21 - Confissões

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Realmente, o dispositivo que o Mestre me colocou é extremamente útil. Apesar da nave conseguir andar mais rápido do que a velocidade da luz e ter recursos a portais para conseguir viajar mais rápido, ter a minha própria maneira de viajar é muito mais vantajoso; poupo muito mais tempo.

Assim que cheguei à Sede Governamental, Colleen perguntou-me o que desejava.

Uma das coisas mais interessantes que mudaram acerca do meu planeta, é que agora não temos distinção de raças a receber cá. Ou seja, qualquer ser de qualquer planeta do universo pode vir para cá viver. Apesar de, claro, a diferença de aspeto. Praticamente desde que a revolução na Terra aconteceu, as pessoas aqui do planeta começaram a mudar de aspeto. Se eles desejarem, podem requisitar uma poção de mudança de forma (que não dá poderes).

— Seja bem-vinda a Elitrópolis, em que lhe posso ser útil? — diz-me a minha assistente, levantando-se do seu lugar para me receber.

Só neste momento me apercebi de que tenho o meu disfarce de idosa em vez de o de jovem loira.

— Oh, sou eu, Colleen — digo eu, revelando o meu disfarce.

— Peço muita desculpa Governadora. Ainda bem que apareceu. Temos muitos assuntos para tratar. Venha, vou acompanhá-la ao seu gabinete.

Começamos a andar pela Sede, que parecia ainda maior que o comum.

— O pessoal do museu de Dunn está a ficar muito impaciente, Governadora, esperam ansiosamente pela sua chegada.

— Hei de lá ir ainda hoje — respondo eu.

— Excelente — Colleen coloca um "certo" por cima de umas palavras — Oh, a sua ideia do concurso foi completamente inovadora, Governadora. Houve gente de todo o planeta a participar. Há muita gente que anseia pelo prémio.

— Então devemos repetir a ideia mais vezes. Tipo inquéritos em casa. Isso deve ser bom.

— Veremos isso depois, Governadora. Bom, como houve muita gente a participar, houveram ideias muito boas para transformar a Base de Treinamento. Aqui tem algumas das ideias que achamos que são melhores para fazermos a população votar.

Colleen passa-me uma folha de papel. Nela estão escritas várias ideias:
— Nova casa para a Governadora Dunn;
— Nova Escola de Dança;
— Escola de canto;
— Base de Treinamento de bestas domésticas;
— Base de treinamento para convincentes.

— Base de Treinamentos para Convincentes? — pergunto eu — O que são convincentes?

— Oh, a população achou que era alguém que atraísse população para o planeta. Para ser sincera, acho que é uma ótima ideia.

— Hum — digo eu a olhar para as opções restantes — "Fábrica de Vacinas"? Para que seriam as vacinas?

— Oh, essa ideia foi proposta por um famoso cientista, Gerald McGonagle. Ele disse que arranjou uma vacina que pode colocar na população que as deixa completamente livres do consumo de almas. Podem comer comida normal, como na Terra.

— Explendido! Oh, era mesmo disto que precisávamos. Ele que se reúna aqui comigo, depois de eu voltar da inauguração do museu.

— Sim, Governadora.

Pouco tempo mais tarde, uma grande limusine Branca estava parada na frente da Sede, aguardando a minha chegada para ir inaugurar o museu.

Quando cheguei ao parque, um grande edifício estava plantado no seu centro. Era como se fosse um dos mais antigos templos romanos em tamanho real. À sua frente, estava um cartaz que dizia "Grande abertura: Museu Dunn", e ao lado destas letras, estava uma foto da minha cara de perfil. Ao sair da limusine, fui aplaudida até mais não.
Os meus guarda-costas queriam afastar a multidão de pessoas que me queria cumprimentar.

A Empregada Extraterrestre Where stories live. Discover now