Capítulo 4

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Lucas

Ela está acabando com meu juízo, o seu perfume é doce e convidativo, eu não consigo parar de olha-la e isso está me assustando de certo modo, ela é misteriosa e tímida, eu não me lembro de ver uma mulher enrubescer tanto como ela, pelo jeito ainda não superou a perda da mãe, falar desse assunto mexeu com ela de uma forma estranha que me deixou curioso, e isso é novo pra mim, eu nunca quis saber da vida de nenhuma mulher, mas essa morena de olhos claros está me intrigando. A conversa está animada e entediante na mesma medida, até a sobremesa chegar e ela começar gemer descaradamente na minha frente, estou hipnotizado com essa visão e sim eu estou duro, ela sorri e lambe o lábio inferior, sinto minha boca encher de água com esse gesto, ela está vermelha. E eu amo vê-la assim. Ela abaixa os olhos novamente para a sobremesa e seu celular toca a assustando enquanto ela o pega eu respiro fundo. Que merda eu estou pensando, eu não posso amar nada nela.

Desastrosamente ela atende o celular e coloca no viva voz, eu me seguro para não rir da sua cara de assustada e sua luta com o aparelho, mas isso passa quando uma voz masculina preenche o silêncio.

        - Amor... Por favor, vamos conversar... Eu te amo Mary. Por favor, eu imploro, não quero te perder. Nós íamos nos casar lembra...? Eu nunca mais vou fazer isso, foi um erro e eu me arrependi muito. Eu espero você está pronta, eu não me importo de esperar mais dois anos...

É um homem chorando?

Ela enfim desliga o celular e seus olhos brilham de lágrimas não derramadas, seja quem for o dono dessa voz, ele a fez sofrer e por mais estranho que pareça isso me incomoda um pouco.

      - Por favor, me desculpem. – Falou com a voz um pouco embargada olhando para o celular.

      - Tudo bem querida, não tem problema eu também sou uma negação com tecnologia. – A Meire falou mudando o assunto principal.

Quem é o cara da ligação?

Eu preciso saber mais da misteriosa Mary.

Ela me intriga de um jeito novo e diferente.

      - Lucas você vai para a empresa? – Meu avô perguntou olhando o relógio de pulso, o imitei e vai dar seis horas da tarde, levantei a vista e fiz que não com a cabeça e ele completou: - Nesse caso você poderia mostrar a casa para a Mary?

Com toda certeza essa é minha oportunidade.

      - Você se importa em ser eu Mary? – Perguntei e ela apenas fez um gesto em negativo.

Depois de mostrar toda a casa por dentro e apresentar os funcionários, andamos em direção ao lado externo, ela se mantém quieta e parece distraída. Mostrei a área da piscina e caminhamos em silencio para a parte dos fundos onde tem um enorme jardim e uma estufa. Assim que entramos na estufa e ela viu as rosas lagrimas saltaram de seus olhos, será que ela não gosta de rosas?

       - Você terminou com ele? – Perguntei olhando seu rosto, ela fez que sim com a cabeça e secou algumas lágrimas.

      - Por quê? – Insisti e ela enfim olhou para mim, e eu senti um aperto no peito ao vê-la assim por mais ridículo que pareça eu me importo com essa desconhecida.

      - Eu não quero falar sobre disso. – Falou baixo e desviou os olhos dos meus.

Preciso saber mais isso é muito vago. Preciso de um assunto que a faça falar.

       - Você pretende trabalhar? – Falei puxando assunto e ela apenas disse sim, distraída com uma das rosas.

Era para você estar falando.

(CONCLUÍDO) Vencendo Gigantes - Livro 1 Série Desafio. Onde histórias criam vida. Descubra agora