casa a este herdeiro de uma enorme fortuna que era o seguro de vida dos seus pais. Vejo pela energia do casal que ambos se suportam um ao outro, e ambos fazem as decisões juntos.

Dá-me vómitos ver um casal tão bonitinho sempre aos beijinhos. Mas acho que é assim a juventude não é verdade?

A jovem rapariga aponta para uma casa. "Gosto muito desta" diz ela, não sabendo que todas as casas são a mesma, apenas com um aspeto diferente. É tão fácil vender uma casa nos dias de hoje.

— Podemos ir visita-la agora, se quiserem — proponho, pelo que me respondem entusiasmadamente que sim.

Pergunto a um empregado que supostamente seria meu colega onde estariam as chaves daquela casa, que ele nunca tinha visto antes. Apenas estava a dar-me as indicações corretas porque lhe falei por telepatia. Os seus estranhos olhares quase me denunciaram.

Ao chegar com o meu carro — nave — à casa que transformei, os olhares do casal são maravilhosos, suponho que nunca teriam visto uma casa tão formosa.

Estaciono na frente da porta de entrada, e abro-a com a chave que trouxe. Entram alegremente dentro da casa, e olham em volta, como se estivessem a ver aquela casa pela primeira e última vez.

Começo a indicar especificamente os espaços em que nos encontramos, referindo que a casa foi terminada há 2 anos atrás, e que os donos que a tinham "encomendada" desistiram dela.

Espero mesmo que um mesmo que um membro deste casal possa ser o herdeiro.

— Então, o que acharam? — pergunto a George.

— Queremos esta — responde ele, com o braço atrás da sua namorada.

O dia seguinte foi marcado pela escritura da casa, em que o "construtor" da casa pode estar presente mesmo em cima da hora.

A escritura foi rápida, pelo facto da única coisa querida pelo casal neste momento ser a casa.

Depois deste evento, levo o George comigo até à imobiliária para lhe dar as chaves, e refiro o nome da empregada lá de casa: Elizabeth Dunn. Reparo, pelas portas transparentes da imobiliária que vão a pé para casa, por isso tenho tempo de sair com o meu carro e chegar a casa, limpar umas coisas minhas de lá e repor o meu uniforme de empregada idosa.

Estou a limpar a cozinha neste momento, oiço a porta de entrada a abrir. Por o espaço entre a sala e a cozinha ser aberto, também os consigo ver, porém afastei-me para que não me vejam.

Desejo uma caçadeira, claro para não aleijar ninguém, mas apenas para dar a impressão ao casal de que sou uma idosa sem força que guarda uma casa apenas com uma arma há dois anos.

Ambos se assustam e levantam as mãos, pelo que depois dizem o meu nome para perceber de que são de confiança.

Pergunto, mais tarde se querem algo para tomar. A menina diz-me que quer um banho.

Que engraçadinha.

Não sei, mas há algo nela que eu não gosto. Quando ela fala comigo parece que... não sei.

— Sei sim, menina — respondo, quando Jane me pergunta como funciona a banheira da suite principal.

Mais tarde, enquanto a minha nova patroa toma o seu banho, George Clark pretende "entrevistar-me", tentado ver se sou ou não apta para realizar o trabalho.

A Empregada Extraterrestre Where stories live. Discover now